sábado, 7 de novembro de 2009

2003 versus 2009, descubra as diferenças

Na época 2002/03 o onze-base construído por José Mourinho integrou quatro jogadores novos - Paulo Ferreira, Nuno Valente, Maniche e Derlei - e um regressado - Jorge Costa - relativamente à época anterior.
Com uma equipa nova – 50% dos jogadores de campo diferentes - o FC Porto ganhou o campeonato, a Taça de Portugal e teve um excelente comportamento nas competições europeias, deixando pelo caminho equipas como o Panathinaikos e a Lazio, tendo culminado com a vitória na Taça UEFA perante o Celtic.

Fruto do bom desempenho da equipa, no final da época vários dos jogadores do FC Porto estavam na agenda dos principais clubes europeus. Contudo, a SAD resistiu às ofertas e apenas saiu um jogador não essencial - Postiga - tendo entrado um melhor (e que já conhecia o clube) para o seu lugar - McCarthy.
Nota: Postiga marcou 14 golos no campeonato 2002/03, enquanto que McCarthy marcou 20 golos no de 2003/04.

Entre os jogadores com mercado mas que não saíram, esteve a dupla fundamental do modelo de jogo de Mourinho em termos ofensivos: Deco e Derlei.
Nota: Derlei foi o melhor marcador da equipa e um dos melhores da competição na Taça UEFA 2002/03.


Apenas com as mais-valias da transferência de Helder Postiga, o Relatório & Contas da SAD da época 2002/03 apresentou resultados fortemente negativos.

Seis anos depois...
Na época 2008/09 o onze-base construído por Jesualdo Ferreira integrou cinco jogadores novos - Rolando, Cissokho, Fernando, Rodriguez e Hulk - e um que mudou de posição - Fucile (de lateral-esquerdo para lateral-direito) - relativamente à época anterior.
Com uma equipa nova – 60% dos jogadores de campo diferentes - o FC Porto ganhou o campeonato, a Taça de Portugal e teve um excelente comportamento nas competições europeias, deixando pelo caminho equipas como o Fenerbahçe, o Dinamo Kiev e o Atlético Madrid, tendo chegado aos quartos-de-final da Liga dos Campeões onde foi eliminado (dificilmente) pelo tri-campeão inglês e campeão europeu em título – Manchester United.

Fruto do bom desempenho da equipa, no final da época vários dos jogadores do FC Porto estavam na agenda dos principais clubes europeus. Contudo, a SAD resistiu às ofertas e apenas saiu um jogador não essencial - Cissokho - tendo entrado uma boa alternativa (talvez melhor) para o seu lugar - Álvaro Pereira.

Entre os jogadores com mercado mas que não saíram, esteve a dupla fundamental do modelo de jogo adoptado por Jesualdo nas épocas 2008/09, 2007/08 e 2006/07 - Lucho e Lisandro.
Nota: Lisandro foi o melhor marcador da equipa e um dos melhores da competição na Liga dos Campeões 2008/09.


Apenas com as mais-valias da transferência de Ricardo Quaresma (efectuada em 01/09/2008), o Relatório & Contas da SAD da época 2008/09 apresentou resultados negativos.

É impressionante o paralelismo mas, conforme sabemos, a história da época 2008/09 teve um final diferente. Há, aliás, um exemplo que é elucidativo. No final da época 2002/03, a SAD teve argumentos para segurar Deco mais uma época (apesar do pré-acordo que o mágico tinha com o Barcelona) e todos sabemos como ele era fundamental na equipa e foi fundamental na caminhada para Gelsenkirchen. Contudo, no final da época 2008/09 a SAD já não teve argumentos, ou não quis, segurar o também fundamental esteio do meio-campo – o capitão Lucho Gonzalez -, apesar do próprio el comandante ter dado fortíssimas indicações de que via com bons olhos a sua permanência na Invicta e do Marselha não ter o “sex-appeal” do colosso catalão.

O que mudou na politica desportivo-financeira da SAD e que, ao contrário de Mourinho em 2003/04, impediu Jesualdo em 2009/10 de beneficiar da continuidade do trabalho de maturação da equipa que tão bem tinha construído na época anterior?

Será que a administração da SAD não acreditou no potencial da equipa que em Março de 2009 calou Old Trafford?


É pena que a SAD não tenha arriscado (reconheço que não vender Lucho e Lisandro seria um risco) e feito uma aposta semelhante à que fez há seis anos atrás, porque eu estou convencido que essa equipa tinha uma boa margem de progressão e, com uns retoques, poderia esta época voltar a levar-nos a uma meia-final ou final da LC.

