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Jardel, claramente acima do peso (não há dados oficiais, mas parecia perto dos 100 quilos), começou por dizer, antes do jogo, que não estava na sua melhor forma, mas que devia dar para jogar um pouco na segunda parte. (...) E, aos 90', quando o quarto árbitro mostrou a placa a anunciar três minutos de desconto, o treinador anunciou aos suplentes que não ia fazer mais substituições. Jardel não concordou e lá conseguiu convencer Maranhão a deixá-lo entrar, o que sucedeu aos 90+2'. Não teve tempo para mais do que uma corrida até à sua área, para ajudar a defender um canto, e outra, mais lenta, em direcção à linha de meio-campo. Quando lá chegou, acabou o jogo. E quem apenas o viu no final, suado e ofegante, não teria dúvidas em achar que tinha acabado de jogar 90 minutos de alta intensidade.»
in O Jogo, 12/02/2010
Eu não me esqueço das quatro épocas em que o Jardel vestiu a camisola do FC Porto, com a qual marcou 130 golos (!) em 125 jogos. Por isso, é com alguma tristeza que vejo aquele que voava sobre os centrais a arrastar-se pelos relvados, aos 36 anos, num modesto clube brasileiro, o 17º emblema da sua carreira.
3 comentários:
Não tenho pena do Jardel. Ele tanto quis sair para um clube "maior" que se acabou por perder.
Perdeu-se no Galatassaray, Achou-se e voltou a perder-se no Sporting, e perdeu-se aí para o futebol num cocktail de jogo, drogas e rock & roll.
Até a Karen perdeu, o Jardel.
Tudo porque se achou maior do que os clubes onde passou.
Grande jogador, fraca mente.
Podia ter tido uma historia mais bonita, se tem ficado no FCP.
Vivi de muito perto a desgraça do Jardel em Lisboa.
O Jardel não se estragou pelas más companhias. O Jardel era a má companhia. Um homem com um grande coração mas com a cabeça de uma criança. Um homem de vicios que nunca soube dar ouvidos à grande mulher que estava ao seu lado. Quando o Jardel perdeu a Karen, perdeu tudo - ele que já estava perdido. E assim continua.
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