sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A agressão a Adriano

Por João Marques (*)

Adriano tem um contrato de trabalho assinado com o FC Porto. A meio do cumprimento desse contrato a entidade patronal achou que a mais-valia do trabalho de Adriano não interessava mais e tentou terminar o vínculo. Adriano recusou. Está no seu direito. O FC Porto apresentou várias soluções de empréstimo a outros emblemas, talvez mesmo cedência definitiva (confesso que não me recordo ter lido nenhum caso que mencionasse esta hipótese, mas admito ter existido). Adriano continuou a recusar. Porquê? Ninguém sabe, mas podemos especular. Porque as hipóteses levantadas não se enquadravam na sua ambição desportiva, porque iriam baixar o seu ordenado, porque teria de viajar para países ou cidades pouco atraentes, ou porque tem à sua espera um contrato interessante que, assinado a custo zero, lhe traga a ele e ao seu empresário um rendimento chorudo. Tudo isto são hipóteses e, provavelmente, nenhuma delas acerta no verdadeiro motivo.

De qualquer modo, Adriano está no direito de querer cumprir o seu contrato até ao fim. E o FC Porto no seu direito de tentar ver-se livre de um encargo financeiro inútil. Se Adriano está a ver o filme pelo melhor ângulo ou se o FC Porto está a ter a atitude correcta, um dia se saberá.

O que se sabe é que Adriano se encontrava às 6h00 da manhã numa discoteca, em véspera de treino. Apesar de desconhecer o regulamento disciplinar do clube, presumo que este tipo de comportamento não é permitido. Adriano não pode dar entrevistas a jornais sensacionalistas afirmando que quando contar tudo não vai sobrar pedra sobre pedra no reino do dragão e dar um monumental tiro no pé desta natureza. Mais do que qualquer outro atleta do plantel, Adriano não pode incorrer em erros estratégicos deste tamanho. Espero com alguma curiosidade pelas próximas movimentações do clube. Ou pelo silêncio. O que seria bem pior para o jogador.

No meio de tudo isto, o que mais me incomoda é a repetição de uma situação já vista e revista envolvendo profissionais do clube e eventuais grupos de adeptos com alma de justiceiros implacáveis. No caso Adriano não faço ideia sobre o que terá despoletado toda a violência que o envolveu e o mandou para a urgência do hospital. Mas tomo a liberdade de especular. E tomo essa liberdade porque os antecedentes recentes são mais que muitos. Rodriguez, Paulo Assunção, Adriaanse, Mourinho. E, se exceptuarmos o caso do treinador holandês, o incompreensível silêncio do clube. Ou umas palavras circunstanciais sem qualquer tipo de consequências. O argumento gasto e falso da não ligação dos agressores a adeptos do FC Porto, o sacudir a água do capote, a política de que o próximo título apagará a mancha da vergonha.


Face a este silêncio institucional, outra voz se levantou. A voz que declarou que o caso Mourinho era um caso passional e, como tal, apenas dizia respeito aos envolvidos, que o caso Rodriguez tinha sido uma mera conversa de circunstância, que os culpados do caso Adriaanse seriam encontrados e castigados. Por quem, nunca se soube. Quem eram e o que lhes sucedeu, também não. Foi apresentada queixa policial ou a investigação foi conduzida pela guarda pretoriana que acompanhou Pinto da Costa ao tribunal de S. João Novo? Já agora, o que tem o clube a dizer sobre tudo isto, sobe estas afirmações que envolvem os seus funcionários? Nada. O silêncio absoluto.

Até ver, Adriano não apresentou queixa. Se o vai fazer nos próximos dias ou se vai esperar até estar ao abrigo de represálias, leia-se ao serviço de outro clube num outro país, logo se saberá. Uma coisa é certa, ver nestas situações conspirações da imprensa lisboeta contra a imagem do clube é conviver com a ignorância, assobiar para o ar, encolher os ombros. A História ímpar do clube, a sua dimensão europeia, única em Portugal, não o merece. E a massa adepta do clube não pode ser metida no mesmo saco e receber o mesmo tratamento de um grupo de fanáticos ignorantes e violentos.


(*) João Marques, licenciado em História não-praticante, semi-virtual dirigente desportivo amador, não-candidato a deputado nas próximas eleições legislativas, roseta de ouro do FCPorto em 2015 (para cuja cerimónia estão, desde já, todos convidados).

