quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Se o futebol não tivesse balizas...

"Até ao 2-0 só deu FC Porto, com o City a tentar o nosso erro nas transições e na circulação de bola. (...) o resultado é uma mentira. (...) O City acabou por golear num jogo em que nem sequer merecia ganhar."
Vítor Pereira


Durante muito tempo, era habitual dizer-se que faltavam 30 metros ao futebol português. E mais, que Portugal seria campeão do Mundo se o futebol não tivesse... balizas.
Infelizmente, como já tenho bastantes cabelos brancos, lembrei-me desses tempos e destas expressões ao ouvir as declarações que o treinador do FC Porto fez no final do jogo.

De facto, o FC Porto "jogou muito bem" e, para aqueles que gostam de um futebol feito de bolinha no pé, passes para o lado e muitos remates (nem que sejam para fora), até terá dado espectáculo no Etihad Stadium.

Na minha opinião, que não percebo nada disto, disputar as competições europeias 2011/12 sem a equipa ter um ponta-de-lança foi um erro histórico. E tudo fica ainda pior, se temos de jogar contra equipas de top (caso do Manchester City) e a defesa tem a consistência de manteiga derretida.

Mas enfim, segundo a verdade oficial, o resultado (1-6 no compto dos dois jogos!) é uma mentira, essencialmente devido ao azar e à arbitragem, e para a história fica mais uma fantástica vitória moral deste FC Porto de Vítor Pereira. Só é pena, e uma verdadeira injustiça, que depois da Taça de Portugal e da Liga dos Campeões, também tenhamos sido afastados prematuramente da Liga Europa...


P.S.1 O facto do Maicon ter, mais uma vez, jogado a defesa-direito (para que é que serviu a titularidade do Sapunaru em Setúbal?), o James a extremo e o Varela a ponta-de-lança também foi azar?

P.S.2 Pelos vistos, o Kléber, que no início da época foi apresentado por alguns como a alternativa ao Falcao e uma grande aposta de futuro, passou a ser a 4ª opção de Vítor Pereira para a posição de ponta-de-lança, a seguir ao Janko, Hulk e Varela...

36 comentários:

Daniel Gonçalves disse...

A ausência de um avançado centro, um nº9 - prefiro esta designação a ponta-de-lança - foi crucial no jogo de hoje. Kléber é um avançado com grande margem de progressão, que, nos últimos jogos onde participou, ainda denotava uma falta de entrosamento com o resto da equipa - para que servem os treinos?????, qual o papel do treinador nesta integração ou falta dela - explica não ter sido titular hoje. Pois começamos a perder o jogo de hoje quando às constantes trocas de bola à frente da grande área inglesa se notava a ausência de um avançado-centro para finalizar os lances. Fico com a ideia de que o FC Porto da temporada passada, com Falcão, ganharia a este Manc. City com brilhantismo.

Acredito nas potencialidades de Kléber, e espero que não sejam desaproveitadas como foram as de Fabiano há uns anos atrás.

guedesnet disse...

A culpa não é dele, é de quem o lá pôs e o está a aguentar!!!
Já vi este filme... não pensem que por o benfas ter perdido um jogo, que vamos ser campeões!!!
Será que o PC ainda pensa que esta nódoa ainda vai ganhar alguma coisa este ano?

José Lopes disse...

José Correia, concordo com tudo o que diz.

O Sapunaru só foi titular em Setúbal, porque Otamendi, Mangala e Danilo não podiam jogar. Se qualquer um deles estivesse dsponível, o romeno não jogaria.

Varela a ponta-de-lança é caricatural mais para a SAD do que para o treinador ou o próprio jogador. O Hulk fez um grande jogo, mas a procurar um avançado que não havia. O Varela marca uns golos, mas não tem o poder de antecipação nem o instinto que qualquer ponta-de-lança que se preze tem de ter. Prefiro ver o Hulk numa ala, mas sem alguém de jeito no meio chega a dar pena.

O James não é nem será um extremo. Basta ver o número de vezes em que vinha atrás buscar jogo ou descaía para o meio.

Alex Sandro não parece mau de todo. É no entanto ainda muito verde, pouco agressivo e parece desconcentrar-se com frequência.

