segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vitor Pereira em discurso directo

Notável entrevista do VP ao MaisFutebol onde falou sem papas na língua.

Ficam aqui algumas das melhores frases da entrevista do treinador mais questionado talvez da última década do FCP.

O plantel disponível
"Acredito que se mantivéssemos a mesma estrutura, e encontrássemos um ou dois jogadores rápidos e desequilibradores, evoluiríamos para outro patamar qualitativo"

"Faltaram (jogadores desequilibrantes , sim. Tínhamos muitos atletas de posse, de passe e qualidade, mas faltava alguma agressividade no um para um ofensivo. Em determinados jogos sentimos isso"

"Tínhamos muitos meninos. Recordo-me do jogo na Luz, esta época. Tínhamos no banco Sebá, Kelvin, Atsu, Castro... o Castro está numa fase diferente, mas todos os outros eram muito jovens e inexperientes."

Jackson
"O Jackson foi encontrado há três anos. Custava muito pouco dinheiro. Entretanto, mudou-se da Colômbia para o México e continuou a ser um avançado, do meu ponto de vista, evoluidíssimo. "

"Senti muito essa falta (Jackson no 1º ano). Para ganhar o campeonato, e bem criticado fui por isso, tivemos de desviar o Hulk para o meio. De outra forma não tínhamos conseguido ser campeões."

Sobre a saída de AVB.
"Os primeiros seis meses foram muito difíceis, é verdade. Sinceramente, não me identificava nada com o treino e com a postura da equipa. Vários jogadores criaram expetativas de partida para outros campeonatos, onde iriam ganhar mais dinheiro, mas ficaram e tive de lidar com esses retalhos emocionais. Tentei minimizar estragos, mas não me admira nada que tenhamos falhado na fase de grupos da Liga dos Campeões. Faltava-nos solidez emocional no coletivo. Não havia um pensar de equipa. Havia muita gente mais preocupada com a sua vida e isso prejudicou-nos muito. "

Jogar contra Jesus
"O Benfica era uma equipa poderosa contra a maioria das equipas. Tinha várias opções para o ataque, acelerava muito bem o jogo - porque tinha jogadores para isso - e fazia bem as transições ofensivas. Mas contra nós não tinham hipóteses. O nosso modelo de posse, pressionante, não permitia que o Benfica fosse uma equipa de iniciativa, mas sim reativa."

Reyes e Herrera
"Conheço os dois há algum tempo. Aliás, estava convencido que o Herrera ia chegar em janeiro, mas não foi possível. É um médio de grande qualidade. O Reyes é mais defesas central do que médio-defensivo. Aliás nunca o vi a jogar no meio-campo. O F.C. Porto está muito bem servido de centrais e o Reyes vai ter de trabalhar muito para evoluir e jogar. Mas tem boas condições".

E sobre a saída...
"Senti-me orgulhoso pela forma determinada com que a direção do F.C. Porto e Pinto da Costa me pediram a minha continuidade. Aliás, até fiquei surpreendido com a persistência deles. Não é normal darem tanto tempo a um treinador para tomar uma decisão. Mostraram que me queriam, mas tive de tomar uma decisão e comuniquei-a ao presidente no dia 29 de maio. A partir daí o F.C. Porto teve de partir para outras opções e eu para outros caminhos".

Comentários?

42 comentários:

João disse...

Tinha ficado com a ideia que o alvo da 1ª época era o Teófilo. Pelos vistos, não nos podemos fiar nem na imprensa mais certinha.

Joaquim Lima disse...

Um verdadeiro portista e um excelente profissional. Fez o seu trabalho no FCP. Desejo-lhe sorte para onde quer que vá treinar.

Miguel disse...

Uma bofetada de luva branca em muita gente, a começar por uma parte significativa da massa associativa que nunca percebeu quem era o Vitor Pereira e as limitações com as quais teve de trabalhar !!!!!

Só me resta agradecer o trabalho que desenvolveu no nosso clube. E espero daqui a alguns anos vê-lo de novo de azul e branco !!!!

Anónimo disse...

"Senti-me orgulhoso pela forma determinada com que a direcção do F.C. Porto e Pinto da Costa me pediram a minha continuidade."

O Presidente do FC Porto já o tinha afirmado e agora Vitor Pereira confirma-o. Porém, há alguns iluminados neste blogue que mantêm que o treinador foi corrido do clube há meses!

É óbvio que uma das razões que o levaram a não renovar o contrato foram as críticas com que era bombardeado constantemente, inclusivamente pelos próprios adeptos.

"Decidi experimentar outro clube e outro projeto...até para fugir um pouco do ambiente dos últimos anos, com evidentes repercussões para a minha família."

Pedro Albuquerque disse...

""Senti-me orgulhoso pela forma determinada com que a direção do F.C. Porto e Pinto da Costa me pediram a minha continuidade. Aliás, até fiquei surpreendido com a persistência deles."

Ao contrário do que muitos apregoaram...

Miguel Lourenço Pereira disse...

Eu não tenho dúvida que o FC Porto tenha abordado o VP no final da época.

Mas quem conhece o PdC sabe que não deixaria até Maio uma decisão tão importante. VP sabia em Março que o clube tinha uma alternativa para o lugar porque tudo indicava que a época ia acabar mal. Quando afinal o título se fez realidade, a direcção, provavelmente com medo da reacção dos adeptos, tentou dar o dito por não dito e o VP, com os principios habituais que sempre manifestou, demonstrou-se indisponível, levando à reacção ácida do PdC quando mencionou o assunto!

