sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A confirmação



«A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a um acordo com o Atlético de Madrid para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva do jogador profissional de futebol Radamel Falcao pelo valor de 40.000.000 € (quarenta milhões de euros). Este acordo prevê o pagamento de uma remuneração variável, pelo que o montante global a receber poderá atingir os 47.000.000 € (quarenta e sete milhões de euros). Mais se informa que a formalização final deste acordo está dependente da celebração do contrato de trabalho do atleta com o Atlético de Madrid, assim como da conclusão dos exames clínicos a que se irá submeter, com o consentimento da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD.»




«A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a um acordo com o Atlético de Madrid para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva do jogador profissional de futebol Ruben Micael pelo valor de 5.000.000 € (cinco milhões de euros). Mais se informa que a formalização final deste acordo está dependente da celebração do contrato de trabalho do atleta com o Atlético de Madrid, assim como da conclusão dos exames clínicos a que se irá submeter, com o consentimento da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD.»

P.S.1 = A SAD do FC Porto, segundo o seu último Relatório e Contas do 3º Trimestre, detinha em 31/03/2011, 95% do passe do Falcao e 80% do passe do Rúben Micael.



P.S.2 = Uma saudação especial ao pasquim da Travessa da Queimada!

25 comentários:

P. Cardoso disse...

Ainda não despachamos o Rodriguez..
Vem mais algum ponta de lança?

Miguel Lourenço Pereira disse...

Mais nenhum clube pagaria 40 milhões pelo Falcao do que os loucos do Calderon pelo que o negócio, financeiramente, é um sucesso. Desportivamente vai custar muito substituir um dos melhores avançados da história do clube (continuo sem entender a sua preferência por um clube mediano em Espanha em vez de jogar a UCL, mas ele lá saberá).

Quanto ao Micael, é uma situação, como a do Castro, que particularmente me enoja. O FCP está a perder os seus elos de ligação com o futebol português e se Moutinho sair ficamos com 2 portugueses no lote de habituais (Rolando e Varela) o que me parece absolutamente vergonhoso num clube com uma estrutura que sempre se assumiu como local e que deu a cara pelo futebol português mais vezes do que qualquer vaca sagrada de Lisboa.

Micael era um jogador útil, internacional, portista e com margem de progressão, o contrário de Cebolla Rodriguez, por exemplo, e que não estava contrariado como está Fernando há muito tempo. Vendê-lo por 5 milhões é um negócio que não se entende e espero bem, para bem do clube, que a UEFA se apresse a aplicar a fórmula do 6+5 porque começo a ficar farto desta politica de comissões alheias que distribui a SAD.

Um abraço

Anónimo disse...

Esta incusão do Micael no negócio, e por valor tão baixo, é que não lembra ao diabo!

Pedro disse...

@Miguel Pereira

Há 2 questões distintas a analisar. Uma delas é o valor real dos jogadores. Ter portugueses por ter é inútil. Ou são bons ou então temos de ter melhor. E Ruben foi um flop autêntico. Um médio banal, que é preciso assumir não se impôs na equipa. Entre ele e Defour... prefiro de longe o Defour.

Quanto a Castro ai a questão é muito diferente. Esse sim tem margem de progressão e é muito competitivo. O empréstimo só se compreende pela elevada qualidade dos titulares Guarin e Moutinho.

Ps: Moutinho não sai. O Chelsea nunca na vida daria 40 milhões por ele. Estão mais interessados em Modric que até ficará mais barato.

Cord disse...

Num país normal este Miguel Pereira ia a tribunal provar as calúnias que lança. Mas enfim, de gente de pouco carácter não se espera outra coisa.

Eu estou-me nas tintas para os jogadores portugueses. Por mim podem ser todos chineses, iranianos e indonésios. Sentir o Porto e jogar à Porto não tem nada a ver com o local de nascimento. Aliás, já era tempo de a UEFA acabar com as regras dos formados localmente: um proteccionismo patético aos jogadores que já tiveram a sorte de usufruir de formação nos melhores clubes do mundo à custa dos que - como, curiosamente, o Micael - foram menos afortunados. Ainda alguém me há-de explicar quais são as vantagens exactas dos jogadores portugueses. Aliás, não tendo papas na língua, toda essa conversa tresanda a xenofobia.