Rolando e Otamendi não podem ser a dupla de centrais do Porto em jogos contra equipas destas. Só mesmo estando ambos em pico de forma. Otamendi não corrige os erros no passe nem as alturas para arriscá-los e Rolando tem demasiados erros posicionais. Veja-se o lance em que o Aguero acaba por chutar brilhantemente à barra. Tudo nasce de mais uma perda de bola na saída para o ataque e de uma via rápida aberta entre os centrais. Se o Maicon é o central em melhor forma, estar a atirá-lo para a lateral onde ele se limita a despejar bolas na área, é uma opção contra-natura.

O comentários do Vítor Pereira só mostram como é um treinador à antiga portuguesa. Simplesmente confrangedor. Mais valia admitir que a equipa não tem poder de fogo, que o City é muito melhor e que a defesa cometeu erros compremetedores. É triste que ele não perceba que gerir a posse de bola e saber fazer transições a aproveitar erros dos adversários é uma táctica que costuma dar muito melhores resultados do que atacar non-stop sem ponta-de-lança ou com jogadores que, definitavamente, já não deviam estar neste filme (Varela).

Vivo nos EUA e vi o jogo por streaming com comentários de norte-americanos e ingleses. Houve muitos elogios ao Porto e ao bonito futebol apresentado, tal como ao grande Hulk de hoje (especulando que o Chelsea pode tentar contratá-lo no verão), mas óbvias referências à falta de um ponta-de-lança que substitua Falcão.

Por último, as críticas ao árbitro não fazem sentido. É verdade que o critério disciplinar na primeira parte foi questionável, mas se os jogadores perceberam que não podiam abrir a boca, então não abrissem. Tecnicamente, não houve erros significativos, nem nos foras-de-jogo, nem nas várias faltas assinaladas à defesa do City em zonas próximas da respectiva área. Mais uma vez, foi um discurso pequenino de Vítor Pereira.

Abraço.

P.S.: Ouvi na rádio que AVB viu o jogo entre Pinto da Costa e Reinaldo Teles. Perante o que se viu e o que se anda a passar no Chelsea, adorava saber os assuntos da conversa...

DJ Louro disse...

Jogar bem , sem ponta se lança, com um Hulk individualista em demasia e com erros atrás de erros só podia dar em descalabro.
O discurso do Vitor Pereira cansa-nos, a rábula do ponta de lança também.
A SAD terá de explicar muita coisa e dentro de 10 dias mais problemas surgirão com a falta e o cansaço de alguns internacionais , para o jogo do galinheiro.

jotajota disse...

Eliminatória atípica!
Resultado enganador.
No jogo da 1ª mão auto golo, lesão de Mangala e lesão de Danilo, esta última decisiva pois obrigou alterações estruturais na defesa.
No jogo de hoje lesão de Otamendi, expulsão de Rolando e 4 golos resultantes de perdas de bola e assistências para os adversários.
A equipa fez 75 m de bom nível revelando carácter e bom futebol. Faltou o ponta de lança com que já poderemos contar a partir da próxima jornada.
É necessário concentrar todos os esforços na Liga. Apesar do resultado desnivelado mostrámos ter equipa para ganhar em qualquer campo da Liga.
É fundamental evitar os lapsos defensivos que comprometeram nesta eliminatória.
É urgente que VP aposte na defesa que me parece mais sólida neste momento, com Sapunaru, Rolando, Maicon e Álvaro. O resto está lá: um grande meio campo e inúmeras alternativas à frente.

Daniel Gonçalves disse...

A nossa participação nas provas europeias foi um desastre, e não é um jogo afortunado em Shaktar que apaga este facto. As temporadas do FC Porto não se avaliam só pelos resultados a nível interno, e a verdade é que, exceptuando a questão do avançado-centro, tinhamos talento no plantel e equipa para termos melhor desempenho na Champions e na Liga Europa.

Pedro disse...

Há que ser justo, o Porto jogou bom futebol até ao 2-0. Teve oportunidades e obrigou a um autocarro preenchido duma equipa milionária a jogar em casa.

Dito isto é também óbvio que não é possivel ganhar grandes competições sem um bom avançado. Creio que até Kleber hoje teria dado um jeitasso à equipa. Mas enfim, o mau planeamento e falta de arrojo do treinador deitaram quase tudo a perder esta época. Esperemos por um "milagre" na Luz.

Ps: Mas que o árbitro gamou.... gamou.

Mário Faria disse...

