segunda-feira, 21 de maio de 2012

Caminata e a falta de perspectiva de futuro da nossa formação

O FC Porto sagrou-se campeão de Juniores B mas num dia de celebrações merecidas há sempre o outro lado da moeda. Um dos melhores jogadores da equipa, João Caminata, está previsivelmente a caminho de Londres.

O jogador madeirense que recrutamos ao Marítimo acaba contrato este ano e o seu agente já anunciou ao site inglês The Elastico que no final do ano é muito provável que o jogador assine pelo Chelsea. Renovar-se-ia a ponte área que existe entre os dois clubes - o Chelsea venceu a sua primeira Champions no último sábado com três ex-portistas no plantel - mas desta vez sem a habitual entrada de dinheiro vivo que tem feito dos ingleses um dos nossos melhores parceiros de negócios. Como sucedeu com Nuno Morais, que chegou ao clube no mesmo ano que Mourinho mas onde não teve oportunidades, acabando por actuar no APOEL onde se destacou este ano na Champions, é mais um jogador que decide emigrar antes de sentir o que é vestir a camisola da primeira equipa.


Caminata é uma dessas promessas do nosso sistema de formação que, por um motivo ou outro, nunca chegam à primeira equipa. Ou porque abandonam o clube antes para procurar oportunidades noutras paragens - entre pressões de empresários e promessas não cumpridas pelo clube - ou porque o próprio clube os envolve numa espiral de empréstimos que acabam com a história antes dela mesmo ter começado.

Quem segue o futebol de formação do clube, em especial a equipa treinada por Nuno Capucho que acaba de sagrar-se campeã nacional, diz que este era, claramente, a mais destacada individualidade da equipa. Não é a única promessa da equipa - e o nosso sistema de formação tem gerado bons jogadores que inexplicavelmente desaparecem - mas, como disse Capucho no final do jogo, se não existe por parte do clube a estratégia de lhes dar minutos ao mais alto nível, o mais natural é que os jogadores percam a ilusão e procurem a solução noutras paragens.

O projecto da equipa B na Liga Vitalis podia ter sido um incentivo mais para que estes miúdos de 16, 17 e 18 anos, trabalhem a pensar que terão direito a lutar por um lugar na primeira equipa, em vez de serem emprestados enquanto chegam "contentores" de jogadores estrangeiros que ficam um ou dois anos e depois seguem o seu caminho com pouco lucro para as arcas do clube.

Caminata no Chelsea será um de muitos e talvez nunca chegue a dar o salto e tenha o mesmo destino de Morais. O problema é que o feedback que encontra no FC Porto, ele e tantos outros, não lhe deixa muitas oportunidades de futuro. Numa época onde a situação financeira é preocupante a todos os níveis, o FC Porto deveria apostar de forma mais séria e consciente na sua própria formação. Vencemos títulos para depois deixar escapar as jóias dos dedos e por meia dúzia de tostões.

Gostaria de ver alguns desses miúdos que ontem golearam o Vitória de Guimarães e venceram um titulo sem derrotas na última fase algum dia a vestir a camisola da equipa principal. O problema é que nos últimos anos temos somado vários títulos e depois, na hora de verdade, nenhum jogador passa do estágio de pré-temporada. Nessa situação vivia o Barcelona, como disseram tantas vezes Xavi, Iniesta ou Puyol, antes da chegada de Van Gaal, e agora o clube catalão é um símbolo internacional de aposta na cantera. Talvez mais cedo do que tarde o FC Porto pense em seguir esse caminho e quando os Caminatas do futuro saiam, que seja pela porta grande, com muitos números no livro de cheques e o coração dos adeptos ganho para o resto das suas vidas. Não há muito tempo era assim que o clube trabalhava.



18 comentários:

InVicturioso disse...

A isto chama-se verdadeira reflexão sobre o futuro do nosso clube.
Parabéns pelo artigo, inteiramente de acordo!

Jorge disse...