A saída do Micael é normalíssima. Depois de uns excelentes 2 meses na primeira época, foi uma nulidade na época anterior e quase nada mostrou nesta. Com o regresso do Guarin, o Belluschi a recuperar a forma, a manutenção do Moutinho e o ingresso do Defour, poucas oportunidades de jogar teria. Teve imensas neste princípio de época, mas tal como a época passada, não as aproveitou. É natural que, como o Castro, quisesse uma situação que lhe assegurassem minutos regulares para poder assegurar um lugar na selecção em ano de fase final de Europeu - já o Beto, o Castro e o Sereno pediram para sair por isso mesmo.

Pedro disse...

"A saída do Micael é normalíssima. Depois de uns excelentes 2 meses na primeira época, foi uma nulidade na época anterior e quase nada mostrou nesta." e por 5 milhões é bem vendido.
A mim a questão dos portugueses só me preocupa porque temos de inscrever 8 na liga dos campeões.

Nelson Carvalho disse...

Cord disse:

«Ainda alguém me há-de explicar quais são as vantagens exactas dos jogadores portugueses. Aliás, não tendo papas na língua, toda essa conversa tresanda a xenofobia.»

Pessoalmente, vejo também, nos últimos tempos, alguma demagogia sobre este tema de se querer introduzir jogadores nacionais num plantel à força toda.

De facto, concordo que o capítulo da qualidade é o que determina, e continuará a determinar, a existência de jogadores portugueses na nossa equipa. E não, não acho que, de grosso modo, eles tenham sido substimados.

Contudo, caro Cord, há um ponto particular em que um qualquer jogador nacional faz diferença para um estrangeiro. O português sabe, conhece e ambiciona actuar num clube como o FC Porto, pela sua dimensão, integração, referência e identidade nacional. Algo que só possível constatar e compreender quando se vive no país à muitos anos.

Claro que os estrangeiros reconhecem a o nível internacional que o Porto actualmente granjeia. Mas, no geral, desconhece a afectividade nacional e local que faz respirar o clube.

Mário Faria disse...

Bom negócio. A estratégia seguida pela SAD de potenciar as qualidades dos seus activos para depois os vender, retirando dessas transacções óptimas mais valias, veio para ficar.
Encontrar jogadores, por esse mundo fora, que possam ser o motor desta política tem sido conseguida com uma taxa de êxito elevado.
Tem havido algumas nuances no trajecto. Este virar para o mercado "secundário" europeu parece-me avisado : são comunitários, têm potencial, não carecem de um período alargado de adaptação e foram adquiridos a um preço "justo".
Falta reinventar valores seguros vindos das nossas escolas. Temos estruturas, técnicos competentes, mas a matéria prima parece não corresponder qualitativamente, o que leva as equipas mais ricas a apetrecharem-se - também nesses escalões mais jovens - com muitos jogadores estrangeiros. Há que partir alguma pedra para se avaliar o que não está bem. É urgente saber aproveitar melhor os nossos jogadores mais jovens e arriscar nos mais apetrechados.

MrCosmos disse...

Muito bom negócio, mas custa-me vê-lo partir, evidentemente.

Preocupante é a forma como a massa adepta acaba manipulada tão facilmente pelos artistas de marionetas que temos a puxar os cordéis no comando... São muito bons os nossos dirigentes, sem dúvida! Até nisso.

É assustador imaginar a ingenuidade dos adeptos que acreditam, e se revoltam, que Falcao muda de ideias cada vez que vai a casa de banho, ou que o experiente Pinto da Costa não tivesse esta carta (venda) na manga desde sempre, e que o aumento da cláusula de rescisão era precisamente o âmago da questão.

Aliás, lógico que Falcao saí a ganhar umas boas coroas com o negócio, mas para mim ele até foi amigo do clube, ou então muito ingénuo também, ao aceitar sair e descer de cavalo para burro, com umas palmadinhas nas costas à mistura dos patrões. Foi empurrado, com arte, sublinhe-se, para descer alguns degraus a troco sobretudo - e apesar do jogador provavelmente não atingir tal - do interesse/necessidade do próprio FCP.
Quem perde mais, desportivamente, com a rescisão do contrato nestes termos? O FCP ou Falcao?