O FCP entrou a perder, como os comentadores não se cansaram de repetir. Foi um golo idêntico aos que sofremos no Dragão. Erros a mais, perante uma equipa tão forte.

Jogámos bem na primeira parte, embora tivéssemos permitido demasiados contra-ataques perigosos do adversário, que mais umas vez mostrou que era uma equipa colectivamente muito forte.

É preciso repetir que este City que saiu da CL é uma equipa de grande potencial : tem muito bons jogadores em todos os sectores e todos correm, atacam e defendem e a grande maioria dos atacantes não tem pejo em ir defender junto da sua área, se for preciso.

Apenas Aguero se mantinha no meio campo ofensivo e bastava para pôr a nossa defesa em polvorosa.

A equipa do City funciona como um relógio e de cada bola perdida pelo nosso ataque, de qualquer ressalto ganho, ou de qualquer passe transviado conquistado, saíam contra-golpes fulminante através de desenvolvimentos ofensivos muito rápidos e concluídos em três ou quatro passes.

Repito o que já tinha escrito : são muito melhores que nós individual e colectivamente. Ainda mais, por isso, gostei da nossa primeira parte, excepto na má recuperação defensiva e na incapacidade de ter melhor e mais presença na área adversária, o que aliás tem sido recorrente.

Na segunda parte o jogo não mudou muito até à marcação do 2º golo que coincidiu com a expulsão de Rolando. A partir daí foi o caos e a equipa desorganizou-se por completo : acontece aos melhores e aos menos bons, ainda mais frequentemente.

Não faço especial crítica a ninguém, salvo a Otamendi porque é demasiado lento para se jogar com uma defesa subida, e com um ataque que pressiona mal, deixando essa tarefa exclusivamente para os que jogam atrás da linha atacante.

Fernando e Moutinho encheram o campo, Lucho esteve bem na primeira parte, mas não chegaram para cobrir as costas sempre que a bola se perdia e os adversários contra-atacavam.

Não desespero por tão pouco, embora me sinta engasgado com a incapacidade da equipa que parece sujeita a uma espécie de fatalismo que não sabe evitar e, por isso, acaba por se render à sua sorte e à ditadura do azar. E, como não há grande coesão e solidariedade no grupo, deve ser um passa culpas entre os artistas, os artesãos e os outros que acaba, necessariamente, por desaguar no treinador.

O FCP a jogar com o Manchester City ou outras equipas de igual gabarito nem pode jogar muito estendida nem dar ao adversário a possibilidade de jogar confortavelmente no contra-golpe.

E se já fomos surpreendidos por equipas menores, é um hara-quiri fazê-lo contra equipas de valia bastante superior à nossa. Mas, o que fazer depois de termos sofrido um golo logo de entrada, senão arriscar ?

Fica-nos bem o campeonato e não merecemos mais do que isso. A equipa, os treinadores, e a SAD precisam de um banho de humildade, pois valemos bastante menos do que pensam.

miguel.ca disse...

Como diria o outro.... ainda falta muito para esta época desastrosa acabar?
Acho mesmo que se por milagre de Santa Engrácia o benfas der o estouro e o Porto for campeão, nem isso me apagará da lembrança a pior época de que há memoria. A época em que o nosso futebol foi ainda mais pobre e confrangedor do que o do ultimo ano do Jesualdo ou daqueles miseráveis quatro ou cinco meses com o Octávio Machado.
Nem com o Couceiro o Porto era tão débil!

Filipe Sousa disse...

Participar na Liga Europa, é para ganhar. Senão, nem vale a pena participar. O melhor que nos podia ter acontecido, era o último lugar no grupo da LC.

Pavão disse...

Há coisa de uns 27 anos atrás, mais coisa menos coisa, tivemos o erro de disputar competições europeias sem um guarda-redes de jeito - julgo que o Zé Beto estava a cumprir o castigo de 1 época derivado do castigo da final da Taça das Taças - e o resultado foi estrondoso: eliminação às mãos de um clube de 2ª por culpa do guarda-redes (salvo o erro, Barotti, vindo do Boavista). Parece que há gente na SAD que não percebeu que sem um grande guarda-redes para evitar golos e um bom ponta de lança para marcar golos óbvios mas que os outros não marcam, não é possível ganhar...

