quarta-feira, 16 de julho de 2008

Primeiros apontamentos

No primeiro teste - mais a sério - desta pré-temporada, uma vitória (1-0 ao PAOK) para não variar muito. Sendo aqui a vitória um mero pró-forma, o mais importante nesta fase é dar minutos, experimentar, testar, motivar e preparar tudo para quando chegarem os jogos a doer se mantenha a tradição: vencer.

Lembro-me de uma pré-temporada com o Quinito, em que os títulos dos jornais eram: "Um futebol das Arábias", dávamos espectáculo, chegaram os jogos a sério e foi uma lástima, nem espectáculo, nem vitórias retumbantes como se esperava.

Quinito

Foto: Glórias do Passado


Na época seguinte, depois de perdido o campeonato, e já com Artur Jorge ao leme e uma limpeza de balneário, não ganhámos um único dos 8 jogos de preparação, ia ser uma lástima de temporada, nem equipa tínhamos para o 3º lugar, ... começou o campeonato e foi uma limpeza. Foi um dos campeonatos que me deu maior gozo.

Por isso, a importância que dou às pré-temporadas é relativamente baixa. Mas mesmo assim, ficam alguns apontamentos daquilo que vi deste jogo com o PAOK - para confirmar (ou nem por isso) nos próximos tempos:

- Das contratações, aquele que parece mais próximo de entrar na equipa é sem dúvida o Cebola

-O Mariano parece que continua a leste

- Quero ver como o JF vai descalçar a bota do n.º 6

- O Sapunaru é um clone do Seitaridis, só pode. Não me lembro de estar a ver um jogo, um jogador e me virem assim à memória tantas semelhanças.

- O Rolando é mais central que o João Paulo

- O Lino parece ser, mais uma vez, uma carta fora do baralho para defesa-esquerdo.

- Alan no plantel, já! ;-)

3 comentários:

Mário Faria disse...

Foi um jogo de preparação. Será possível comentar um jogo a feijões em que vale menos o resultado que a verificação, em competição, do comportamento dos jogadores. Novos e velhos.
Apesar disso, e dado que as duas equipas estão em fase de preparação muito semelhante, salvo mo que refere aos internacionais do FCP que começaram bastante mais tarde, deu para não se ficar muito feliz com o que se viu.
O Paok foi muito melhor do que o FCP em quase todos os domínios do jogo: conseguiram pressionar alto, criar mais ocasiões de golo, circular melhor a bola e ter sempre os seus jogadores melhor posicionados, quer estivessem em transição ofensiva ou defensiva. Para além disso muito melhor fisicamente. O Sérgio Conceição fez o jogo todo e realizou uma boa exibição.
O FCP, excepção a duas ou três jogadas, pouco mais fez do que jogarem feio e todos ao molho.
O Mariano demonstrou que os cépticos têm toda a razão para o seu cepticismo : não deu uma para a caixa. O meio campo, com um Meireles todo rebentado e um Lucho demasiado perdido naquele deserto de ideias, de que Bolatti foi o expoente máximo.
Excepção para Rodriguez (ainda gordo, segundo me pareceu) que demonstrou muita qualidade, e para o defesa esquerdo que parece menos mau (a confirmar), não vi nada que me agradasse especialmente, excepto os 2 guarda-redes que estiveram muito bem.
A exibição do defesa direito romeno não foi conclusiva, embora me parecesse um jogador pouco ágil. Tomás Costa pareceu ter mais potencial que Bollati, bom toque de bola, mas não é especialmente rápido, para jogar encostado à linha, como aconteceu hoje. Fernando e o colombiano misturaram-se frequentemente no meio campo. Este mais lento, mas com apreciável poder de fogo. A rever.
Alan mostrou alguns pormenores interessantes, mas foi decaindo de produção até cair na mediocridade. Farias muito lutador, deu o litro. Mas o FCP nunca resolveu o dilema : quando ele recuava para ganhar espaço ou a bola, nunca apareceu ninguém como segundo ponta de lança e aproveitar as brechas que tinha aberto.
Sei que sou mauzinho quando me permito conjecturar na base de um ensaio. Porém, fiquei um pouco agastado, também, com a debilidade táctica das equipas apresentadas. Um 4X3X3 sempre pouco elástico e previsível.
Pergunto-me porque se vendeu o Marek Cech ? O que temos de melhor para o lugar ? Será que recebemos mais um carregamento de jogadores para mais trocas e baldrocas.
Vamos aguardar para ver.

Nuno Nunes disse...

Esta descrição do Mário é bem pior do que a do João. Às vezes é melhor nem saber o que se passa.

Que o Lino não tem lugar no plantel (não é na equipa, é no plantel!) já todos sabiamos e que o Mariano é um grande trapalhão também já sabíamos, mas alguns portistas ainda mantém a fé de que se venha a transformar num grande jogador (LOL).

José Correia disse...

Não me vou alongar em considerações (farei uma análise mais completa no final do estágio, depois dos dois jogos com as equipas alemãs).

Apenas dois pequenos comentários:

1) Se mesmo sem Paulo Assunção, e após um ano de adaptação, Bolatti não se impuser claramente como titular da posição 6, não sei o que fica a fazer no plantel.

2) Nuno, eu sou dos que acredito que, quando estiver bem fisicamente, o Mariano vai ser uma boa opção para jogar como extremo-direito.