Eu cá, estarei entre os que aplaudirão o Falcao quando visitar o Dragão.

Carlos Santos disse...

Meus amigos, que grande negocio fizemos!

Para qualquer adepto mais ou menos atento, era obvio que depois da epoca que fez, Falcao iria sair. A questao e que ha 3 semanas atras, ninguem teria dado mais de 30 milhoes por ele, apos a renovacao, conseguimos 40 milhoes. Mais uma vez o nosso Presidente mostrou um talento inaudito para o negocio.

Quanto ao Micael, e um jogador que teve oportunidades de sobra mas infelizmente nao se impos. Era tambem muito pouco querido entre os adeptos e as vezes ate bastante criticado. A questao do ser Portuges e uma falsa questao. Entao um clube que disputa regularmente a Champions League deve olhar a competencia ou a nacionalidade?! Por amor de Deus...
Se esta saida de Micael vier a evitar que o Moutinho tambem saia, entao por mim ate podia ter ido a custo zero. Uma saida de Moutinho nesta altura, seria na minha opiniao ruinosa.
Se conseguirmos ainda vender Fernando e C. Rodriguez (principalmente este ultimo aufere um salario elevadissimo), creio nao ser necessario vender mais nenhum titular indiscutivel (que jeito nos daria manter Alvaro Pereira com Fucile em grande forma do lado esquerdo).

Miguel Lourenço Pereira disse...

@Pedro,

"Ou são bons ou então temos de ter melhor. E Ruben foi um flop autêntico. Um médio banal, que é preciso assumir não se impôs na equipa."

O Ruben Micael não é um médio menos banal que o Rodriguez ou o Souza, por exemplo, não os vi incluidos no negócio. Chamar flop é um pouco exagerado, não rendeu no ano passado ao mesmo nível da primeira meia época, é verdade, mas é um internacional com 25 anos, margem de progressão e útil no apoio à primeira equipa, ou o Defour, futuro capitão da Bélgica, veio para o banco?

"Quanto a Castro ai a questão é muito diferente. Esse sim tem margem de progressão e é muito competitivo. O empréstimo só se compreende pela elevada qualidade dos titulares Guarin e Moutinho."

Eu vejo o Castro a jogar perfeitamente a médio mais recuado e - uma vez mais - parece-me mais competente que o Souza ou o Rodriguez (que ficam como sobras num plantel que tem 6 médios para três lugares) e além do mais é um jogador da casa, que sente a camisola. Se querem ser campeões com um onze à Inter, força, mas para mim isso não é nem nunca foi o FCP.
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Cord,

"Num país normal este Miguel Pereira ia a tribunal provar as calúnias que lança. Mas enfim, de gente de pouco carácter não se espera outra coisa."

Mas você conhece-me de algum sitio para dizer barbaridades como essa? Uma coisa é não estar de acordo com o que digo, outra é chamar-se xenófobo. Há quem não tenha o minimo nível, a internet dá palco a qualquer imbecil.
Se quer ir a tribunal força, qualquer cidadão pode denunciar outro, mas a ameaça, como já se sabe, é sempre a arma dos cobardolas.

Duarte disse...

Já vou tarde se calhar, mas não posso deixar de subscrever na íntegra as palavras do Cord.

Anónimo disse...

Eu acho fantástico o seguinte paradoxo: quando alguém manifesta preocupação pela situação financeira do clube, logo os zelotas do costume vêm dizer que o principal são os títulos e que sem investimentos não há títulos; quando a SAD vende mais um craque por um balúrdio, regozijam-se pelo "grande negócio", como se, afinal, o aspecto financeiro fosse tão importante como o desportivo...

E, claro, não se esquecem de referir que o NGP já lá está há 29 anos (quase a igualar Salazar, diga-se)...

Anónimo disse...

Mr. Cosmos,

Excelente o seu comentário. Mas se depois lhe "baterem", não se admire. É que a massa adepta do FCP está pejada de "democratas".

meirelesportuense disse...

Miguel:
O jogador não é a parte mais importante neste tipo de transacções?...Parece-me óbvio que sim, e o Micael deve ter querido e muito ir para Espanha, não me acredito que alguém no seu juízo, e ainda por cima prima-dona como qualquer jogador de futebol, possa ser instrumentalizado como parecem querer afirmar.
Não façam de pessoas bem informadas, seres sem coluna vertebral.Não foram dois legumes que foram negociados.