Anónimo da Silva disse...

as críticas ao árbitro não fazem sentido? então expliquem-me como uma equipa que faz 17 faltas vê um amarelo e uma que faz 9 vê 4 amarelos e 1 vermelho. Se me conseguirem explicar o critério agradecia.
O Porto não foi eliminado pela arbitragem, mas não disputou a eliminatória por causa dela. No Dragão gamaram-nos um penalti e ficou por expulsar Nasri e De Jong, lá o árbitro lembrou-se de expulsar um jogador nosso só porque sim e deixou o City bater à vontade. Houve 4, 5 faltas perigosas à entrada da área que nunca levaram amarelo.

Por fim, é óbvio que não podemos ganhar a ninguém sem ponta de lança, mas o Kléber não é ponta de lança. O Kléber nem jogador é, nem no Feirense seria titular. Pode ter o potencial todo do mundo mas neste momento a única coisa que faz em campo é estorvar.

José Lopes disse...

miguel_canada,

Com Couceiro ou Fernandez, não jogámos um charuto nessa época. A diferença foi que, ao contrário desta, mudou-se duas vezes de treinador. Lembro que, com Couceiro, levámos 4 em casa do Nacional...

José Lopes disse...

Já agora, a mais recente aparição do Rui Cerqueira nas notícias é, mais uma vez, patética. Já não bastava a vergonhosa explicação para os insultos racistas no Dragão, para agora vir com uma queixa por suposta atitude racista contra o Hulk, quando ele foi vaiado por ter ficado ligado aos incidentes dos cânticos da primeira mão e por ser o jogador mais mediático da equipa. Se fosse racismo, imagino o que não ouviria o Varela...

Daniel Gonçalves disse...

José Lopes,

com Fernandez o FC Porto fez, ao contrário desta temporada, grandes jogos: na Intercontinental encostamos às cordas literalmente uma equipa sul-americana e só 3 bolas na trave/poste e um golo muito mal invalidado nos levaram aos penaltys; ganhamos ao Chelsea por 2-1 depois de estarmos a perder por 1-0; fomos ganhar à Luz com um grande golo do Mactarthy; ganhamos a Supertaça, em Coimbra, ao slb quando a habitual soberba benfiquista já falava em conquista antecipada; ganhamos ao Sporting por 3-0 mas podiam ter sido 4 ou 5.
Claro que houve altos e baixos, mas exitiram altos desempenhos e conseguimos ganhar jogos decisivos e a equipas do nosso nível, o que esta temporada, para já, ainda não aconteceu.

Com o Couceiro sim, a equipa foi abaixo e foi o colapso.

Alexandre Burmester disse...

Até me dava vontade de escrever uma breve nota com o título " A estranha ausência do Sapunaru" mas, francamente, não quero dar ao Pedro o trabalho de vir elucidar-me de que pode haver "informação desconhecida".

Portanto, meus amigos, não especulem: há muita "informação desconhecida".

Soren disse...

Concordo com o Jotajota, o Pavao, Jose Lemos e com o Pedro. Acho que disseram tudo.

Se Vitor Pereira nao tem unhas para tocar guitarra (que nao tem), a culpa nao pode morrer solteira.

Quando Maicon é lateral direito e um dos piores centrais de sempre do Porto, o Otamendi, é titular... sem Alvaro, com um Helton que é um bom guarda redes mas nao decisivo pela positiva e sem ponta de lança... era muito dificil bater a equipa mais cara do planeta.

As escolhas tacticas erradas desde Maicon à direita, a James à esquerda (que nao tem velocidade nem caracteristicas para jogar numa faixa num jogo com equipas deste nivel), até ao perder do potencial de Hulk no meio, sao da responsabilidade do treinador.

Mas as faltas de profissionalismo do inicio de época e a falta de um ponta de lança para a Europa sao da responsabilidade dos jogadores e da SAD.

Tudo foi mal planeado para esta época. E a presença de Villas Boas entre Pinto da Costa e Reinaldo so fragilizou ainda mais a posiçao de VP, que ira a acabar a época na rua, linchado pela turba, e julgado como o unico responsavel pelos resultados desastrosos deste ano. Falso.

José Lopes disse...

Sim, Daniel, tens razão, mas lembra também o início do campeonato com três empates, a eliminação da Taça em Guimarães, os péssimos jogos contra o PSG, etc. É verdade que ganhámos ao Sporting e ao Benfica nos raros momentos em que aquela equipa estava unida (e o plantel era melhor que o actual). Mas também é verdade que o Once Caldas não era mais que uma equipa esforçada que se fechava em camião TIR à frente da baliza à espera de um piço ou dos penalties...

