sexta-feira, 17 de abril de 2009

O lixo que a Cofina produz

No dia do jogo FC Porto x Manchester United, o jogo do ano em Portugal, o "jornal" Record, propriedade da Cofina, brindou-nos com esta bela capa. Num pequeno rectângulo estreito na vertical do lado direito somos informados que "Jesualdo vê o jogo em casa". Em cima, no cabeçalho, há um rectângulo a informar que o russo do Sporting só jogará se estiver bem (ufa, que alívio!) e em grande destaque, de mãos na cintura e já meio descasacado, temos o presidente do SLB em grande plano, sorridente, acompanhado do título "Afinal está tudo bem".


A verdade é que com a conferência de imprensa que deu, Vieira acaba por inovar no estilo de se dirigir aos benfiquistas depois de mais um desaire. Desta vez não visitou uma Casa do Benfica numa qualquer Rechousa-de-Baixo e não discursou aos ébrios consócios anunciando uma nova era na vida do clube e novidades no processo do apito. Estará a perder qualidades?

Voltando ao tema: a política anti-FC Porto já vem de longe e desta vez até o Bingo de Almada com a sua "Festa do Churrasco Argentino" teve direito a maior destaque do que o jogo do ano na capa da edição da passada quarta-feira. Todos os esforços são poucos para se conseguir ignorar e desprezar o melhor clube português.

Sempre admirei, ao longo dos anos, a capacidade dos "jornalistas" e dos orientadores da linha editorial do Record para viverem uma realidade paralela e a verdade é que continuam a não me desiludir. Bem hajam.

14 comentários:

João disse...

Mas esta capa e' historica. Eles citam o LFV a dizer "Para a estrategia do Benfica a Liga dos Campeoes nao conta"
A estrategia deles e' garantir a UEFA :)

Mas para alem da(s) capa(s) do Record tambem notei que escolheram apenas a parte que lhes interessou das declaracoes do Ronaldo para o titulo de um artigo online quando disse "Estou muito feliz por ter marcado ao FC Porto, que é uma grande equipa."
E' facil adivinhar que parte o record deixou cair.chubs

José Correia disse...

«Muitos mails e telefonemas me chegaram a propósito da capa do diário desportivo Record de anteontem, cujo título principal era sobre Quique Flores e não sobre o FC Porto que tinha acabado de empatar em Manchester.

Esses meus amigos portistas - mas não só - estavam compreensivelmente irritados com a política editorial do jornal lisboeta. Convém, no entanto, ter presente que a direcção do jornal tem todo o direito de entender que é assim que defende o interesse dos seus leitores - e compradores - porque os jornais não são propriamente organizações de beneficência ou organizações não governamentais.

O Record tem todo o direito de fazer as primeiras páginas que quiser, mesmo que, como alguns me diziam, isso possa ter influência de algum zeloso assessor de comunicação do Benfica que, na interpretação desses, arranjariam umas notícias "boas" para estes dias de modo a ocupar o espaço que seria normalmente dedicado à glória de um rival. Não creio que essas mentes existam no diário em que também trabalhei alguns anos...
A questão é de política editorial e essa é da responsabilidade da Direcção de Alexandre Pais. Pode parecer anormal pelos códigos habituais de comunicação, pode parecer forçado ou deslocado, até porque se as glórias fossem de outros elas teriam outra expressão gráfica, mas é indiscutível que a linha editorial do Record é esta e não outra. Tem um público-alvo claro, tem uma estratégia e quem não gosta, não compra.

Mas é evidente que estas decisões editoriais também têm custos: um jornal é uma forma de organizar a realidade e se decide dar um canto da página à Liga dos Campeões, não pode também depois querer fazer passar a ideia de que trata todos - os clubes ou os assuntos em geral - com equidade e justiça.

Hubert Beuve-Méry, que foi fundador e director do Le Monde, dizia que "a objectividade é impossível, a honestidade não".
Ora, a direcção do jornal tem direito à sua política, os leitores e os comentadores têm direito a criticá-la e a acharem que, quando o jornal toma determinadas posições também o está a fazer segundo ópticas clubistas e não segundo pelo menos uma certa ideia de honestidade.
Temos que aceitar a imensa e inalienável liberdade da escolha da direcção de um jornal, temos até que aceitar que os editores às vezes erram, mas essas escolhas, feitas assim, deixam os leitores com dúvidas compreensíveis e desconfianças que podem nunca mais ser ultrapassadas.»

Manuel Queiroz
in 'De Trivela', 09/04/2009

José Correia disse...

"Alguns, de há um tempo a esta parte, seguiram o caminho da mentira. (...)
De há uma semana a esta parte dois jornais têm feito campanhas que não são jornalismo. Ao Engenheiro Paulo Fernandes queria dizer que a marca Benfica tem um valor que todos sabemos qual é e que defenderemos de forma intransigente. Todos os que aqui estão respeitam os compromissos. Não rasgamos contratos, nem temos medo de enfrentar quem quer que seja"
Luis Filipe Vieira, 14/04/2009

Esta zanga entre LFV e Paulo Fernandes (o presidente da COFINA) será a sério? Será para durar?