26 comentários:

dragao vila pouca disse...

Lucho não é Deco; Jesualdo não é Mourinho; e importantíssimo, vinhamos de ganhar a Taça UEFA e havia a sensação - Mourinho acreditava - que os jogadores podiam fazer uma grande Champions e ainda se valorizar mais.
Talvez faltasse essa convicção que havia em 2003/2004...

Um abraço

Shangaitrip disse...

Apesar de estar feito aqui uma boa analogia, penso que está só será válida em termos teóricos. Colocando isto em modos de jogo prácticos, não vai dar ao mesmo.

Apesar da venda de inúmeros jogadores essenciais na equipa em 2003/2004, esta reforçou-se quase ao mesmo nível, e continuo a ganhar, porque a transição de equipa foi favorecida pelas más épocas vindouros dos outros grandes.

Este ano estamos a assistir a uma reacção diferente. Apesar do Porto ter vendido jogadores muito importantes como Lucho Gonzalez, Lisandro ou até Cissokho - que combinavam num motor de jogo fortíssimo - e até estar com reforços +/- à altura, estamos a assistir a uma reacção positiva de outros clubes (falo do Benfica e do Braga).

Não quero com isto dizer que o Porto ganhou pelo desmérito dos outros, nada disso! O Porto ganhou todas as ligas por ser a equipa mais forte do campeonato português durante 4 anos. Mas afirmo que a transição de equipas e modo de jogo adaptado aos novos jogadores está a ser acusado pelo facto do nível médio das equipas ter aumentado.

AFC disse...

Seria uma decisão muito arriscada, mas mesmo muito arriscada. Em primeiro lugar, porque não vender Lucho e Lisandro implicaria que compras como a do Falcao não se efeectuassem. Ou seja, provavelmente manteriamos um plantel curto, o que com Mourinho nunca se verificou. Recordo que o FCP tinha no banco da final jogadores como Alenitchev e McCarthy, capazes de mudar o rumo de uma partida. À manutenção no plantel de jogadores como Lucho e Lisandro teremos que adicionar a aquisição de pelo menos um jogador para o meio campo e outro para o ataque (possivelmente Falcao) o que implicaria um agravamento dos resultados negativos possíveis.

José Correia disse...

Tiago Vitória disse...
«Apesar da venda de inúmeros jogadores essenciais na equipa em 2003/2004...»

Há aqui uma enorme confusão.
Que me lembre, os únicos jogadores que saíram no final da época 2002/03 foram Postiga e Capucho, sendo que o primeiro foi substituído por um avançado muito melhor - McCarthy - o qual já tinha estado meio ano no FC Porto por empréstimo do Celta Vigo.

Relativamente ao Capucho, não era um titular indiscutível (na 2ª volta da época 2002/03 alternava com Marco Ferreira) e estava em final de carreira. Para a época 2003/04 entraram Pedro Mendes e, mais tarde, Carlos Alberto.

José Rodrigues disse...

A analogia está muito interessante e parece-me legítima.

Se não se vendesse Lucho e Lisandro não haveria Belluschi e possivelmente Falcão, mas haveria A Pereira e Varela na mesma (ou até mesmo Valeri).

Com uma espinha-dorsal com mais maturidade, experiência e rotinas, reforçada pontualmente com os jogadores q mencionei acima, estou certo q estaríamos mais fortes neste momento e melhor lançados para os meses q se seguem.

Curiosamente, se não tivéssemos vendido ninguém em 02/03 (e até vendemos o Postiga) teríamos feito um prejuízo de 33 milhões; em 08/09 se não tivéssemos vendido ninguém teríamos feito um prejuízo de 35. Ou seja, nesse aspecto por acaso não há grande diferença.

José Correia disse...

AFC disse...
«não vender Lucho e Lisandro implicaria que compras como a do Falcao não se efectuassem»

Não é verdade.
É evidente que se a SAD não tivesse vendido Lucho e Lisandro, a capacidade de investimento para a época 2009/10 seria menor, mas continuava a ser possível fazer ajustes no plantel, senão vejamos:

- Varela, custo zero;
- Castro (estava emprestado ao Olhanense) em vez de Prediger, que custou 4,2 milhões de euros;
- manter Rabiola em vez de contratar Orlando Sá, que custou 3 milhões de euros.