Não é por acaso que o barbeiro do amigo Alexandre nunca se engana!

Anónimo disse...

“… a direcção, provavelmente com medo da reacção dos adeptos, …”

Esta não lembra ao diabo!

Pedro Ramos disse...

Eu pelos vistos, ao contrário de grande parte dos portistas, penso que foi uma entrevista "sem sal", na qual imagino um Fernando Santos ou um Jesualdo a dar exactamente as mesmas respostas.
Talvez o único interesse para muitos, foi que VP teve de facto a oportunidade de ficar e foi ele que recusou ( e digo isto apenas porque existe uma grande parte dos adeptos que nos dias de hoje partem sempre do principio que os dirigentes do clube mentem até prova em contrário).

"Os primeiros seis meses foram muito difíceis, é verdade. Sinceramente, não me identificava nada com o treino e com a postura da equipa." - o que quer dizer com isto? Eram os jogadores que nao treinavam correctamente ou nao estava contente com os métodos de trabalho da sua equipa técnica? É que na primeira época os melhores jogos surgiram nos primeiros 3 meses.

"Faltaram (jogadores desequilibrantes , sim." - Porquê que durante 2 anos nao foi capaz de sensibilizar a direcçao para esse facto? Porque que em janeiro vieram Liedson e Izmailov e que garantias foram dadas à equipa técnica de que seriam opçoes válidas? Foram recrutados contra a vontade de VP?

"Acredito que se mantivéssemos a mesma estrutura, e encontrássemos um ou dois jogadores rápidos e desequilibradores, evoluiríamos para outro patamar qualitativo" - A estrutura desapareceu com a saída de Moutinho e James? Acreditava que este ano os tais jogadores desequilibradores voltariam a nao aparecer?

"O Jackson foi encontrado há três anos. Custava muito pouco dinheiro. Entretanto, mudou-se da Colômbia para o México e continuou a ser um avançado, do meu ponto de vista, evoluidíssimo. " - Porque que à 3 anos contratou-se Walter (penso nao estar enganado)? Será que se tivesse vindo nessa altura já teria condiçoes para se afirmar da forma como o fez esta época?

"Tínhamos muitos meninos. Recordo-me do jogo na Luz, esta época. Tínhamos no banco Sebá, Kelvin, Atsu, Castro... o Castro está numa fase diferente, mas todos os outros eram muito jovens e inexperientes." - Teria sido melhor ter esses meninos emprestados uma vez que considera que nao tinham ainda condiçoes para se afirmarem no Porto? Ou face a limitaçoes financeiras eles foram impostos porque nao se podiam partir para outras alternativas?

Já agora podiam ter perguntado qual a sua opiniao do porquê de ser um mal-amado pelos adeptos portistas tendo apenas um derrota em 2 anos paro o campeonato.

PS. Alguém acredita que ele escolheu o Al Ahli se tivesse possiblidade de escolher o Everton?



José Correia disse...

Excelente entrevista de Vítor Pereira, com ideias claras e com elegância, sem procurar fazer ajustes de contas com ninguém.

Para além das frases bem escolhidas e citadas pelo Miguel, eu acrescentaria mais algumas. Por exemplo, esta:

"Todos os jogadores do F.C. Porto cresceram. Os que jogam menos têm menos possibilidades de crescer, mas a base da equipa evoluiu bastante. Coletiva e individualmente. Por isso os clubes europeus querem o Jackson, o Mangala, o Alex Sandro, o Moutinho, o James, o Fernando... o Fernando cresceu para uma dimensão completamente diferente e é hoje um jogador completíssimo."

José Correia disse...

Ou esta, em que VP descreve a identidade das suas equipas:

"As minhas ideias são fruto de anos de reflexão. Não vou mudar a metodologia que defendo. Esses são os princípios em que acredito: posse e pressing. No Porto de Vítor Pereira o ADN era claro. Sempre nos quisemos impor com bola, a querer dominar o adversário, a querer circular com paciência. E, depois, uma equipa muito agressiva no momento em que perdia a bola."

José Correia disse...

Alguém acredita que ele escolheu o Al Ahli se tivesse possibilidade de escolher o Everton?


"Discuti o meu futuro com vários clubes, fui até a uma fase adiantada de conversações com alguns, mas decidi-me pelo Al Ahli depois de ter feito um balanço familiar, financeiro e desportivo. Foram estas três vertentes que coloquei na balança. A decisão pendeu para o Al Ahli"

Pedro Ramos disse...

O caro entao acredita que foi ele que recusou o Everton por motivos financeiros familiares e desportivos (porque é isto que ele diz, a nao ser que o Everton nunca tenha sido uma possiblidade) e preferiu o AL Ahli.
Agora se tivesse dito que conversou com vários clubes mas que por várias razoes de ambas as partes esta foi a melhor escolha, aí já podia aceitar. Nao é isso que ele diz.

Anónimo disse...

Vitor Pereira não era um mal-amado dos adeptos portistas. Era sim um mal-amado de uma franja de adeptos (como o Pedro Ramos), de jornalistas incompetentes (tipo Bruno Prata) e de formadores de opinião em matéria de futebol que nunca calçaram um par de chuteiras (advogados, empresários, músicos, escritores, bloguistas, políticos e outros indivíduos de profissão incerta).

Anónimo disse...

Este é o argumento mais mirabolante que li até à data.