Anónimo disse...

O Micael queria - e muito! - ir para Espanha jogar no Saragoça?? E o FCP nunca empurrou nenhum jogador pela porta fora? Já se esqueceu do Lucho - e recuando mais - do Domingos, caro Meireles? E O NGP numas coisas é o maior e noutras não tem mão nos jogadores? Não brinque comigo...

Paulo Marques disse...

Quanto ao número de portugueses na equipa...
Bem, eu penso que nunca os clubes, jogadores e seleção tiveram, ainda por cima juntos, maior prestígio a nível mundial do que hoje, ainda por cima com tão poucos recursos. Por isso, não me parece que estejamos no mau caminho a este nível.
Mas se calhar sou eu que me contento com pouco...

Mefistófeles disse...

David disse,

"E, claro, não se esquecem de referir que o NGP já lá está há 29 anos (quase a igualar Salazar, diga-se)..."

"Excelente o seu comentário. Mas se depois lhe "baterem", não se admire. É que a massa adepta do FCP está pejada de "democratas".

É óbvio que os seus comentários, David, tresandam a inveja lá porque os Portistas ou grande parte deles se reveêm no seu Presidente - o que não acontece noutros clubes com líderes orelhudos, por exemplo.

Já aqui muito se escreveu sobre isso e muito escreveram algumas vozes discordantes do tipo de liderança do FCP e de JNPC pelo que a sua crítica não faz sentido.

E quanto a "democracias" basta ver como decorreram algumas assembleias gerais na zona de Carnide para estarmos conversados.

Miguel Lourenço Pereira disse...

Meireles,

Se chegam à tua beira e dizem que ou vais embora ou não jogas num ano de Europeu, é normal que vás, mesmo que seja a contra-gosto. Porque achas que um jogador que podia jogar a UCL, ser campeão nacional lhe interessa ir para o Zaragoza porque nem o Atlético o quer para nada???

Anónimo disse...

Inveja de quê, Mefistófeles? Essa é boa! A não ser que - usando um artifício retórico muito comum entre certos portistas - ache que eu sou um lampião disfarçado. Enfim...

Quanto aos de Carnide, eu falo de alhos e você de bugalhos.

Pedro disse...

Alguém sabe quais são as objectivos para os 7 milhões de euros variáveis serem ou não pagos?

HULK 11M disse...

Oxalá que eu me engane mas... suspeito que ainda vamos ver o Rubem Micael no 5LB!

Carlos Santos disse...

@Pedro: o FCP recebe mais 7 milhoes se o Atletico for campeao nacional ou ganhar a Liga dos Campeoes.

Anónimo disse...

Mas que uma coisa fique clara: eu sou um grande e incondicional admirador de Jorge Nuno Pinto da Costa! O que me irrita é a idolatria pacóvia e intolerante em torno dele, e não me admiraria que isso o irritasse a ele também! Há muito que andava para dizer esta, mas o acinte dos zelotas fez-me agora decidir-me a dizê-lo! É essa idolatria que me faz - reconheço - ser por vezes provocador nos meus comentários, mas carago, detesto beatismo!

O meu tio e sócio - não vale a pena dizer quem é - dá-me o suficiente nas orelhas para eu não me exceder!

Passar bem - como dizem os brasucas.

Daniel Gonçalves disse...

Considero que o Ruben Micael esteve, na temporada passada, num nível inferior à meia época anterior quando foi contratado, mas daí a o considerar um flop vai uma grande distância. Ainda me lembro da jogada que ele construiu para um golo do Walter frente ao Portimonense no Dragão, um chapéu ao Ventura, na época passada. Quando jogou tinha passes a rasgar, mas às vezes demorava a decidir o que fazer, não era muito rápido a conduzir a bola, mas não sei se tal se devia à desmotivação por ser suplente. Que esta temporada seria novamente segunda escolha não tenho dúvidas, mas por € 5M acho pouco, podemos argumentar que não se valorizou desde que cá chegou, mas fico com aquela sensação: será que ele não vai crescer e valer mais daqui por algum tempo? A ver vamos.