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Do rescaldo da pesada derrota no passado fim de semana do FC Porto no Dragão, frente ao Nacional, não foi preciso esperar muito para aparecer em diversos fóruns e blogs espalhados pela net, um sem numero de teorias e suposições para aquele que foi o jogo mais estranho da equipa Portista ao longo de toda a temporada. A comunicação social, também não perdeu tempo para escalpelizar ao milímetro todas as ocorrências do encontro e, até o Record, concedeu honras de primeira página ao FC Porto, coisa tão rara naquele pasquim, com um título jocoso a compor o ramalhete.
Evidentemente não se pode escamotear a fraquíssima exibição da equipa, bem como a falta de atitude, concentração e uma grande dose de relaxamento patenteada, quando a época ainda não terminou e onde o bom nome do Clube está em jogo a cada partida realizada. A juntar a tudo isto há, tal como Jesualdo Ferreira mencionou aos jornalistas logo após o encontro, o respeito que deve ser tido em conta para com os adeptos e sócios que se deslocaram ao Dragão, para saudar os Campeões, mas também na ânsia de poder ver pela ultima vez esta época na sua casa, a equipa e o bom futebol que fez deste FC Porto um líder destacado nesta temporada. Defender estas cores traz responsabilidades permanentes, que em momento algum podem ser esquecidas por todos.
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Porém não considero correcto quem queira aproveitar este momento menos feliz da equipa, para pôr em causa toda uma época, onde venceu o campeonato de forma brilhante e esmagadora, bem como a forma como foi capaz de elevar os seus patamares de qualidade, quer nas suas individualidades, quer enquanto conjunto, à medida que temporada foi avançando. De igual modo não faz sentido voltar a levantar duvidas sobre a competência do treinador, que a ele muito se deve tudo o que de bom foi feito até aqui. Com criticas e especulações da comunicação social e de terceiros, os Portistas podem bem, mas não sejamos nós próprios a dar tiros nos pés e querer arranjar bodes expiatórios, por um simples “apagão” ocorrido num jogo que pouco já havia para decidir. Há que elevar a moral e a concentração, porque ainda há mais um título para conquistar esta época.
2 comentários:
Felizmente este "apagão" foi contra a Naval. Se tivesse ocorrido no jogo contra o Guimarães, iriamos ter de aturar o falatório das teorias da conspiração durante semanas.
As últimas impressões são as que mais nos marcam. O FCP perdeu com o Nacional e as marcas ainda se notam. Há algum exagero e alguma tendência para no desaire desportivo – quando é inesperado e volumoso - se puxar para uma interpretação mais negra do que os transtornos reais produzidos.
No futebol a emoção comanda mais que a razão, e não fui excepção. Tentei procurar as causas e adivinhar os efeitos, fiquei pior que estragado porque o que tinha como certo – que tínhamos uma equipa forte como o betão – afinal, era um excesso : mais vontade que realidade.
O treinador que sempre tivera um discurso inteligente, mostrou-se cheio de azia e transferiu para os jogadores a responsabilidade do insucesso. Hoje, mudou o discurso e revelou que foi toda a equipa que falhou, não se colocando de fora dos vários equívocos que tramaram a equipa no sábado passado. Fez bem, mas não apaga o acréscimo de confiança que foi transmitido aos nossos adversários mais próximos.
De qualquer forma a dúvida ficou instalada, quer queiramos ou não, e não a vale a pena repetir frases bombásticas à José Mourinho, a exigir vitórias (e vítimas) futuras como se isso apagasse a “desonra” de termos sido batidos pelo Nacional.
A derrota fez regressar o bom senso. Pelo menos a mim. Espero que o comportamento no próximo futuro do FCP seja melhor : não faço qualquer exigência, a não ser que todos saibam honrar a camisola do glorioso FCP.
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