Alexandre Burmester disse...

"Senti-me orgulhoso pela forma determinada com que a direção do F.C. Porto e Pinto da Costa me pediram a minha continuidade".

Esta, no meu entender, foi a fórmula que as duas partes encontraram para um desfecho elegante que não belisca nenhuma delas. Não vejo que vantagem teria o Vítor Pereira em queixar-se de não lhe ter sido oferecida uma renovação, se é que foi isso que se passou. Assim ficou tudo bem: o FCP não pareceu precipitado e "injusto", e o VP saiu por cima.

Quanto à opção pela Arábia Saudita, vá lá saber-se. Aparentemente, as suas conversações com o Everton estiveram adiantadas, mas aquele clube acabou por preferir um homem que vive há quase 20 anos no Reino Unido, e que já é - pode dizer-se - mais britânico que espanhol (até tem uma mulher escocesa), o Roberto Martinez. A partir daí, as opções de VP na Europa com um mínimo de dignidade não seriam muitas.

José Rodrigues disse...

"mas decidi-me pelo Al Ahli depois de ter feito um balanço familiar, financeiro e desportivo"

Ah, agora finalmente percebi. VP preferiu ir para a Arabia Saudita porque (entre outras coisas) como se sabe e' um pais excelente para a vida familiar...(para quem nao sabe, as mulheres la' nem sequer podem conduzir por lei, entre outras coisas).

Bem, nao sei nem estou sequer muito interessado em saber agora o q se passou ao certo nesta novela, mas nao deixo de reflectir q oficialmente ha' um paralelo entre as saidas de VP, Ivic (2a vez) e A Oliveira, por exemplo: todos eles sairam mais ou menos devido a uma "oferta/oportunidade irrecusavel".

José Rodrigues disse...

Sim, o cenario mais plausivel parece-me ser o "chines", i.e. de uma saida em q ninguem perde a face.

Tal como outros treinadores do FCP no passado, alias.

As unicas certezas q tenho nisto tudo sao:

1) Se PdC quisesse MESMO (mas MESMO) q VP ficasse, ele tinha ficado

2) PdC nao comecou a pensar na equipa tecnica para a px epoca apenas em Maio, mas sim bem mais cedo

Mas como ja' disse acima, a bem dizer pouco me interessa o q se passou ao certo. Aguas passadas nao movem moinhos...

Portista Sec XXI disse...

Já escrevi aqui e volto a escrever. Vítor Pereira para mim nunca foi o “meu” treinador. Igualmente reconheci e escrevi aqui, que depois de alcançar o que acabou por alcançar e ainda para mais depois de defender o FC Porto como defendeu em várias ocasiões da época; dando sozinho o peito ás balas para defender a equipa, direcção e até o presidente, enquanto a direcção e o próprio presidente se refugiavam na trincheira do “silêncio ensurdecedor”; era da mais elementar justiça, que não só fosse convidado a renovar, como acima de tudo e após anunciada a sua saída, deveria ter sido tratado no mínimo com a mesma superior elevação e cortesia por parte do FCP e de Pinto da Costa, como ele sempre os tratou.

Vítor Pereira que aproveitou durante esta entrevista, com grande dignidade e respeito a todos nós portistas; dar uma bofetada com “Luva Branca” no comportamento hipócrita da Direcção e principalmente em Pinto da Costa, que o deixou a arder meses e meses no lume brando do desagrado de adeptos (onde eu me incluo) e de ataques constantes hás suas capacidades como treinador por parte da comunicação social; tendo em conta o momento escolhido por Pinto da Costa (só após garantir mais um campeonato), para lhe lançar o “respectivo” convite de renovação, que estava já á partida condicionado a alguns “Prós, mas também muitos contras”; de forma a ajudar Vítor Pereira a decidir bem e sem precipitações (ou seja, o melhor é ires-te embora e de mansinho). Factos que de resto Pinto da Costa fez eco público, aquando numa entrevista dada na RTP e conduzida pela sua amiga Fátima Campos Ferreira; Uma reconhecida Portista e fã incondicional do Presidente. Já para não falar que VP sabia aquilo que muitos também há muito sabiam, incluindo o barbeiro do caro Alexandre B. : Paulo Fonseca era o escolhido; Vítor Pereira o campeão era a alternativa… indesejada.

A tudo isto e com a tal “Luva Branca” afirmou ao “Mais Futebol” de forma educada e até agradecida:

«Senti-me orgulhoso pela forma determinada com que a direcção do F.C. Porto e Pinto da Costa me pediram a minha continuidade. Aliás, até fiquei surpreendido com a persistência deles. Não é normal darem tanto tempo a um treinador para tomar uma decisão. Mostraram que me queriam, mas tive de tomar uma decisão e comuniquei-a ao presidente no dia 29 de maio. A partir daí o F.C. Porto teve de partir para outras opções e eu para outros caminhos».

Desta forma Vítor Pereira demonstrou uma vez mais que as atitudes ficam para quem as pratica e como soube ultrapassar o processo da sua renovação falhada com o máximo de elevação ao contrário da forma ressabiada como Pinto da Costa encarou publicamente o seu previsível NÃO.
Vítor Pereira demonstrou assim todo o seu amor ao FC Porto e Pinto da Costa todo o seu ressentimento a um treinador que ele a partir de determinado momento não soube, ou não quis respeitar.

Portista Sec XXI disse...