Paulo Marques disse...

Não rasgam contractos, só os com entidades que vêm como estando relacionadas com o FCP.

Capitão Bacalhau disse...

Saudações,

Penso já ter lido um post, aqui na Reflexão Portista, sobre a necessidade de criar um canal do FC Porto para além da melhoria urgente no site oficial do clube. Este post deveria ser revisitado.
Desta forma poder-se-ia mediatizar os acontecimentos e eventos do clube, não só futebol, e talvez fosse importante na própria gestão de informação a qual tem sido, salvo raras execepções, competente. Já não falando em receitas publicitarias e outros.

Quanto ao Record já comentei que se trata de um jornal regional. Títulos como “Quique tremido” talvez tenham trazido alguma instabilidade o que favorece o outro concorrente ao 2º lugar. Eles que se matem e lutem pelos nossos restos.

Penso ser mais chocante o tratamento ao FC Porto em órgãos de comunicação com mais impacto como a televisão, nomeadamente nos telejornais e programas desportivos, onde na maior parte das vezes tratam o FCP com ligeireza ao contrário de outros clubes. Pessoalmente acho que se dá demasiado tempo de antena nos telejornais ao futebol, no entanto, mesmo esse tempo é completamente dominado pelas unhas encravadas no pé do Suazo ou com as cáries do Miguel Veloso…

O golo do Ronaldo foi repetido umas 500 vezes nos 5 minutos de comentário do Luís Freitas Lobo no programa “Liga dos Campeões”… epah, grande golo… mas já metia “NOIJO”!!!!!!

Uminho1 disse...

Essa capa é de gozo com aquilo que o LFV disse na véspera a criticar outra capa do record do dia anterior onde se dizia que Rui Costa e LFV andaram às cabeçadas.

Eu acho que já está na hora dos portista passarem à frente desta treta das capas. Em Espanha é ainda pior , só que assumem claramente.

Cada um segue a estratégia comercial que quer e cada portista dará a sua resposta comprando ou não esses jornais. É simples.

Nuno Nunes disse...

Esta zanga entre LFV e o presidente da Cofina está para durar pelo menos enquanto este não se descartar de uma possível candidatura à presidência. O Paulo Fernandes é o grande responsável pelas linhas editoriais de Record e Correio da Manha. E discordo da forma como Manuel Queiroz afirma que um jornal tem direito a seguir a sua política. Os jornais não têm "direito" a seguir uma política de desinformação, mentira e calúnia como o fazem há muitos anos Record e Correio da Manha. Se calhar só o fazem porque a Justiça não actua ou só actua muito tarde e sem poder de persuasão. Cartaxana já foi condenado em tribunal por difamação de Pinto da Costa. Pergunto, adiantou alguma coisa a sentença? Não, continuou alegremente a difamar de forma impune.

Em Portugal os jornais e os jornalistas são pouco profissionais - e nada imparciais - no tratamento da informação mas acredito que também aqui haverá uma teoria da evolução: só os melhores sobreviverão e no futuro a maior parte destes parasitas irá desaparecer. Quanto mais não seja porque morrem, como o Farinha por exemplo.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Um dos servidores do pasquim da Cofina é um daqueles mercenários da opinião que, sabe-se lá por que poder, escreve em tudo o que é jornais, tendo, inclusive, espaço televisivo onde pode explanar de forma impune as alarvidades da sua língua de prata tertuliana, bem ao jeito do típico PC Chanel, ou melhor, Bloquista Caviar preocupadíssimo com os oprimidos deste país, sem voz que chegue às fontes de poder.
O escrevinhador até tem um blogue.
A sua crónica no jornal desportivo de um dos seus (muitos) patrões capitalistas (conjunto onde se inclui, por exemplo, Pinto Balsemão) da passada sexta-feira, 10 de Abril, "Círculo de Ferro", mereceu-me vários (dada a limitação de caracteres) comentários que foram criteriosamente censurados pelo pasquim que a publicou (ou seja, nunca apareceram apensos ao artigo "rasca" de "Rascord" que os motivou, vetados por uma zelosa entidade interna).
A propósito de uma frase citada fora de contexto proferida até por uma pessoa de quem não guardo grande estima abriu a oportunidade para expor o comentário anteriormente rejeitado pelo jornal paladino da "verdade desportiva" (basta atentar nos opinadores que criteriosamente seleccionou para a secção de crónicas diárias).
Comentário postado no tal Arrastão:
«Só pode ficar espantado com uma frase deste tipo quem, enfatizo, não se comporta, no estranho mundo de compadrio da opinião paga (e bem paga) no mundo da comunicação social, como um mercenário da palavra e da opinião. A notoriedade conquistada pelas tiragens dos jornais e pelas luzes luxuriantes da televisão (que escondem atrás de si um mundo obscuro de negócios, de estratégias de poder, de puro entrincheiramento numa lógica belicista de marcação de posição, de ataque cerrado ao carácter de outrem, de perseguições ad hominem, de generalizações ignóbeis, torpes e mesquinhas que atingem o indivíduo, anónimo e inculpável, nas suas crenças mais profundas) não lhe permitem, a si e aos seus colegas, dentro dos limites éticos, deontológicos e até meramente humanos, o uso desses espaços para achincalhar toda uma constelação de pessoas que pensa de forma diferente de si por seguimento de ordem directa dos chefes (os capitalistas que tanto despreza, Sr. Daniel Oliveira). É aí, nesses domínios da derrogação da liberdade de expressão (a liberdade mata-se pelo seu excesso), que se inserem as suas palavras ignóbeis e ultrajantes vertidas num artigo de opinião do jornal desportivo do Grupo Cofina na sexta-feira passada.
Apesar de professar ideias (essencialmente políticas) assaz divergentes das suas (ambos buscamos a mesma justiça social por outros meios), sempre o li e ouvi com algum interesse, nem que fosse no mero enriquecimento da minha estrutura mental e intelectual a contrario sensu. Porém, havia respeito na divergência.
O seu artigo de sexta-feira, dia 10, no jornal desportivo da Cofina é uma vergonha, que o deveria impedir, (para não ir mais longe) por simples decoro, de atirar esta pedra descontextualizada. Não é que morra de amores pelo visado (R.E.S.), bem pelo contrário considero-o uma pessoa sinistra, com toda a carga semântica do qualificativo.
No próximo sábado à noite, acredite, quando assistir ao “Eixo do Mal”, acredite, jamais irei olhar para si, ouvir os seus argumentos e interpretar as suas posições sem um apriorismo de absoluta desconfiança.
Política, economia, religião e agora até o futebol. Afinal, o que o move, Daniel Oliveira?»
Quando submeti o dito comentário reparei que aquele estava sujeito a aprovação prévia do autor do blogue, no entanto, após alguma demora, foi publicado… permaneceu na dita caixa por 1 ou 2 horas, talvez nem tanto.
Em simultâneo com a publicação recebi a mensagem via e-mail:
«Author: LAM
Comment: João Antunes,
Como a caixa de comentários de um blogue, seja ele qual for, é pública e não local para enviar comentários pessoais a quem quer que seja, mesmo a um dos donos do blogue, é de bom tom que esclareça os outros leitores/comentadores de que assunto está a falar. Para mensagens pessoais existem outros meios. É o mínimo e a educação e respeito pelos outros cabe em toda a parte.
»