As vendas de Cissokho (15 milhões), Ibson (4,5 milhões), Paulo Machado (3,5 milhões) e a indemnização paga pelo Atletico Madrid relativa a Paulo Assunção (3,5 milhões), seriam suficientes para os ajustes que eu refiro, nomeadamente as compras de Álvaro Pereira (4,5 milhões) e de Falcao (3,9 milhões por 60% do passe).

José Correia disse...

José Rodrigues disse...
«em 08/09 se não tivéssemos vendido ninguém teríamos feito um prejuízo de 35»

Zé, apenas a transferência de Lucho contou para o exercício 2008/09 (as de Cissokho e Lisandro serão contabilizadas no exercício 2009/10).

Calculo que as mais-valias da transferência do Lucho sejam cerca de 10 milhões de euros, o que significa que se essa transferência não tivesse ocorrido, o resultado liquido do exercício 2008/09 seria negativo mas em apenas cerca de 5 milhões de euros.

José Correia disse...

dragao vila pouca disse...
«havia a sensação - Mourinho acreditava - que os jogadores podiam fazer uma grande Champions e ainda se valorizar mais»

A equipa de 2008/09 tinha uma média de idades inferior à de 2002/03. Por aí, o potencial de valorização seria maior em 2008/09 do que em 2002/03 e o risco de aguentar os jogadores mais um ano era menor.

O Faroleiro disse...

Excelente texto e muito interessante a analogia feita.

Não creio porém que esta ralação causa-efeito seja uma verdade absoluta.

Quem leu o texto inteligente do José Correia fica com a clara sensação de que perdemos uma grande oportunidade mas há outros paralelos que podem ser estabelecidos; dou como exemplo o Barcelona deste ano; após uma época passada brilhante, praticamente com a mesma equipa que embora tenha perdido Et'o ganhou o mágico Ibra; estranhamente parece ter entrado numa época de declínio, tal como aconteceu com o Real Madrid dos galácticos, e já tinha acontecido com o Milan !

A frieza com que a SAD vendeu Lucho e Lixa no fundo são uma prova da lúcida gestão de recursos que fazem, o que leva a que o Porto esteja constantemente a um bom nível na champions.

Poderíamos ter ganho mas... se tivéssemos perdido ? Quantas vendas forçadas teríamos que fazer no ano seguinte ?

AFC disse...

Caro José Correia:
Disse...
"Não é verdade.
É evidente que se a SAD não tivesse vendido Lucho e Lisandro, a capacidade de investimento para a época 2009/10 seria menor, mas continuava a ser possível fazer ajustes no plantel..."

A questão não está única e exclusivamente na capacidade de investimento, mas sim na gestão do plantel associada ao aumento dos custos com o pessoal. Ter no plantel dois avançados do calibre de Lisandro e Falcao seria extraordinário para o FCP, mas isso implicaria que seriam dois avançados "dispendiosos" (provavelmente a manutenção do Lisandro implicaria um aumento de salário e contrato no sentido de evitar um novo caso Paulo Assunção), e a gestão do plantel feita pelo treinador que teria à sua disposição jogadores como Hulk, Rodriguez, Falcao, Lisandro, Varela e se quisermos até Rabiola. Ora colocar estes dois critérios nos pratos da balança, na minha opinião, levou a que, conjuntamente com uma série de necessidades financeiras da SAD, a vender estes jogadores.

Enfim, critérios que obviamente são discutíveis e nem sempre os mais acertados, dependendo da opinião de cada um e da gestão de risco que cada um de nós faria se estivesse à frente da SAD.

Carlos Coimbra Ferreira disse...

A analogia é legítima, assim como outras. Mas aquilo que interessa é a conclusão, ou seja eu, para além do referido possível sucesso na Champions acrescento que, talvez mais importante que isso seria ganhar a Liga Portuguesa "sem espinhas" num ano em que para além da reedição do Penta este é um ano que derrotar os Mouros é fundamental pois o investimento feito por eles este ano, se não tiver o retorno adequado é possível que os coloque numa situação complicadita. Se queremos ter mais uma década de vitórias "quase garantidas" é fundamental que eles não ganhem este ano.

Luís Negroni disse...

Lisandro é neste momento o jogador mais bem remunerado do futebol francês, ganhando mais de 400.000 euros/mês líquidos. No Porto ganhava 1/3 dessa quantia ou menos. Segurá-lo era "fácil"; Bastava pagar-se-lhe o que o Lyon lhe ofereceu e ele ficava cá, e contente. Só que em vez de terem entrado 24 milhões de euros (+ muito prováveis bónus futuros), iam gastar-se + 4 ou 5 milhões por ano (acréscimo salarial + seg. social + irs) e ia arranjar-se um enorme problema de balneário.