Quanto aos pontos abordados na entrevista ao “Mais Futebol” em relação ao que foi dito por Vítor Pereira, tenho que comentar o seguinte:

Em primeiro lugar vamos ao “Mérito da sua conquista”

O minuto 92 do último Clássico, com o golo do Kelvin, foi o seu momento mais intenso e emocional no F.C. Porto?
«Foi. Sim, jugo que sim…É um momento lindo, indescritível. Para mim e para os adeptos. Estivemos aquelas semanas todas à espera de ter novamente nas nossas mãos o controlo da classificação”

Sim, numa altura em que o SLB estava carregado de jogos (jogava desde Janeiro duas vezes por semana) e quando chegou ao Dragão foi uma “Final” que intervalava com outras “Finais”. Enquanto o FC Porto há muito que jogava descansadamente semana a semana. Quando assim não foi… TP, TL e LC foram pelo brejo.

“Mesmo assim alguns dizem que o Benfica é que teve demérito e perdeu os campeonatos. Isso é uma desonestidade. O Porto provou que não falha nos instantes decisivos do campeonato, tem caráter e modelo de campeão. Foi fiel a si próprio e acreditou no seu jogo. Só por isso reverteu duas situações que pareciam impossíveis de reverter. Fê-lo, das duas vezes, com qualidade e não com sorte».”

Não estou a ser desonesto; é isso que senti e continuo a sentir. Houve mais demérito do SLB que mérito do FCP e não foi por uma questão de sorte do FCP, foi mais por uma razão de azar do SLB. Um golo marcado por Maxi na própria baliza após um cruzamento (infelicidade deles, felicidade nossa) e um golo sem espinhas de Kelvin aos 92 minutos, de facto aqui não houve azar nem sorte na forma como foi marcado, mas sim na felicidade do momento por parte do Kelvin. Quantas vezes, aqueles remates vão ao lado; aquele não foi e foi aos 92 min; fomos felizes sem dúvida. Já esta época na Luz, foi um pouco diferente; o SLB marcou duas vezes em bola corrida e nós de livre (mérito para VP e JM) e o outro foi uma pura aselhice do Artur (não foi culpa nem da táctica de JJ, nem foi um erro da equipa do SLB). Cardozo, teve a infelicidade de mandar uma bola ao poste já perto do fim e Helton a felicidade de não sofrer. Em conclusão, se todos nós quisermos ser honestos, nos dois jogos efectuados, nenhuma equipa se superiorizou durante o jogo todo há adversária. E os golos que podemos imputar ao mérito do jogo da equipa e treinadores respectivos são os três do SLB e no máximo o JM na Luz e Kelvin no Dragão. Ou seja, no fundo foram pormenores de felicidade e infelicidade que fizeram a diferença no resultado e não a superior capacidade técnica-táctica, apresentada pela equipa de Vítor Pereira.


“Recordo, se me permite, que na época anterior fomos à Luz e virámos o campeonato ao contrário querendo ganhar o jogo, arriscando.”

O que escrevi em relação aos jogos entre o FCP e o SLB deste época, servem bem para a anterior… e o tal golo de Maicon, mais uma vez fez toda a diferença na forma e no momento que foi marcado. Querer ver mérito nisso é um pouco puxado e após nada ter feito até ai, após estar a jogar com mais um jogador. Então é demais.


“Este ano, no Dragão, voltámos a fazer a ultrapassagem no confronto directo com o Benfica e arriscando muito. Não jogando especialmente bem, mas arriscando desde o início. Quem arrisca e é fiel às suas ideias é recompensado. Quem ganhou o campeonato mereceu ganhá-lo. Nós merecemos ser campeões. Sempre”

De facto é verdade. Arriscámos; pois só assim é que poderíamos chegar a algum lado. Se merecemos ser campeões, sim concordo… mas lá está, não tanto pelo mérito do FCP, mas sim pelo demérito do adversário.

Anónimo disse...

"Se PdC quisesse MESMO (mas MESMO) q VP ficasse, ele tinha ficado"

Conclusão: Vitor Pereira é um homem sem vontade própria e vergar-se-ia ao desejo de Pinto da Costa!

Compreendo que não lhe interessa saber o que se passou ao certo, pois corre o risco de perder a face. Ainda há poucos dias (24 de Junho) defendia neste blogue que o FC Porto nunca tinha apresentado uma proposta de renovação a Vitor Pereira.

Anónimo disse...

Ah, então a proposta de renovação era apenas um subterfúgio para todos ficarem bem na fotografia.

Há cada uma!

Portista Sec XXI disse...

Continuando.

Faltaram-lhe esses tais jogadores rápidos e desequilibradores?
«Faltaram, sim. Tínhamos muitos atletas de posse, de passe e qualidade, mas faltava alguma agressividade no um para um ofensivo. Em determinados jogos sentimos isso».

Estou de acordo; mas então não foi detectado essa falha aquando da constituição do plantel. Se não foi a culpa é de quem? Do treinador claro. Se foi! A culpa ou é do treinador, ou então é da direcção. Quem compra quem comprou ao preço que comprou; não é desculpa para dizer que é por falta de dinheiro.

Faltou-lhe um bom banco em determinadas situações?
«Tínhamos muitos meninos. Recordo-me do jogo na Luz, esta época. Tínhamos no banco Sebá, Kelvin, Atsu, Castro... o Castro está numa fase diferente, mas todos os outros eram muito jovens e inexperientes. Tínhamos, felizmente, um jogador especial, capaz de fazer várias posições e que foi importantíssimo para nós nestas duas temporadas: o Steven Defour».