Mais comentários para quê. Um tipo que detesta o FCP por tudo o que ele representa, não se escusando a insultar todos os seus adeptos por palavras mansas e indirectas, só pode possuir um qualquer recalcamento não resolvido.
Reparem bem na estrutura do tal artigo, ele começa por atacar sem apelo nem agravo (1,º parágrafo), seguindo-se o panegírico e a ode à gestão portista (talvez de responsabilidade de extraterrestres cientólogos, porque não se compreende a dissensão entre os 2 parágrafos), para depois de forma mais subtil chegar ao coração daquilo que quis professar, voltando ao insulto velado (ó néscios que preferis o hipnotismo ignóbil emanado pela grande turba de governantes daquela marca azul e branca, acordai!)
Dou o braço a torcer, o artigo está bem estruturado e atinge os seus fins. Nota-se-lhe traquejo e muita política (subterrânea, demagógica e retórica) naquele arcaboiço trotskista anafado.

6012 - Azul desde 1971- disse...

Bom meus amigos, aqui só parece haver uma solução! À semelhança do anúncio publicitáro dos excêntricos do EuroMilhões, acreditem que o que essa linha de comunicação mereceria seria algo do género:" a COFINA foi adquirida pela senhora A.P. pelo que a partir de agora só transmitirá notícias relativas ao FCPorto!"
A ironia, é que antes de mim creio ter sido aquele senhor LFV (não posso deixar aqui o que penso dele pois arrisco-me a um "apito reflexivo")a adquirir os direitos da dita subjectividade jornalística, intitulada Record!

Nuno Nunes disse...

Caro Jman,

O caso que relata é muito interessante e deixa a nu toda a desonestidade desse "arrastado".
A forma como ele discute futebol é em tudo igual à forma como discute política: insuportável.

Jorge disse...

Tenho lido discussoes sobre o Record em numerosos blogues, portistas e nao so, e sinceramente acho uma perda de tempo.
O Record nao e um jornal regional ou de bairro, simplesmente nao e um jornal, e um tabloide e nao vale a pena compra-lo ou perder tempo a discutir o que quer que seja relacionado com esse tabloide.

Azulantas disse...

Mas porquê perder tempo com estes pacóvios?

À medida que os anos vão passando, não só deixarão de vender os seus pasquins por causa da net como por falta de benfiquistas iliterados.

Concentremo-nos a apoiar (e criticar quando for preciso) a nossa grande equipa e deixemos os anormais estrebuxar à vontade com as comixões genitais do Quique e do Luis.

pc disse...

o Rascaord é um jornal regional - Da província da Estremadura - temos que respeitar isso..mais nada! Há tantos ! desde o notícias de Valença até ao Correio de Lagos...é mais um ...Ainda por cima ( no interior) informa os estremadurenhos das nossas vitórias! só temos q agradecer!