Gostaria de ver uma analise mais alargada da formacao.
Olhando so para o Porto e fazendo comparacoes com o Barcelona nao da uma visao correcta do problema.
Estive a falar com uns tipos que estao envolvidos na formacao de jogadores nos EUA e teem visitado varias academias europeias.
Os numeros sao impressionanates, as academias de clubes fazem investimentos incriveis na formacao de jogadores e como retorno esperam ter um jogador a integrar o plantel de uma equipa da primeira divisao.
Quando pegam nos numeros de jogadores que saiem de boas academias (Europeias e nao so) e os numeros de lugares nos clubes de topo ficas com uma ideia da dificuldade em dar o salto para uma equipa de topo.
Se aos jogadores novos, juntarmos os jogadores com alguma experiencia profissional a quererem ir para um clube melhor os numeros tornam-se ridiculos.
Se tivermos em conta que alem de termos menos recursos financeiros que outros clubes tambem temos uma pool de jogadores mais reduzida, acho que nao e realista termos expectativas mais elevadas.
Nao querendo baixar a qualidade do plantel, ou se rodam jogadores em clubes menores, com treinadores que os ajudem a dar o salto, ou corre-se o risco de deixar o jogador estagnar.

Com as novas regras da UEFA, vai ser ainda mais dificil, porque tendo necessidade de ter jogadores formados no clube, os clubes com dinheiro vao comecar a ir buscar miudos com qualidade que ainda tenham alguns anos de formacao ha frente, como parece ser o caso do Caminata.

José Correia disse...

Quem foi o último jogador da formação portista, ou que tenha passado por lá, a chegar à equipa principal e a afirmar-se como titular?
Se bem me lembro foi o Bruno Alves e, mesmo esse, teve primeiro de fazer um longo périplo em que passou pela equipa B e por empréstimos sucessivos ao Farense, V. Guimarães e AEK.

José Correia disse...

No pós-Gelsenkirchen, com o modelo de negócio da SAD a transformar-se naquilo que é hoje, é extremamente difícil um jogador da formação portista afirmar-se na equipa principal.
Isto não é uma opinião, são os factos que o demonstram.

Jorge disse...

Outro aspecto a ter em conta, e que o ambiente no futebol portugues e toxico para os jogadores novos.
Nao me lembro de nenhum miudo que nao tenha sido assobiado pelos adeptos. Pepe, Bruno Alves, Bosingwa, Raul Meireles, Fernando, Maicon, James, Kleber. Essa atitude da cabo de miudos.
O aumento inacreditavel na pressao sobre um jogador que passa dos juniores para os profissionais e inacreditavel, mesmo em paises em que os jogadores jovens da casa sao acarinhados... Mas um miudo de 18-20 anos que e' assobiado pelos proprios adeptos tem de ter uma forca mental invulgar para poder render e crescer.

Duarte disse...

Miguel, concordo em parte com a ideia subjacente a este post e discordo em outro tanto.

Falas do Morais, mas ele não é nenhum craque, longe disso. E como ele tantos outros que prometem, prometem e depois dão zero. Não tenho por hábito acompanhar o futebol de formação, mas conheço quem o faça e, por exemplo, em relação à equipa de juniores que foi campeã no ano passado, todos me dizem que, com boa vontade, só se aproveita o Tiago Ferreira. Isto se contarmos só com os portugueses, porque de resto a grande estrela era o Atsu.

Ou seja, nem sempre o facto de serem conseguidos títulos implica que haja ipso facto jogadores dessas equipas com talento suficiente para jogarem pelos seniores. Eu da minha parte ainda não vi nenhum jogador da formação do Porto que tenha sido dispensado a brilhar noutras paragens. Ok, talvez o Paulo Machado e o Vieirinha pudessem ser úteis, são razoáveis e nada mais do que isso. Aliás, o grande desperdício que o FCP teve foi precisamente o de um jogador estrangeiro, o Thiago Silva.

Em matéria de custos, ter um Ivanildo sempre fica mais barato do que ter um Renteria. Ter um Postiga compensa mais do que ter um Pizzi. Disto não há dúvidas. E ainda se pode aliar a isto o facto de os jogadores vindos da formação sentirem a camisola como nenhum outro.

Agora, não posso concordar com uma visão de desdém em relação aos jogadores estrangeiros, sobretudo quando são incontáveis os casos de sucesso daqueles que têm brilhado de dragão ao peito. De resto, os futebolistas estrangeiros têm na história do Porto possivelmente um papel tão importante quanto os portugueses.