Então quem foi o responsável que esta inexperiência fosse inerente ao plantel? O treinador a direcção? Quem é que foi o responsável pelas entradas dos categorizados, caros e jovens Danilo, Alex Sandro, Mangala por exemplo, além dos já referidos na resposta de VP e ao mesmo tempo deixou os também categorizados, mais experientes e até mais baratos saírem; por exemplo como o caso de Fucile, Sapunaru, Rolando, Álvaro Pereira, Belluschi?

“Como é que se encontra um Jackson numa cidadezinha mexicana chamada Tuxtla Gutierrez e num clube modesto como o Jaguares?
«O Jackson foi encontrado há três anos. Custava muito pouco dinheiro. Entretanto, mudou-se da Colômbia para o México e continuou a ser um avançado, do meu ponto de vista, evoluidíssimo. Tecnicamente fantástico, possuidor de uma personalidade forte, com argumentos para ser de top mundial. Acredito que com o crescimento, o profissionalismo e a maturidade que tem, será um dos melhores do mundo. Já devia ter vindo há muito tempo, já devia ter vindo na época passada».”

E porque é que não veio? A culpa foi de quem? Quem é que preferiu ir buscar o “coxo” do Kléber? Esta afirmação, só mostra que VP já o queria há muito; mas que outros interesses prevaleceram aos da própria equipa e aos da própria SAD em termos de mais valias económicas. As soluções encontradas só serviram para lançar muitos milhões á rua e a encarecer um produto que poderia ter sido adquirido muito mais barato. Se calhar foi por isso. Quanto mais transacções e preço elevado, mais comissões são dadas a ganhar. Se não é pura incompetência de quem decide este tipo de coisas.


Faltou-lhe um Jackson no seu primeiro ano?
«Senti muito essa falta. Para ganhar o campeonato, e bem criticado fui por isso, tivemos de desviar o Hulk para o meio. De outra forma não tínhamos conseguido ser campeões».

Então se tal foi verdade; mais uma vez a direcção deixou o VP queimar-se em lume brando perante adeptos, sócios e outros; enquanto estava calada, caladinha e pelos vistos foi ela a responsável por esta decisão, no mínimo estranha a todos nós adeptos, quando também todos nós sabíamos que Falcao ia sair e que era necessário investir num PL e não num LD e LE, ainda por cima gastando o que se gastou.

Portista Sec XXI disse...

“O Villas-Boas sai, o Vítor Pereira surge, mas o início não foi fácil.
«Os primeiros seis meses foram muito difíceis, é verdade. Sinceramente, não me identificava nada com o treino e com a postura da equipa”

Com o método de treino? Se sim; quer dizer que o método treino era ainda dos tempos do VB? Porquê? Porque não o mudou.
Ou estava a referir-se ao empenhamento dos jogadores? Para que serve o treinador e a direcção?

“Vários jogadores criaram expetativas de partida para outros campeonatos, onde iriam ganhar mais dinheiro, mas ficaram e tive de lidar com esses retalhos emocionais. Tentei minimizar estragos, mas não me admira nada que tenhamos falhado na fase de grupos da Liga dos Campeões. Faltava-nos solidez emocional no coletivo. Não havia um pensar de equipa. Havia muita gente mais preocupada com a sua vida e isso prejudicou-nos muito.”

Como foi possível a famosa “estrutura” deixar isto chegar a este ponto? De quem foi a culpa de os jogadores terem criado estas expectativas? Será que terá tido a ver com a chegada de dois monstros sagrados do futebol mundial comprados e pagos a peso de ouro ao FCP. Sim uma dessas estrelas passou logo a ser a terceira mais bem paga do plantel; Só atrás de Hulk e Lucho… de seu nome Danilo. Claro está que aqueles que tudo tinham ganho com Villas-Boas não ficaram nada contentes de ver chegar duas jovens promessas que nada ainda tinham demonstrado no FCP a serem bem mais “qualificados” que os campeões da Liga, TU, TP e TL. Ainda por cima quando começaram a ter os seus vencimentos em atraso. Não havia dinheiro diziam. Mas não há; então como foi possível comprar o que compraram ao preço que custou? 8M só em comissões? Pensavam uns. Outros pensavam; então porque é que não aceitam as propostas milionárias que receberam para a minha saída e que me iam pagar muito mais do aquilo que deveria estar a receber aqui… mas que não recebo… pois não dinheiro.

Anónimo disse...

O que é que você anda a fumar? Colombiano ou Red Mexican?

O FC Porto não contrata treinadores por motivos de elementar justiça, mas sim por que lhes reconhece competência, como foi o caso com Vitor Pereira.

Com que então o treinador já sabia que era indesejado e que ía ser despachado? Então, isso significa que foi hipócrita quando afirmou que se sentia orgulhoso pela proposta de renovação apresentada pela Direcção.

Para si as próprias palavras de Vitor Pereira não contam. Prefere ouvir o barbeiro, especular e pôr em dúvida a idoneidade das pessoas.

Portista Sec XXI disse...