Nota final: O 'Reflexão Portista' agradece ao João Marques a elaboração deste artigo.

24 comentários:

Hugo disse...

Entretanto já assinou pelo Braga mas concordo com o essencial do post

Kostadinov o Flecha disse...

A SAD do Futebol Clube do Porto renovou o contrato com o jogador Givanildo Vieira de Souza, conhecido como Hulk, por mais dois anos. A calusula de rescisão do contrato foi aumentada para 100 milhões de euros.

Em comunicado enviado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD revela que “prolongou por mais duas épocas desportivas, ou seja, até 30 de Junho de 2014, o contrato de trabalho que liga a sociedade” ao jogador Hulk.

“Mais se informa que o montante da cláusula de rescisão foi alterado para

100.000.000 euros”, adianta a mesma fonte.

Espero que agora percebam o nervosismo do Hulk em Paços de Ferreira. É que as suas pernas valem muito mais que a equipa toda do Paços.
A inveja mesquinha em Portugal é por demais evidente. XIstrema nem lá perto chegas, meu mentecapto.

Esta notícia só demonstra que o Manchester que se encontrava presente na mata real, foi ver o Hulk e não a maravilhosa equipa do Paços...eh...eh.

Para aqueles adeptos do Porto que dizem que o homem nada vale, peguem lá e embrulhem.
Vai ser este (Hulk) que vai colocar o FCP no topo do Futebol Europeu, com o dinheiro que o nosso clube vai receber.
Já aqui tinha afirmado que nunca mais chegava o dia 31 de Agosto, pois até lá continuo a temer que Hulk vá para Manchester. Depois de ver a equipa do Fergunson no domingo, mais tenho a certeza que este se calhar, vai já antes que lhe partam uma perna, para descanço dos Xistremas, Barrosos Intestinos Delgados e afins.

BIBA O FUTEBOL PORTUGUÊS...

Se o homem não for já, agradeço-te desde já e daqui te mando um forte abraço, ò Xistrema.

Até no Céu Eu Vou Cantar disse...

Sinceramente… não percebo!!!

Não percebo o porquê da perseguição aos SUPER!!!
Não percebo o porquê de se estar constantemente a criticar quem está presente em TODOS os estádios!!!
Não percebo o que é que uma suposta agressão tem a ver com os SUPER!!!

Não percebo como se pode defender a não generalização para uns casos...“ E a massa adepta do clube não pode ser metida no mesmo saco e receber o mesmo tratamento de um grupo de fanáticos ignorantes e violentos” e noutros casos generaliza-se mesmo sem se ter qualquer prova ou certeza!!! Para quem não sabe os SUPER são compostos por milhares de pessoas... e sim... nem todas são “ignorantes e violentos”.

Certamente nem todos serão santos... mas porquê?! Todos os adeptos do Futebol Clube do Porto são santos?! É o que parece por determinadas publicações que vão surgindo.

Apenas defendo uma coisa... como em tudo na vida... apure-se a verdade por quem de direito e os culpados assumirão as consequências dos eus actos.

O Futebol Clube do Porto e a sua direcção não têm que emitir juízos de valor sobre actos praticados pelos seu adeptos ou sócios. Nesse caso... um sócio do Futebol Clube do Porto que comete-se algum delito deveria também ver retirados os apoios e regalias a que tem direito?!

Mais... se acham que os SUPER são assim tão maus.. mudem... criem núcleos de apoio.. os SUPER serão quantos.. 3mil na melhor das hipóteses.. o Nosso Estádio leva cerca de 50 mil... se 47mil puxarem noutro sentido.. já não terão que levar com os SUPER!!!

Já agora... vejam este vídeo e digam-me... se não fossem os SUPER e o COLECTIVO... como é óbvio... quem estaria lá?! Quem se sujeitaria a estas condições e este tratamento?! Quem estaria a apoiar a equipa?!

http://www.youtube.com/watch?v=c5kl-xpVbec&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=BEyAcHMSTv8&feature=related




"Olhem bem para eles porque são o que resta de uma velha categoria em extinção.
Eles são os últimos adeptos."

Anónimo disse...

Os Super-Dragões não passam de um bando de energúmenos que, como todas as claques, deveriam ser banidos! Ouviu? B-A-N-I-D-O-S!

Coitadinhos dos SUPER, alvo de tanta perseguição...