Miguel Lourenço Pereira disse...

InVicturioso,

Obrigado ;-)

Jorge,

Exactamente, é um investimento tremendo e contam-se pelos dedos das maos os que funcionem. Mas de certa forma alimenta o sistema porque esses jogadores acabam sempre noutros clubes e dinamizanm as equipas de menor orçamento. Mas também é certo que as grandes equipas da historia, do Milan do Sacchi ao United do Ferguson, o Barça do Guardiola, o Real dos anos 50, o Santos do Pele ou o Ajax do Cruyff, fizeram-se a partir da sua formaçao.

um abraço

Ze,

Isso é a realidade mais negra e triste por detrás de tantas viagens aos Aliados.

um abraço

José Rodrigues disse...

"Eu da minha parte ainda não vi nenhum jogador da formação do Porto que tenha sido dispensado a brilhar noutras paragens."

Nao faltam exemplos de jogadores q o FCP foi buscar ao estrangeiro e q tao pouco tinham "brilhado" antes de os contratarmos para o plantel A. Em media, sao pelo menos dois por ano.

Ou seja, o q nao podemos ter e' dois pesos e duas medidas (e a haver, seria ao contrario): nao se pode pedir a um jovem da nossa formacao q seja o proximo Cristiano Ronaldo para poder fazer parte do plantel, mas ter uma bitola muito mais baixa para jogadores contratados no estrangeiro.

Ja' agora, uma vantagem FACTUAL do jogador portugues em relacao ao estrangeiro (principalmente sul-americano) de q muito raramente se fala: as longas deslocacoes e ausencias (jogos da seleccao).

A isso junta-se as ja' faladas vantagens...

1) do custo (salarial e passe),
2)adaptacao,
3) inscricoes (quotas), e
4) amor 'a camisola (em media...).

Concluindo: a escolher entre um jogador da casa e um estrangeiro, em media o segundo precisa de ser MUITO CLARAMENTE melhor para ser preferido por essas mesmas razoes.

Pelo menos e' assim q eu vejo a coisa.

José Rodrigues disse...

"Outro aspecto a ter em conta, e que o ambiente no futebol portugues e toxico para os jogadores novos."

Mesmo q seja verdade isso e' irrelevante na discussao prata da casa vs estrangeiros (a nao ser q alguem ache q os estrangeiros por alguma razao esquisita sao intrinsicamente mentalmente mais fortes q os portugueses, sejam eles belgas, colombianos, argentinos, brasileiros ou uruguaios).

De resto, eu discordo q o ambiente no estadio (em casa) seja toxico para os jovens: eu acho q e' um bocado toxico para TODOS (o Jorginho nao era nenhum jovem e fartou-se de ser assobiado, so' para dar um exemplo).

José Rodrigues disse...

"Se tivermos em conta que alem de termos menos recursos financeiros que outros clubes tambem temos uma pool de jogadores mais reduzida, acho que nao e realista termos expectativas mais elevadas."

Errado. Precisamente por termos menor recursos financeiros e' q precisamos de explorar o filao mais barato possivel: q e' a prata da casa, apesar de tudo. Alias, basta olhar para os campeonatos diversos por essa Europa fora: em media, quanto mais alto o orcamento de um clube, menos jogadores eles tem no plantel vindos da formacao.

O q nao e' preciso ser um genio para perceber, ja' q quanto mais dinheiro um clube tem, mais 'a vontade esta' para esperar e ver quem e' mesmo bom (por esse mundo fora) para o ir depois buscar.

Quanto 'a pool ser "reduzida", tambem discordo: sim, ha' mais jogadores jovens com potencial numa Alemanha ou numa Espanha, mas tb ha' MUITISSIMO mais concorrencia. Em Portugal, so' slb e SCP e' q tem capacidade financeira para lutar connosco por um puto com potencial.

E apesar do scouting de clubes estrangeiros em Portugal ser hoje em dia uma consideracao, apesar de tudo mau era se o FCP nao conhece muito melhor do q eles os putos da formacao portuguesa...

Para terminar: se e' verdade q ha' scouting estrangeiro em Portugal, ainda mais e' verdade q tambem fazem scouting nos mercados estrangeiros onde vamos buscar jogadores.