A Importância da contratação de Lucho. Sempre defendi que foi a partir da entrada de Lucho, que o FCP passou a ter um líder de facto, em campo, mas acima de tudo no balneário. E como isso foi importante no FCP do “apagado” VP. Aqui, é de dar os parabéns ao presidente; pois assim conseguiu corrigir com esta cirúrgica contratação, todas as outras trapalhadas que entretanto tinham sido feitas, na constituição do plantel para essa época. Inclusive a questão de controlar a revolta das verdadeiras “estrelas” da equipa. E não as outras que ainda estavam a chegar ou que ainda nada tinham demonstrado.


“Reorganizámos o plantel [saíram Fucile, Belluschi, Guarín e Souza, entraram Lucho e Janko] para a segunda volta e fomos mais compactos e consistentes. Ainda fomos a tempo de vencer o campeonato… O Lucho é um jogador muito importante. Pela experiência, pelo equilíbrio que transmite à equipa nos momentos mais quentes, é essencial.”

Mas os erros continuam a suceder-se e pelos vistos não se entende o porquê!

“O Liedson e o Izmaylov chegaram em janeiro ao F.C. Porto. Ficou satisfeito com o que eles acrescentaram?
«O Liedson estava em pré-época no Brasil e nós já estávamos com uma intensidade fortíssima, já com um tipo de trabalho diferente. Ele teve muito tempo para, pelo menos, chegar à condição física ideal para se poder expressar em campo. Acho que já não tinha as condições do passado, do Sporting, mas com mais tempo até nos podia ter ajudado mais. Dentro do possível, ajudou e foi um bom profissional. Esteve sempre disponível, fez um bom ambiente de grupo e foi útil na medida do possível.

Então! Mas se até eu sabia que o Liedson que ia chegar era esse e nessas precárias condições e mesmo assim vão contratá-lo!!! Por aqui, se vê que algo vai muito mal no reino do Dragão. Então a “estrutura” não é paga a peso de ouro para ver aquilo que todos os outros não conseguem ver, incluindo um simples adepto. No mínimo é tudo muito estranho o que se passou á volta desta contratação. Amadorismo? Incompetência? Sinceramente gostava de ouvir uma explicação de quem foi o responsável por esta contratação. É que já se viu que mais uma vez o VP… comeu e engoliu. Por estas e por outras é que sempre achei que VP não é treinador para esta direcção que tudo faz e quer fazer… mas que muitas das vezes necessita de alguém que diga NÃO.


“O Izmaylov é um jogador de grande qualidade, mas teve dificuldades para apanhar o nosso ritmo. Depois foi prejudicado por uma lesão no joelho, que o incomodava e que lhe criou alguns problemas, nomeadamente na fase final do campeonato. Foram dois jogadores que nos ajudaram, dentro das suas possibilidades, a conquistar o campeonato».”

Será outra vez a dita lesão do Sporting? Esperemos que não. Izmaylov até marcou um golo. Viva. Tudo dentro das suas possibilidades. O Liedson também, ou seja, nada fez.


“O que nos pode dizer dos reforços do F.C. Porto, nomeadamente dos menos conhecidos, Reyes e Herrera?
«Conheço os dois há algum tempo. Aliás, estava convencido que o Herrera ia chegar em janeiro, mas não foi possível. É um médio de grande qualidade.”

Vai dai e toca a contratar os pesos pesados Izmaylov e Liedson.

“O Reyes é mais defesas central do que médio-defensivo. Aliás nunca o vi a jogar no meio-campo. O F.C. Porto está muito bem servido de centrais e o Reyes vai ter de trabalhar muito para evoluir e jogar. Mas tem boas condições».”

Em conclusão; o Reys foi contratado para o lugar de DC onde temos jogadores com a mais valia de Mangala, Otamendi, Maicon, e até Rolando. Mas para o lugar de Jackson, nem que seja para lhe dar uns minutos de descanso… quem é que vem e a que preço?

Carrela disse...

Portista Sec XXI1 de Julho de 2013 às 17:03

Eu sinceramente fico abismado com a capacidade de alguns em dar a volta ou resumir um JOGO a 2 ou 3 lances apenas.

O FCP FOI SUPERIOR ao benfica quer em casa quem fora, e não fosse a arbitragem vergonhosa na Luz, que cortou 3 alnces de perigo por fora de jogo inexistente (Vá, 2) Defour na cara de Artur... não saberemos como teria acabado... não fosse maxi ter cometido faltas e entradas para provavelmente 5/6 amarelos e 1 vermelho e ter acabado o jogo... num dos lances faz uma placagem CLARA A DEFOUR que ia a entrar na pequena área. Jardel faz uma placagem a Lucho, que podia discutir o lance com artur e bem sabemos como artur treme/tremeu... Resumindo, um jogo em que FOMOS CLARAMENTE SUPERIORES dizer que não houve grande diferenças... ENFIM!!! No jogo em casa, de facto não foi um grande jogo, fruto de um rival medroso e defensivo, a fazer fitas e perdas de tempo DESDE O minutos iniciais... Fomos CLARAMENTE a única equipa que merecia ganhar ambos os jogos...
Dizer o contrário é DESONESTO! Como é desonesto resumir uma época a um jogo, a um momento... o benfica teve a arbitragem NOJENTA com o Sporting, foi feliz com o beira-mar, que apesar de descer, foi melhor que o benfica em campo... o FCP com o Marítimo foi infeliz ao falhar o penalti, como foi com o olhanense... onde falha penalti e faz 29 remates contra 3... resumindo mais uma vez A haver justiça (e no futebol bem sabemos como ela funciona) só o FCP seria um justo vencedor... É a esta desonestidade que VP se refere.. e mt bem!!

