quarta-feira, 23 de julho de 2008

Nuno Espírito Santo

Foto: Record

Nem somente o futebol vive das grandes estrelas e figuras mais ou menos proeminentes, que entusiasmam os adeptos e fazem as delicias das capas dos jornais. Existem jogadores que por circunstancias varias, se tornam importantes nas equipas onde actuam, ainda que “sobrevivam” à sombra dos “eternos” titulares. Nuno Espírito Santo é um dos melhores exemplos que conhecemos actualmente.


E bem se pode dizer que a carreira de Nuno foi construída e cimentada fora das luzes da ribalta, ofuscado por grandes senhores das balizas do futebol Mundial, como Songo, Vítor Baía e mais recentemente Helton. Ainda assim, tal facto não foi impeditivo de que o redes Portista tenha já um percurso assinalável no futebol Português, repleto de títulos importantes.


Foi em 1992 que Nuno se estreou no escalão principal do futebol Português, mais concretamente em Guimarães onde permaneceria até ao final da época 95/96. Seguiu-se uma incursão por Espanha durante seis anos, onde representou o Deportivo da Corunha, Osasuna e Mérida. Regressou a Portugal em 2002, envolvido na transferência de Jorge Andrade rumo ao Riazor, para vestir a camisola que mais tempo envergou na sua carreira, a do FC Porto.


E foi no Dragão que Nuno viveu as maiores alegrias como desportista. Fez parte da “tropa de elite” de Mourinho, que arrebatou a Europa por dois anos consecutivos. Pelo meio foi fazer uma “perninha” à Rússia a troco de largos petrodolares, antes de rumar novamente à Invicta para conquistar mais um campeonato sob a batuta de Jesualdo Ferreira.


Ainda que a carreira de Nuno tenha tido o banco de suplentes como mais fiel amigo, nunca tal designio limitou a sua preponderância no seio das equipas onde passou, sendo aliás uma das vozes mais importantes e respeitadas no actual balneário do FC Porto. Os anos que tem de casa permitem-lhe esse estatuto, bem como a lealdade e respeito que sempre demonstrou, mesmo quando muitas vezes foi relegado para 2ª escolha injustamente.


Foto: FC Porto.pt

Melhor exemplo disso mesmo verificou-se na temporada passada, quando Helton aqui ou ali deslizava, contrapondo com as actuações sóbrias e seguras de Nuno sempre era chamado à equipa (como facilmente se comprova no seu percurso da Taça de Portugal, onde a final do campo de Oeiras foi o expoente máximo). A sua chamada à Selecção Nacional só constituiu surpresa para os menos atentos ao percurso do guarda-redes Portista, e só não fez parte desse grupo logo de inicio mercê da confiança cega do ex Seleccionador Nacional no “Capão voador” do Montijo.


Com 34 anos e a cumprir o seu ultimo ano de contrato, Nuno Espírito Santo partiu para o estágio de pré-temporada do FC Porto que recentemente terminou na Alemanha, com o intuito de ganhar pontos à concorrência. E a verdade é que o conseguiu, quer no discurso apaziguador e unificador, quer no campo (especialmente frente ao PAOK), fazendo questão de demonstrar a Jesualdo Ferreira que na baliza Portista esta época não haverá lugar para “vacas sagradas”.

7 comentários:

Mefistófeles disse...

Excelente análise com a qual concordo por inteiro.

miguel87 disse...

Para mim é titular indiscutivel.

Nuno Nunes disse...

É bom realçarmos a papel importante que o Nuno tem desempenhado fora das 4 linhas no seio do balneário do FC Porto. Este é daqueles jogadores que quando acabasse a carreira ia direitinho para a equipa técnica, nem que começasse nos juniores.

Jorge Aragão disse...

Concordo com tudo o que aqui foi dito, o Nuno é exemplar, pasou ao lado de uma enorme careira num posto muito específico e difícil, porventura terá sido mal aconselhado no inicio de careira mas é um valor seguro e fundamental dnetro do balneario.
O Helton que se cuide pois se facilitar pode ficar sem o lugar que ficará muito bem entregue tambem.

Pedro Reis disse...

Sem dúvida que o Nuno merece todo o meu aplauso como profissional do FCP!
Mas distingo disso a sua capacidade técnica para ser titular do FCP. E aí, meus caros, não estou muito convencido. Lembro-me da final da Taça perdida para o SLB, no ano do FCP campeão europeu e da final da Taça Intercontinental em que pura e simplesmente não se mexia nos penalties. Obviamente que terá como atenuantes a pouca regularidade com que é utilizado, mas ainda assim...

De qualquer forma um grande abraço para o melhor nº2 das balizas nacionais!

Mário Faria disse...

Gosto muito do Nuno, e acho que é imprescindível no plantel, tal como o Pedro.
Mas, o gr é o Helton que tem umas condições fantásticas. Não tenho dúvidas que vai ser o titular.
Não é para me gabar, mas sou especialista no treino de alto rendimento e um talento no que refere ao posto de guarda redes.

carlos tadeu disse...

pessoal comentem no meu blog

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