Carlos Teixeira disse...

Foi só mais um para somar: a realidade dos números, 8 jogos europeus (9 a contar com Barça) e 4 derrotas, 50%.
Golos sofridos com equipas fortes esta época (Barcelona, City, Benfica, Zenit, Shakhtar - vou incluir excepcionalmente APOEL - Braga, Sporting): 18!!! Golos marcados: 12!!!
Competições em que o clube se envolve: Supertaça Portuguesa (V), Europeia (D), Liga dos Campeões (D - 3.º Lugar só a depender de si no último jogo em casa...), Liga Europa (eliminado 1/16 avos com 1-6), Taça de Portugal (D - ao segundo jogo com 0-3 com AAC, depois de no mês anterior ter lá ido ganhar pelo mesmo resultado para a Liga), Taça da Liga (a da cerveja que o nosso presidente tanto goza, este ano andam lá os titulares, ao contrário dos juniores de épocas passadas, no desespero de ganhar algo este ano - dia 21 na Luz já fica resolvido também). Ahhh... Campeonato Nacional - possível recorde dos 55 jogos invicto (ou 56...) arrumado com esse colosso, Gil Vicente. Luta pelo título, não tenhamos ilusões, oxalá não dá goleada e o Jesus cometa alguns dos erros do costume nos jogos com o Porto. Por falar em Liga: o nosso melhor marcador é o... James. Esse grande jogador que é médio e toda a vida será médio, não extremo, não avançado.
É tudo lindo. Por mim, enquanto adepto já só perspectivo a próxima época, novo treinador, saídas quase certas (necessidade de limpeza de balneário? bom tópico para eventual texto neste blog) e futuras possíveis contratações.
Cumprimentos.

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Numa eliminatória, frente a uma equipa com potencialidades superiores, só uma réplica perfeita poderia alterar o rumo dos acontecimentos.

O FC Porto actual, demonstrou uma vez mais, não ter «estofo» para discutir a nível externo. Se não foi capaz de se qualificar na Champions, num Grupo em que era o favorito...

O jogo de Manchester mostrou uma equipa pouco solidária, que teve mais posse mas não a soube gerir. Caso para dizer muita parra e pouca uva.

Erros primários ditaram os números da eliminatória: 6-1! Humilhante.

Esta equipa é a imagem do seu treinador. Não consigo manter a confiança num elemento que tudo o que fez foi destruir o trabalho da época passada.

Não me conformo com domínio de jogo aparente. O FC Porto jogou o que o Manchester deixou. Este treinador não serve.

Um abraço

eumargotdasilva disse...

Vir falar do Sapunaru que entrou muito mal, e parecia uma menina, meiguinha, a disputar as bolas, enquanto o Maicon limpou tudo, é mesmo não ter visto o jogo ou querer ser do contra !

claro que era muito melhor que em vez de jogar com bolinha no pé, o porto tivesse jogado atrás da linha da bola e nas saídas em contra ataque, como fez o city. claro, que para isso era preciso ter ido para lá com a eliminatória no bolso. e, eventualmente, também dava jeito ter o Aguero em vez do Varela, ou o Nasri em vez do James.

mas, enfim, obviamente que agora fica claro que a Sad é claramente responsavel por ter mantido na equipe o álvaro em cujo ombro a bola embateu antes de ser desviada para a baliza; o otamendi que não soube mexer-se para tirar aquela bola ao aguero; o guarin que atrasou a bola para o messi; o fucile que quando não necessitava ajeitou a bola com a mão! e isto não é ironia. é verdade. tivessem-nos vendido a todos no fim da época passada, teríamos feito dinheiro e eventualmente todos estes estragos seriam compreensíveis.
pelo menos, depois do leite derramado.

Pedro disse...

Caro Alexandre Burmester,

Por mim pode especular à vontade, que não vou voltar a dar-me ao trabalhar de vir aqui comentar o que quer que seja.

Cumprimentos e votos de sucesso!

Bernini disse...

Subscrevo tudo o que foi dito no post...
Este treinador é tão miserável tão miserável que gostava que dissesse em que momento do jogo o M.City teve a eliminatória ameaçada. É verdade que tivemos muita posse de bola e tentamos carregar, mas o City nunca precisou de carregar no acelerador... para controlar este Porto bastou uma velocidade de 20 km/h...