Há portistas que passam a vida a criticar o grande volume das despesas correntes relativamente às mesmas receitas e os consequentes resultados correntes crónicamente muito negativos do Porto, mas quando são tomadas decisões como estas das vendas de Lisandro e Lucho, absolutamente irrepreensíveis do ponto de vista financeiro e até desportivo - tendo em conta factores como idade dos jogadores, salários que lhes são oferecidos pelos clubes que os pretendem incomportáveis para o Porto, anos que já levam no clube com consequente perda de motivação - vemo-los insurgirem-se contra elas e reclamarem muito lacrimejantemente a permanência ad eternum desses jogadores no Porto. Utilizando a sabedoria dos ditados populares, pode dizer-se que esses portistas - muitos e cada vez mais, infelizmente - querem "Sol na eira e chuva no nabal" e que para eles, a administração do Porto, está sempre "Presa por ter cão e presa por não ter".

Mário Faria disse...

O José Correia só esqueceu que o FCP repetiu a dose (de 2001/3) há muito pouco tempo, em 2005/6, em que apresentamos um prejuízo de30.445.060, exactamente para mantermos a equipa e garantir o futuro.
Ora esse prejuízo, está longe de ser compensado com os pequenos lucros apresentados posteriormente.
Não vejo como sair deste ciclo e equilibrar as contas de outra forma que não seja a venda de activos.
Talvez o aumento de capital, talvez o "trespasse" do Dragão para a SAD ? Esta última hipótese é um risco muito sério.

José Correia disse...

AFC disse...
«Ter no plantel dois avançados do calibre de Lisandro e Falcao seria extraordinário para o FCP, mas isso implicaria que seriam dois avançados "dispendiosos"»

Mantendo o Lisandro e contratando o Falcao, a SAD teria de vender/emprestar o Farias e, pelos vistos, interessados não faltariam.
Não me parece que o Falcao esteja a ganhar muito mais que o Farias.

José Correia disse...

Luís Negroni disse...
«Lisandro... No Porto ganhava 1/3 dessa quantia»

Ninguém disse que seria fácil segurar o Lisandro, mas em 2002/03 a SAD conseguiu segurar o Deco mais um ano, o qual fez um contrato com o Barcelona que era mais de três vezes superior ao que ele ganhava no Porto.
Como é que a SAD conseguiu segurar o Deco?
Terá de perguntar ao Pinto da Costa.

Zé Luís disse...

Não direi que está tudo correcto nessa analogia, José Correia.

Porque percebe-se a ideia.

Mas falha a implementação.

E muitos pormenores que os "gestores" avaliam internamente.

Lembra-te o "amuo" de Lisandro na época passada que afectou a sua pontaria... Ele estava morto por sair. Ponto. Depois as oportunidades de negócio são para aproveitar, no futebol ou noutro ramo de economia.

Lembro-me que pensava ser obrigatorio pagar os 60 mil contos mensais que o Galatasaray lhe oferecia. A cláusula de 3 milhões de contos não tinha de ser respeitada, o FC Porto é que entendeu não pagar mais por ele e ele queria sair. A asneira, às vezes, é não pensar na forma de o resgatar, como sucedeu com Jardel perdido apesar de ter estado no aeroporto ao voltar a Turquia... Ao invés, pegámos o Postiga de volta, mal... Mesmo o Domingos foi mal recuperado, mas este era um caso sentimental de portista desde pequenino e ainda valeu a pena.

A verdade, aqui, é que (como outros notaram) não se pode ser preso por acumular prejuízo em nome de manter a melhor equipa e os mais valiosos jogadores e preso por tentar o desejado (mas quase mirífico) equilíbrio financeiro à custa de vender os melhores e arriscar refazer as equipas.

O FC Porto tem gerido muito bem toda esta matéria. Pode-se pedir mais e melhor, mas não é taxativo que se consiga, pelo menos com a manutenção do sucesso desportivo que nos interessa e é, afinal, o que move as SAD como "equipas" de futebol, e não distribuir dividendos pelos accionistas.

De resto, as SAD é só uma capa, uma fachada. Que o diga o Benfica e a mudança de paradigma que optaram esta época do tudo ou nada.

Pedro Mota disse...