Jorge disse...

Ter menos recursos financeiros significa que temos menos dinheiro para investir na formacao que outros clubes.
As condicoes da academia do Porto possivelmente nao se comparam com as do Fulham ou do Auxerre (que acabou de descer de divisao) e que investem muito na formacao.
Quanto a pool se fizeres um ranking de cidades europeias de acordo com o numero de jovens (5-16 anos), e podes ate dividir pelo numero de academias conceituadas na area duvido que o Porto venha no topo. Seria preciso ter em conta que o desenvolvimento desportivo de um miudo nos paises mais desenvolvidos e muito melhor que em Portugal. Se pegares num miudo de 10 anos que nunca praticou futebol em Portugal e outro na Alemanha e mais provavel que o Alemao estenha estado fisicamente mais activo que o portugues, tendo criado uma base de desenvolvimento fisico que e importante. Isso significa que a qualidade da pool e melhorada pelas condicoes dadas aos jovens em paises como a Alemanha.
E certo que ha paises mais pobres em que o futebol de rua aumenta a qualidade dos potenciais futebolistas antes de estes serem inseridos num plano de formacao estruturado, mas em Portugal essa opcao ja e muito reduzida.

Duarte disse...

José Rodrigues, aceito e entendo perfeitamente o seu raciocínio, mas eu nestas matérias tendo a ser politicamente incorrecto. Não tenho rigorosamente nada contra a política da contratação de jogadores estrangeiros. Se a nossa Liga está tão bem cotada nos rankings da UEFA, é principalmente aos atletas oriundos de países estrangeiros que o deve.

Irritou-me solenemente nos anos de Jesualdo ver chegar camiões de jogadores provenientes da América do Sul, que nem nos clubes onde jogavam conseguiam recolher a afeição das suas massas adeptas. Nos últimos dois anos, a minha opinião é que isso mudou radicalmente. Contratamos jogadores com créditos já firmados nos seus anteriores emblemas. Alguns deles podem não ter vingado, mas isso é um risco incontornável. Clube nenhum acerta em todas as contratações e o Barcelona e o R. Madrid são exemplos paradigmáticos desta realidade.

É um facto que há jogadores portugueses de igual valia a um Valeri, a um Mareque ou a um Ezequias. Isso nem merece discussão. A formação poderia ter um papel mais significativo no Porto, mas nunca conseguirá, pelo menos tendo em conta a qualidade das últimas fornadas, atingir os níveis exigíveis num clube como o nosso. Nunca alcançará índices tão elevados quanto alguns adeptos julgam. E repito, é um facto que há para aí 4 ou 5 jogadores que em anos recentes caberiam no plantel (este ano, por exemplo, já não vejo nenhum que coubesse), mas nenhum deles se pode considerar um desperdício de nos fazer pensar como foi possível tê-lo dispensado. E nem tenho por base o nível de um Ronaldo ou de um Figo. Não, podemos ir mais a baixo do que isso que não encontramos nenhum jogador que esteja a um nível igual ao dos melhores atletas com que contamos actualmente.

Depois, assiste-se invariavelmente a uma demagogia enorme em torno desta temática. Ouvimos as pessoas endeusarem os jogadores nacionais e depois olhamos para a nossa selecção nacional e o que vemos? Zero mundiais, zero europeus. Algumas pessoas falam como se fossemos uma potência europeia e mundial e como se tivéssemos um histórico de futebolistas equiparável a um Brasil, França ou Holanda. Não somos, não temos. Ainda no outro dia li alguém num blog a dizer que esta equipa do Capucho lhe fazia lembrar o Barcelona. Mais um exagero a juntar-se a tantos outros que se criam à volta deste tema.

José Rodrigues disse...

"Não tenho rigorosamente nada contra a política da contratação de jogadores estrangeiros. Se a nossa Liga está tão bem cotada nos rankings da UEFA, é principalmente aos atletas oriundos de países estrangeiros que o deve"

Q fique claro q eu nao tenho qq problema q se contrate estrangeiros, acho mesmo uma inevitabilidade. Sejam eles estrangeiros jovens da America do Sul com muito potencial, estrangeiros com valor demonstrado no campeonato portugues, e ate' mesmo estrangeiros com carreira avancada (como o Janko).