José Correia disse...

Caro Até no Céu Eu Vou Cantar, não leve a coisa tão a peito. A sua opinião é respeitável, tal como a do Pedro, tal como a do João Marques (autor do artigo em questão).

No 'Reflexão Portista' procuramos que quer nos artigos publicados, quer nos comentários aos mesmos, haja espaço para as diferentes opiniões e perspectivas que existem dentro do Universo portista.

Pedro disse...

"Os Super-Dragões não passam de um bando de energúmenos que, como todas as claques, deveriam ser banidos!"

- Caro Pedro, eu acho o mesmo de si. Que tal isto para fundamentalismo? Parece estupido não é? Mas o fundamentalismo é mesmo assim, leva a generalizações e argumentos pobres.

Quanto ao artigo acho-o fraco em factos e rico em especulações. Até porque em alguns dos casos referidos não se trataram de actos da claque, ou membros da claque, mas sim de adeptos ditos "normais" como foi com o Rodriguez...

É preciso não esquecer que os Super estão legalizados e por isso sujeitos a responsabilidade criminal colectiva.

Qualquer dia culpam a SAD se chover durante os jogos, se alguém cair nas escadas, se as pipocas estiverem doces demais. Enfim.

Até no Céu Eu Vou Cantar disse...

Eu aceito todas as opiniões!!! Acredite que aceito… mas a do Pedro… enfim!!! Quem não sabe o que diz dá nisso!!!

Mas nem vou perder tempo com quem não quer discutir. A única coisa que realmente me chateou... e chateia... é que, por inúmeras vezes se utilizem os SUPER como culpados de tudo,,, e isso não percebo.

No caso em análise nem há nada que possa indicar que tenha sido alguém minimamente relacionado com a Claque!!! E mesmo que tivesse sido... se calhar algum dos agressores até tem filiação política... deverá assim o PS, PSD, PCP, BE ou CDS tomar uma posição face ao ocorrido?!

Sinceramente não me parece!!! O que me chateia são esses preconceitos...

Jon Marx disse...

Em lado algum do artigo me refiro aos Super-Dragões. Faço a referência a grupos de adeptos violentos. Se são dos Super Dragões, do Colectivo ou do Núcleo de Escuteiros Marxistas-Leninistas de Angeiras, é-me igual. Argumentar que os Super-Dragões são um grupo de 3,000 adeptos e que os responsáveis pelos casos relatados são meia-dúzia é meter a cabeça na areia e assobiar para o ar. Confesso que imagens do YouTube não me fascinam particularmente. Também há imagens interessantes de assaltos a postos de abastecimento. Montagens manipuladas por lacaios do slb, com certeza.

Concordo a 100% com o comentário que afirma que o artigo é fraco em factos e rico em expeculações. Eu próprio afirmo isso a meio do artigo. Se querem factos, leiam jornais. O que me foi pedido foi um artigo de opinião, que só me vincula a mim e a mais ninguém.

Aliás, após o envio do artigo foi-me garantido por fonte seguríssima que a agressão a Adriano não teve motivos "desportivos" mas teria sido originada por comportamento incorrecto do jogador. O que não muda uma vírgula ao que escrevi no artigo.

Nota: afirmar que as claques organizadas são o garante do apoio às equipas dentro e fora dos seua estádios não é mera ignorância. É o completo desconhecimento do rico historial da modalidade. É pensar que o futebol começou no dia em que colocamos um pé, pela primeira vez num estádio. É viver a olhar para o próprio umbigo.

P. Cardoso disse...

Apenas acho interessante, que agora o Adriano se tenha prontificado a sair...

Fica marcado (sendo verdade ou não) que apenas saiu por causa dessa agressao, pois de certeza que o porto o poderia ter "imposto" ao braga o ano passado...

Desconhecido disse...

Até pode ser e pasme-se: apenas uma discussão de bar como tantas outras.
Especular sobre isso todos podemos.
O Adriano que esclareça o porquê da confusão...fácil.

Até no Céu Eu Vou Cantar disse...

Acho estranho que se afirme não se ter feito referência aos SuperDragões mas colocarem um excerto de um jornal com uma referência directa aos mesmos.