Eu continuo a achar que Lisandro e Lucho foram muito bem vendidos..Como é lógioc gostaria de ficar com eles,mas tendo em conta a necessidade de vender e os valores em causa,não me parece que houvesse alternantiva..Lisandro Lopez foi vendido por 24M(podem ser 26-28 facilmente) e era um jogador que estava insatisfeito com seu contrato,e Lucho foi vendido por 18M(pode facilmente chegar a 22-24M) e era um jogador já com uma idade que dificilmente geraria no futuro mais valias e sobretudo com epoca marcado por lesões..Vejam quantos jogos já fez Lucho no Marselha,eu acredito que foi o timing perfeito para vender Lucho,algo me diz que ele irá sempre estar repleto de lesões e nunca mais irá render o que já rendeu..Como já referi adorava que tivessem ficado,mas quer Lisandro,Lucho,Cisskho,Ibson foram muito bem vendidos,tal como o tinham sido Quaresma,Pepe,Bosingwa..Se há algo a criticar é sim certas compras,como a de prediguer,O.Sá e os emprestimos de Ukra,Castro..

José Correia disse...

Zé Luís disse...
«as oportunidades de negócio são para aproveitar, no futebol ou noutro ramo de economia»

Se Pinto da Costa tivesse pensado assim, seguramente que no final da época 2002/03 Deco teria saído para Barcelona e, muito provavelmente, também Derlei e Alenitchev não teriam continuado de azul-e-branco.
Ainda bem que decidiu correr o risco mantendo estes e outros jogadores (Maniche, Ricardo Carvalho, Costinha) mais um ano, não lhe parece?

José Correia disse...

Mário Faria disse...
«Não vejo como sair deste ciclo e equilibrar as contas de outra forma que não seja a venda de activos»

Mantendo o mesmo nível de investimento na equipa de futebol, mas cortando algumas das "gorduras" da SAD (o Zé Rodrigues estima em 10 a 15 milhões de euros), ficaremos menos dependentes das mais-valias resultantes da venda de activos.

José Correia disse...

Pedro Mota disse...
«Eu continuo a achar que Lisandro e Lucho foram muito bem vendidos»

Financeiramente falando, sem dúvida.

José Correia disse...

Pedro Mota disse...
«Lucho foi vendido por 18M(pode facilmente chegar a 22-24M) e era um jogador já com uma idade que dificilmente geraria no futuro mais valias»

Sou sensível ao argumento da idade, mas depois vejo que uma parte muito significativa das mais-valias geradas pela venda de craques vai para pagar as "gorduras" da SAD e para esbanjar em segundas e terceiras opções do plantel.

Por exemplo, a SAD gastou 7,2 milhões de euros na compra dos passes de Orlando Sá e Prediger, quando podia perfeitamente ter optado por manter o Rabiola e ter feito regressar o Castro. Alguém acha que ficaríamos pior servidos com Rabiola e Castro?
Pois é... e estes 7,2 milhões de euros representam um enorme fatia das mais-valias geradas pela venda do Lucho (cerca de 10 milhões de euros).
E podia dar muitos mais exemplos.

Unknown disse...

Eu também gostava que nunca tivessem vendido o Futre... mas venderam-no!

Também gostava que nunca tivessem vendido Jardel... mas venderam-no!

Etc... etc...

Como já aqui foi muito bem dito, também concordo que foram vendidos na hora certa!

Acabou! Já não estão cá, pois não?

Siga a Marinha!!!

Outros vieram e outros virão!

E o CAMPEÃO será o mesmo!!!

Abraço.

André disse...

Pergunto- a carga salarial aumentou este ano?

Zé Luís disse...

José Correia, o Deco foi uma aposta digamos em exclusivo. Mas Deco não ficou para sermos campeões europeus. Ficou para garantir mais um título nacional, se possivel nova dobradinha. O título europeu foi bom mas não planeado. E naquela altura era se calhar mais fácil aguentar o Deco mais um ano. O Deco reabilitou-se - se não o fez totalmente na sua então curta carreira e desaproveitada em Portugal - nas Antas, tinha uma dívida de gratidão e aceitou ficar por isso.

Há mais exemplos de jogadores que ficaram mais um ano. Só mais um. Normalmente não se consegue isso com outro jogador que não tenha uma ligação efectiva e sentimental ao clube. Com o Deco foi possível e ele mantém esse reconhecimento de coração ao FC Porto, vê-se pela forma emocionada e dedicada como fala do FC Porto, através disso chegou até à selecção e quase foi campeão europeu por Portugal.

miguel87 disse...

Faltou mencionar aqui um vector que poderá ter tido muito peso (senão o maior peso) nestas decisões: a voz do treinador!

Anónimo disse...

A voz do treinador? Coitado dele... Esse come e cala, está visto. Por isso se vai eternizando no clube.