E quantas defesas fez o Joe Hart nas duas mãos?? Ontem fez uma, na primeira mão fez outra... assim, meus amigos, até eu era guarda-redes do City, tanto foi o trabalho que o nosso ataque lhe deu...

José Correia disse...

reine margot disse…
Vir falar do Sapunaru que entrou muito mal, e parecia uma menina, meiguinha, a disputar as bolas, enquanto o Maicon limpou tudo, é mesmo não ter visto o jogo ou querer ser do contra!

De facto, não vimos o mesmo jogo.
Mas, já agora, o Sapunaru jogou mal em Setúbal? Após meses de ausência e ostracismo, qual foi o objetivo de lhe ter dado a titularidade nesse jogo?
Uma equipa como o FC Porto precisa de um defesa-direito ou de um lateral-direito (presumo que perceba a diferença)?
O Maicon é uma solução de recurso ou uma solução de futuro a jogar na posição de defesa direito?
A evolução do Maicon como jogador de futebol de alta competição, passa por jogar a lateral ou a defesa-central?

José Correia disse...

reine margot disse…
o porto tivesse jogado atrás da linha da bola e nas saídas em contra ataque, como fez o city. claro, que para isso era preciso ter ido para lá com a eliminatória no bolso

No jogo da 1ª mão, como é que o FC Porto jogou após estar a ganhar por 1-0 e em vantagem na eliminatória?

Mefistófeles disse...

Quando o treinador diz o que disse e Hulk diz que a equipa está de parabéns, depois de levarmos 6-1 nas 2 mãos ( nem que fosse com o Barça ) nem há palavras para descrever o espírito de ambição reinante...No ano chinês do Dragão (de água ) é mesmo muita água que o nosso Dragão mete este ano...

Melhores dias virão.

José Correia disse...

reine margot disse…
dava jeito ter o Aguero em vez do Varela

De quem é a culpa de, nas competições europeias, o treinador do FC Porto se vir forçado a recorrer ao Hulk ou ao Varela para a posição de avançado centro / ponta-de-lança?

José Correia disse...

reine margot disse…
ou o Nasri em vez do James.

Não trocava o James pelo Nasri.
Como extremo, “amarrado à linha” e a ter de compensar as subidas do lateral contrário, o James não passa de um jogador mediano. Contudo, a jogar na sua posição natural – no meio, nas costas de um avançado centro / ponta-de-lança – o James já demonstrou qualidades ímpares e, se for bem trabalhado, não tenho dúvidas que será um jogador de top a nível internacional (muito melhor que o Nasri).

José Correia disse...

reine margot disse…
agora fica claro que a Sad é claramente responsavel por (…)

O que é claro, não de agora mas há muito tempo (muito antes do leite derramado), é que a Administração da FCP SAD (leia-se, Pinto da Costa e Antero Henrique) é claramente responsável por:
- ter promovido Vítor Pereira a treinador principal e não ter corrigido este erro de casting em tempo útil (pelo menos para três das competições em que o FC Porto já foi eliminado prematuramente);
- não ter colmatado a saída de Falcao (apesar de Pinto da Costa ter dito que tinha alternativas para todos os jogadores menos para Hulk), contratando um avançado centro / ponta-de-lança que correspondesse às necessidades de uma equipa que joga em 4-3-3 e com as exigências do FC Porto;
- ter permitido a desagregação de um balneário ganhador (a época passada ganhou tudo e de forma brilhante) em torno de um treinador que já deu mostras de não o saber gerir;
- ter contratado um ponta-de-lança no mercado de Janeiro, mas que, por acaso, não podia jogar na Liga Europa…

Os erros de planeamento desta época e as erradas (in)decisões da SAD são cada vez mais notórios.
Isto não significa que a Administração da SAD e, particularmente Pinto da Costa, não tenham crédito (e muito) pela gestão desportiva dos últimos 30 anos.

José Correia disse...