O q eu contesto e' q se coloquem os ovos todos no mesmo cesto - e nao se de^ qualquer beneficio da duvida a jogadores formados na casa, por contraste com muitos jogadores chegados de fora.

Repito: para mim um jogador formado na casa q tenha lugar no plantel ja' e' uma vitoria, mesmo q jogue poucas vezes: mais nao seja, sai muitissimo mais barato q ter por ex um Cebola ou um Mangala na mesma situacao.

Concluindo, eu acho q temos todas as condicoes para poder ter pelo menos UM jogador formado na casa a entrar no plantel (sublinho "no plantel", e nao na equipa titular) todos os anos (mas nao directamente dos juniores, claro).

Tendo em conta q entretanto alguns desses tb irao sair (vendidos ou dispensados), "ongoing" penso q e' possivel ter em media uns 4 jogadores formados na casa no plantel (em 27 jogadores).

Isso e' ser irrealisticamente ambicioso??

José Rodrigues disse...

"Ouvimos as pessoas endeusarem os jogadores nacionais e depois olhamos para a nossa selecção nacional e o que vemos? Zero mundiais, zero europeus."

De facto ha' muita gente q exagera, mas nem 8 nem 80: e' um facto q a materia-prima portuguesa e' em geral de qualidade e muito competitiva. Isso e' inegavel.

Nao e' necessariamente preciso ganhar mundiais ou europeus para q assim seja (caso contrario teriamos q concluir q por ex a materia-prima holandesa, inglesa ou francesa tambem nao prestam).

José Rodrigues disse...

"Ter menos recursos financeiros significa que temos menos dinheiro para investir na formacao que outros clubes. As condicoes da academia do Porto possivelmente nao se comparam com as do Fulham ou do Auxerre (que acabou de descer de divisao) e que investem muito na formacao."

1) Quanto e' q o Auxerre ou o Fulham investem na formacao? Duvido imenso q seja mais do q uma mera fraccao do q o FCP gasta em contratacoes...

2) Nao conheco as condicoes de formacao desses clubes (e outros estrangeiros), mas ficaria imensamente admirado se o FCP estivesse em geral muito atras nesse aspecto. Alias, nunca o FCP teve tao boas condicoes como hoje em dia (com a Constituicao, o Olival, um exercito de pessoas em equipas tecnicas e nao so').

José Rodrigues disse...

"Seria preciso ter em conta que o desenvolvimento desportivo de um miudo nos paises mais desenvolvidos e muito melhor que em Portugal."

Bem, depois de ler esse paragrafo e os seguintes, ate' fico admirado q Portugal nao leve sucessivamente cabazadas quando joga contra a Alemanha, Franca, Inglaterra, etc...

E' q pelos vistos os nossos putos sao muito fraquinhos e ainda por cima so' somos 11 milhoes.

Enfim, esse discurso faria muito mais sentido ha' uns 40 anos, hoje em dia nao. O "gap" de condicoes entre os putos portugueses e os de outros paises ocidentais diminuiu imenso nas 2 ultimas geracoes e e' hoje em dia muito pequeno.

Ja' agora, uma curiosidade: ha' 30 anos, um rapaz portugues de 18 anos era (em media) o mais baixo na Europa; hoje em dia esta' ACIMA da media.

Jorge disse...

Portugal nunca ganhou um torneio internacional de seniores e leva "cabazadas" se em vez de pegarmos nos atletas de topo em que o Pais, atraves do governo, federacoes ou clubes investe muito, compararmos atletas de segundo plano.

Portugal consegue ser competitivo porque ha trabalho muito bem feito ao nivel de clubes que consegue contrariar muitos dos factores que os desfavorecem em relacao aos seus competidores estrangeiros.

A qualidade da formacao dos clubes (assim como das escolas e universidades) nao se mede olhando somente para a qualidade das pessoas que saiem, e preciso ter em conta a qualidade das pessoas a entrada, assim como a qualidade de outros factores fora do controlo dos clubes.

Anónimo disse...

Como é que um jogador da formação supostamente tão bom encontra-se de momento no Nacional da Madeira, sendo que ia para que o Chelsea?