José Rodrigues disse...

Cada um acredita-se no q quiser, e mais nao digo.

Portista Sec XXI disse...

“O FC Porto não contrata treinadores por motivos de elementar justiça mas sim por que lhes reconhece competência, como foi o caso com Vitor Pereira”

Claro que não é por questão de justiça mas sim de competência; mas é da elementar justiça reconhecer e julgar não só o trabalho efectuado, mas também a postura que estes possam ter para com o FCP como profissionais e como homens. E com nós sabemos nem sempre a competência e os títulos ganhos são o garante de permanência no FCP. Agora que não me lembro de um profissional e um homem como o Vítor Pereira e com os resultados alcançados, ter sido tão “descartado prematuramente” através de tanta falta de apoio da “estrutura”, como ele, sinceramente não me recordo.

Portista Sec XXI disse...

“Com que então o treinador já sabia que era indesejado e que ía ser despachado?”

Não era só o treinador que sabia que era indesejado. Acho que era evidente há maioria de todos nós. Principalmente quando os que estavam habituados a ver a “estrutura” a combater os ataques externos contra o treinador, clube, direcção e o presidente; constataram que quem apareceu a dar o peito ás balas foi Vítor Pereira; enquanto os que deveriam ter dado a cara, estavam como já escrevi na trincheira do “silêncio ensurdecedor” dos seus gabinetes. Quem não se lembra dos ataques do inarrável do ex porta-voz do presidente Jorge de Sampaio em nome do Benfica; contra o FCP e o seu Presidente em alturas cruciais do campeonato… ainda hoje estou á espera que o Presidente venha defender o bom-nome e honra do FCP; já que o seu, só a ele diz respeito.

Portista Sec XXI disse...

“Então, isso significa que foi hipócrita quando afirmou que se sentia orgulhoso pela proposta de renovação apresentada pela Direcção”

Foi igualmente hipócrita como já o tinha sido a direcção. A diferença é que não lançou “porcaria” para cima da direcção e do FC Porto. Nem tentou criar nenhum mal-estar entre ele, o clube e os adeptos com qualquer tipo de ataques ressabiados.

Compare a forma como Villas-Boas deixou o FCP e como foi tratado pelo FCP e pelo presidente; que até lhe deu direito a receber um Dragão de Ouro; com a forma que VP saiu e as declarações que o presidente fez, após se saber que ele ia para as Arábias.

Portista Sec XXI disse...

“Para si as próprias palavras de Vitor Pereira não contam. Prefere ouvir o barbeiro, especular e pôr em dúvida a idoneidade das pessoas”

Sabe, eu não ouvi o Barbeiro do Alexandre; Li o que o Alexandre escreveu na altura… numa altura que eu já tinha ouvido o mesmo, mas através de outras pessoas e com profissões bem distintas das de barbeiro. Portanto tem razão estas palavras públicas do Vítor Pereira, para mim não contam. Já no recato de um bar, entre gente amiga e a fumar um “Cubano”, temperado por um bom Wiskie; tenho a certeza que as palavras de VP podem ganhar um outro sentido. Acredite.

Portista Sec XXI disse...

Carrela,

Essa história de querer justificar resultados e superioridades reais ou imaginárias pelas arbitragens (e não coloco em causa o que escreve em relação a esse ponto em concreto) é bem mais ao estilo dos benfiquistas. Até por quando vamos por esse tipo de discussões é um pouco como discutir o sexo dos anjos; ou então, conforme as cores de cada um, cada um só vê o que quer ver (incluindo, eu próprio); mas isso é nas discussões de café e com os amigos, que mais nada importa que a vitória e não como ela foi conseguida. Agora quando falamos mais objectivamente, e falamos em superioridade; ou existiu ou não existiu de facto. Não estou a dizer que uma má arbitragem não possa ajudar uma equipa inferior a ganhar aquela que foi efectivamente superior em campo. Mas essa superioridade é sempre evidente. E eu acho que não foi o que aconteceu. Para melhor compreender; para mim ser superior, é o FCP que deu uma mão cheia ao SLB em pleno estádio do dragão; nem um piu se ouviu dos benfiquistas em relação ao árbitro do jogo, ou o FCP que foi comemorar ao nosso salão de festas mais um título de campeão. Isso é superioridade e não há arbitragem que a ofusque; para o bem, nem para o mal.


Bluesky disse...

Na minha opinião é uma entrevista "politicamente correta", tal como todos os treinadores que foram "convidados" a sair do FC PORTO por receberem "propostas irrecusaveis", assim tambem o fizeram (Ivic, Carlos Alberto Silva, Antonio Oliveira, Fernando Santos, Jesualdo e até, espanto dos espantos, José Couceiro!)... nem que fosse para treinar o clube do sindicato dos jornalistas! Enfim, rei morto rei posto.

Portista Sec XXI disse...

Quanto aos casos em concreto que refere; já argumentei o mesmo contra os benfiquistas e eles contra atacam com que foram roubados na Académica em Coimbra com duas grandes penalidades “inventadas” contra eles. A seguir lá vem golo do Cardozo na Luz contra o SCB e que foi mal anulado; e eu contra-ataco outra vez com mais umas boas razões de queixa da nossa parte, e eles lá começam com a história do GR Alex Sandro etc… Mas é como lhe digo, esse é o tipo de discussão que se espera entre adeptos de cores diferentes e rivais por natureza. E ai dá gozo contra argumentar… agora aqui em “família”; sinceramente não vou por ai. Temos é que dizer o que nos vai no pensamento e na alma.