«A eliminatória era difícil à partida, mas o F.C. Porto foi responsável por acentuar a distância e a diferença. Não teve dimensão para a Liga dos Campeões e também não teve capacidade para se parecer sequer com uma das melhores equipas da Liga Europa.
Para Vítor Pereira, este foi um F.C. Porto «de grande qualidade». O treinador saiu da Liga Europa com queixas da arbitragem, insinuações sem sentido e a frase que marca: o resultado «é uma mentira». Não podia discordar mais. Não se tratou de uma mentira mas sim de uma verdade dolorosa. E talvez fosse uma boa altura para o treinador a enfrentar. Antes que alguém o faça por ele.»
Luís Sobral, Maisfutebol

José Correia disse...

«Tão ou mais inadmissível num clube que já gasta mais de cem milhões de euros por época acabaram por ser os dez minutos de delírio total em que o FC Porto sofreu três golos de rajada. Um castigo que penaliza cada vez mais Vítor Pereira, cuja única via possível de salvação passou a ser agora a Liga portuguesa. E já nem é certo que isso baste para lhe garantir o lugar... (…)
Dois jogadores bastavam para criar o pânico: Touré baralhava e depois Aguero partia a louça. Sete dias depois, o primeiro precisou de apenas poucos segundos para repetir a abertura que já tinha valido o golo de Agüero no Dragão.
O FC Porto tinha mais bola, mas circulava-a como num ataque de andebol, da esquerda para a direita e vice-versa. Sem conseguir entrar na área. (…)
O FC Porto pagou a argúcia do adversário, mas também o excesso de erros próprios. O principal réu foi Rolando, que esta época teima em fazer disparates e em deixar a equipa em inferioridade numérica. Otamendi falhou o lançamento antes do contra-ataque no 1-0. Maicon esteve disparatado no segundo golo, colocando Dzeko em jogo. Alex Sandro arriscou em demasia no passe para Fernando no lance do 3-0 e Sapunaru cortou mal a bola na jogada do 4-0. Do lado portista, foi um jogo em que praticamente ninguém saiu inocente. A começar pelo treinador, que nunca percebeu que Mancini lhe deu a bola para o enganar.»
Bruno Prata, publico.pt

Daniel Gonçalves disse...

Anónimo da Silva disse:"O Kléber (...) pode ter o potencial todo do mundo mas neste momento a única coisa que faz em campo é estorvar."

Se um jogador com potencial não cresce ou desenvolve é preciso perguntar porquê e procurar responsabilidades, e Kléber parece que não é caso único, também há Iturbe.
Suspeito que, com a actual equipa técnica do FC Porto, há jogadores a definhar e murchar, ora se há treinadores com "o toque de Midas", que transformam jogadores banais em excelentes, também parece que existem treinadores que possuem um "toque" que transformam promessas em desânimo e frustação, creio ser este o caso de Vítor Pereira.

Anónimo da Silva disse...

Talvez Daniel, mas também deixe-me dizer-lhe que o Maicon do ano passado era 1000 vezes pior e este ano me tem surpreendido e que o Fernando está numa forma fantástica. E que por exemplo o Walter não tenha dado nem com o VP nem com o AVB.
Não é tudo 8 ou 80, acho que é normal numa equipa que ganha tudo pareça bom e numa que perde tudo pareça mau.
Agora o caso Kléber, eu quero acreditar que ele um dia se tornará bom jogador, mas começa a ser difícil. Ás vezes o toque de Midas não resulta pura e simplesmente, se até Mourinho teve que desistir de Kezman ou Guardiola de Ibra. Pode ser o VP que anda a estragar o Kléber, mas também pode ser e inclino-me muito mais para isso, que seja o Kléber que não tenha o mínimo de qualidade para jogar no Porto.

Carlos Teixeira disse...

Já agora informa-se que esse nosso craque, Walter, fez até ao momento e em três jogos do campeonato mineiro e dois amigáveis, 38 minutos, uma vez como convocado, pelo Cruzeiro...

M. Teixeira disse...

A derrota do benfas em Guimarães afigura-se como a última oportunidade para ver se esta equipa e este treinador têm ou não vontade e qualidade para lutar pelo título. O facto de dependermos apenas de nós para sermos campeões é um tónico brutal para a deslocação ao nosso palco de festas do ano passado. O futebol mediano e intermitente que temos apresentado, aliado ao um plantel desiquilibrado desde o início, quase não serve para as despesas domésticas... quanto mais para a Europa. SIGA... acreditar enquanto é possível.

Saudações Portistas,
Marco Teixeira

portao disse...

Mingos enquanto e tempo se nao nao cheiramos nada esta época .