domingo, 27 de julho de 2008

A surpresa veio no fim


Na noite em que muito se suspirou por uma grande surpresa, ela acabou por chegar onde ninguém vaticinou, no resultado final do encontro amigável frente ao Celtic. Um golo ao cair do pano de Hesselink (o desejado de Adriaanse), castigou de forma implacável a equipa Portista e resfriou um pouco o entusiasmo das almas azuis e brancas, já sedentas por sentir as fragancias do relvado do Dragão.

A cerimonia de apresentação do plantel foi sóbria e célere, sem espaço para momentos susceptíveis de causar fastio aos adeptos, oferecendo-lhes aquilo que mais ansiavam, ver subir ao palco de emoções os seus craques. Entre eles ainda consta o numero 7 de Ricardo Quaresma, que foi alvo de algumas das maiores manifestações de carinho da noite, tal como Lucho e Lisandro. Porem, a participação do Cigano na festa resumiu-se apenas a este momento. O futebol virá mais tarde, se lá chegar... De caras novas à ultima da hora, nem vê-las!


Chegados ao prato forte da ementa desta festa de apresentação, o jogo, ficou convicção de Jesualdo Ferreira manter aposta no 4-3-3 que levou a equipa à conquista dos dois últimos campeonatos. Os princípios de jogo são para manter, independente das caras que venham a dar corpo à equipa.

E, apesar do resultado adverso, não se pode dizer que os conceitos ainda não foram assimilados. O FC Porto foi capaz durante longos períodos do encontro manter uma circulação de bola fluída, pressão grande sobre o adversário e chegar com perigo à sua baliza (ainda que a espaços a denotar a ausência da fantasia de Quaresma). Apenas no capitulo da finalização a maquina continua a não engrenar. Haverá por aí algum super-herói de tom verde capaz de resolver este berbicacho?


Já que falamos das coisas menos boas, fica também o registo para a indefinição da posição 6, órfã que ficou do Traidor. O treinador vai testando cenários, ora com Guarín, ora com Meireles, com Bolatti a fazer parelha junto a Tomás Costa, ou apenas Fernando. Contudo nenhuma das opções até ao momento foi capaz de garantir o rendimento do passado recente, um caso que merece revisão e ponderação o quanto antes.

De resto, a defesa começa a definir-se, tendo Sapunaru muito provavelmente lugar garantido e, no lado esquerdo, o mais certo é voltar a ter o mesmo defesa direito de sempre, Fucile.
Guarin tenta conquistar espaço no meio campo de Lucho e Meireles, ainda que por alguns momentos perda o norte.
Já no ataque Rodriguez confirma as credenciais de reforço mais sonante deste defeso e Lisandro ainda busca o faro de golo da época passada. A bravura, essa, mantêm-se intacta.


Do ensaio em falso desta noite, ficam alguns apontamentos que poderão ser importantes para futuramente incrementar patamares de rendimento mais sólidos nesta equipa. A nós, adeptos, cabe confiar no seu trabalho, como foi demonstrado esta noite através do efusivo aplauso após o terminus da partida. Deseja-se também, que as novelas próprias de um qualquer defeso terminem, a bem da sanidade mental de todos nós.

Fotos: Record, Associated Press, Jornal de Noticias

4 comentários:

Nando Moreira disse...

"Ouro sobre Azul" É o nome da rubrica escrita pelo "the blue one" do mistica azul branca em

www.gazzetta-futebol.blogspot.com

Espero que gostem

Mário Faria disse...

Cheguei um pouco mais tarde do que contava. A festa já ia a meio, apenas vi o jogo principal e o fogo, que foi bonito.
Quanto ao jogo, contra uma equipa forte, raçuda, chata e aqui e acolá com momentos interessantes, não foi bom, o resultado foi mau, o ensaio muito útil. A arbitragem foi medíocre, mas serviu à maneira o ensaio porque foi, quase sempre, anti-caseira. Como é disso que vamos ter na maioria dos jogos, serviu para essa afinação que a equipa tem que, paulatinamente, concertar até acertar.
Na primeira parte estivemos melhor, porque a equipa esteve sempre melhor organizada e o meio campo funcionou melhor. Na frente uns flashes de Cardoso, a pertinácia de Mariano e o poder de luta de Lisandro, não deram para fazer a diferença, funcionaram colectivamente a espaços e raramente foram capazes de furar a linha defensiva do adversário.
Foi na pressão alta que conseguimos ganhar algumas bolas que deram contra-ataques vistosos e perigosos, quase sempre comandados por Lucho, com um posicionamento mais adiantado que o costume.
Meireles esteve bem, mas falta o Paulo, que era o epicentro da movimentação do meio campo e da equipa. Guarín fica sujeito a nova revisão, mas não tem ainda o saber estar na posição 6, não sabe ocupar convenientemente aquele espaço, e parece-me bem melhor na transição ofensiva que defensiva. Aí para travar o lançamento das ofensivas do adversário – à falta de uma boa leitura da ocupação do espaço que lhe compete – recorre muito à falta
A defesa cumpriu e acho que o Lino merece esta prova de confiança do treinador. Falhou uma vez, foi “comido” com facilidade pelo ala do Celtic que criou uma jogada perigosa.
A 2ª. Parte foi pior, excepto no seu início e, enquanto Lucho teve pernas, fomos melhores. O jogo foi-se partindo, perdemos coesão, lucidez e alguns despiques individuais tiraram fluidez ao jogo. Ganhou o Celtic numa bela jogada, pelo lado esquerdo, onde Fucile dava largos espaços nas suas costas, numa diálogo que manteve durinho e malcriado com o nº. 8 do Celtic.
Não gostei de Bollati, nem de Tomás, nem de Fucile, nem de Benitez, enquanto Candeias e Farias entraram bem, mas foram perdendo fulgor, até cair na vulgaridade.
Não vi o Hulk jogar, mas tive a rara felicidade de estar muito perto dele. Foi sempre muito simpático e não fugiu aos pedidos para a fotografia. Gostei do pormenor. O rapaz promete. É muito fotogénico, como pude comprovar.

lukadragao disse...

alguém me pode informar o nome do grupo e da música que passou quando foi apresentada a equipa do porto

José Correia disse...

«Não gostei de Bollati, nem de Tomás, nem de Fucile, nem de Benitez, enquanto Candeias e Farias entraram bem, mas foram perdendo fulgor, até cair na vulgaridade.»

Tal como o Mário, também não gostei do Bollati (jogo a jogo confirma não ter estaleca para ser titular no FC Porto) e do Fucile (mesmo sem Bosingwa, parece estar condenado a lutar pelo lugar de lateral-esquerdo).

Quanto aos novos, e com as excepções do Sapu e do Rodriguez, que já mostraram qualidades para serem titulares, os restantes - Tomás Costa, Benitez, Guarin - precisam de mais oportunidades para mostrarem o que valem.