Portista Sec XXI disse...

Já agora quanto a jogos defensivos e medrosos por parte do SLB contra o FCP; que para si servem para justificar algo. Não sei qual a sua idade. Mas posso lhe dizer que durante uns bons anos, inclusive os primeiros de José Maria Pedroto como treinador do FCP na era Pinto da Costa; era com esse futebol “defensivo e medroso” que normalmente íamos jogar lá abaixo e que muitos bons resultados deram, muitas das vezes com um ou dois remates á baliza. Claro que essa era a táctica que melhor servia os intentos do FCP; mas não era o estado de espírito da equipa. Grandes artistas e profissionais esses; ainda me lembro de cor o nome de alguns desses artistas. Tibi, Fonseca; Gabriel, Simões, Freitas, Teixeira; Oliveira, Octávio, Rodolfo, Frasco; Gomes e Costa e Seninho. Já lá vão uns anitos, e eu era um jovem.

Costa disse...

O VP é bi-campeão pelo FCP e quanto a isso...
Temos pena.

Anónimo disse...

1) Vítor Pereira não foi descartado prematuramente. Pelo contrário, foi-lhe proposto a renovação do contrato.

2) Só era evidente que o treinador era indesejado para si e para outros iluminados. Os factos falam por si. Nenhum clube propõe renovações de contratos a treinadores indesejados.

3) Outra falsidade. O FC Porto nunca lançou "porcaria" a ninguém, nem tentou criar algum mal-estar entre o treinador e o clube e os adeptos. No máximo, o Presidente poderá ter revelado algum desagrado pelo facto do treinador não ter aceitado a oferta de renovação do contrato. O resto são puras invenções de alguns bloguistas.

Resumindo: todos os seus argumentos são refutados pelas palavras do próprio Vítor Pereira nas suas últimas duas entrevistas.

Alexandre Burmester disse...

Ao anónimo das 17:57: há uma coisa chamada "linguagem diplomática", e dela faz parte, a meu ver, o que Vítor Pereira afirma a propósito da tentativa do FCP em lhe renovar o contrato.

Posso estar errado, claro, mas nada me demove da ideia de que esta foi a airosa saída pelas duas partes encontrada.

Quem quiser ler todas as palavras dos intervenientes literalmente cairá, talvez, no mesmo erro dos que lêem a Bíblia ou o Corão literalmente.

DC disse...

Foi mais uma boa entrevista (mais uma do homem que nem sabe falar com a imprensa, veja-se lá), e vem no seguimento da que deu à revista do DN em que lançou pistas sobre situações graves que terão ocorrido com a sua família devido a "adeptos" do Porto.

Acredite-se no que se quiser, eu acredito que se fartou de aturar alguns miseráveis que infelizmente também temos como adeptos. Por várias vezes disse que tinha que ter cuidado quando saía à rua, nos festejos do seu 1º título disse meio a brincar que não arriscava meter-se no meio da multidão porque tinha medo do que lhe fariam e na entrevista ao DN acabou por falar na situação em que incomodaram a esposa dele.
Optou por um campeonato mais fraco sim, mas até aí com bons argumentos (clube que não vence o campeonato há 29 anos, média de espectadores de 40000 pessoas, só 3 estrangeiros no plantel, boas camadas jovens).

Mais uma vez, que tenha toda a sorte do mundo.

Alexandre Burmester disse...

Vítor Pereira - que só por azar não foi para o Real Madrid - vai estar em directo na TVI24 a partir das 22.30.

Não se leia acinte nestas minhas linhas; ele teve bastante mérito, mas JNPC, que não anda nisto há poucos anos - e percebe de bola - sempre pensou, na minha opinião, que VP era uma mera solução de continuidade.

E em Paulo Fonseca, tal como antes em Artur Jorge, Mourinho e Vilas Boas, ele percebeu que encontrou um predestinado.

Sansoni7 disse...

Olá
Absolutamente de acordo com este post.
Com todo este processo de renovação/não renovação,em minha opinião, Vitor Pereira sai por cima...sai mais HOMEM,...e mais Portista.

Só temos que lhe estar agradecidos!

Ao Associado, provavelmente o mais importante é que as Direcções tenham bons dirigentes, para Vitor Pereira creio que a Atitude será sempre mais importante do que os actos administrativos...

Não tenho dúvidas que ele um dia vai regressar...e pela porta grande!
Cumprs
Augusto

Johnny Pedrosa disse...

Caríssimo, deverá ter uma visão deturpada da realidade só pode!

Existiu demérito do Benfica, porquê? Um campeonato não se faz de todos contra todos???

O golo do Varela é pura sorte, e o golo do Lima é mérito??? Santa Paciência!

Existiu "azar" do Artur no lance do golo na Luz? Pois o Jackson nem lá estava a fazer o seu trabalho! Caso não saiba analisar futebol, em todos os golos existe mérito e demérito, dependendo das cores que se defendem, mas daí a não ser coerente...

Quanto à superioridade, o FCP foi claramente superior ao Benfica no jogo da Luz, da mesma forma que o foi, nos outros 2 confrontos do campeonato da época 11/12. No Dragão e no jogo jogado, sim existiu equilíbrio de forças, em termos de ocasiões de golo, mas não posso deixar de me recordar, que o Benfica jogou de igual forma ao Olhanense; Beira-Mar e outros que tais.