Mas tudo bem... se calhar fui apenas eu a interpretar dessa forma. :)

Relativamente à realidade do apoio ao futebol... apenas tenho a dizer que já não estamos nos anos 30/40/50 e que as coisas mudaram... Hoje em dia (infelizmente) são muito poucos os adeptos que se deslocam para ver as suas equipas... sabe deus em casa quanto mais fora!!! Mas tudo bem... Todos temos direito às nossas opiniões agora... só querer ver o lado negativo das Claques... não me parece correcto!!!

"Olhem bem para eles porque são o que resta de uma velha categoria em extinção.
Eles são os últimos adeptos."

José Correia disse...

Até no Céu Eu Vou Cantar disse...
«Acho estranho que se afirme não se ter feito referência aos SuperDragões mas colocarem um excerto de um jornal com uma referência directa aos mesmos.»

O excerto do jornal O JOGO refere-se a uma decisão da FCP SAD, tomada na sequência do ataque feito a Co Adriaanse no Olival.
Na altura, foi a própria SAD que responsabilizou elementos destacados da claque dos SD pelo ataque ao treinador do FC Porto.
Se tudo isto é mentira, os SD devem dizê-lo e exigir que a Administração da SAD lhes peça desculpas públicas.

Até no Céu Eu Vou Cantar disse...

Sejamos sinceros e honestos... por acaso Alguém acredita que essas agressões e supostas agressões por parte de pessoas supostamente ligadas ou não aos SuperDragões teriam decorrido sem conhecimento da própria SAD?!
Isso sim é meter a cabeça na areia!!!
Há já muito tempo que se fala que os jogadores no Porto portam-se de forma diferente de outros clubes. São "mais caseirinhos"!!! E porquê?! Porque no Porto sempre se controlou os jogadores e a "noite" dos mesmos!!!
Não sei se as agressões foram ou não cometidas por alguém ligado aos Super. Tanto quanto me é dado saber nem a própria Justiça já chegou a essa conclusão!!
O que eu me questiono é qual a pressa em acusar a Claque e todos os seus elementos?
Os Super estão constituídos legalmente (que desde já digo que sou contra) por isso se houver alguma coisa a acusar acusem e depois logo se verá.
Para mim a Claque existe para apoiar o Clube!!!Nem sempre o terá feito da forma mais correcta?! Concordo!! Será que o Pinto da Costa sempre defendeu os nossos interesses da forma mais correcta e legal?! Sinceramente... nem quero saber!!! O que me importa é apoiar o PORTO........SEMPRE!!!!! Dispenso pipocas e falsos moralismos!! :)

"Olhem bem para eles porque são o que resta de uma velha categoria em extinção.
Eles são os últimos adeptos."

José Correia disse...

Até no Céu Eu Vou Cantar disse...
«Há já muito tempo que se fala que os jogadores no Porto portam-se de forma diferente de outros clubes. São "mais caseirinhos"!!! E porquê?! Porque no Porto sempre se controlou os jogadores e a "noite" dos mesmos!!!»

Certo, mas nesta lógica não entram os casos do Mourinho e do Adriaanse.

José Correia disse...

Até no Céu Eu Vou Cantar disse...
«Sejamos sinceros e honestos... por acaso Alguém acredita que essas agressões e supostas agressões por parte de pessoas supostamente ligadas ou não aos SuperDragões teriam decorrido sem conhecimento da própria SAD?!
Isso sim é meter a cabeça na areia!!!»

Caro Até no Céu Eu Vou Cantar, todos nós sabemos umas coisas sobre este tipo de episódios, mas custa-me a crer que por detrás de agressões a profissionais do FC Porto esteja o dedo, ou a conivência, de alguém da SAD. O que afirma é grave e vai muito para além do silêncio institucional.
Espero que não se ofenda, mas só poderia acreditar nisso se me fossem apresentados factos concretos e por alguém que desse a cara (ou pelo menos que assinasse o que escreve com o próprio nome).

Até no Céu Eu Vou Cantar disse...

Claro que não me ofendo!!!Até porque provas..tenho exactamente as mesmas que possuem relativamente às supostas agressões por parte de alegados membros dos Super... ou seja... poucas ou até mesmo nenhumas!!!
Mas tudo bem.. cada um escolhe qual a melhor altura para meter a cabeça na areia...
Eu se calhar meto quando insinuam que supostamente não quero ver esses supostos actos.. O José Correia (se me permite e não é nada pessoal acredite, gosto realmente de discutir pontos de vista diferentes) mete quando supostamente não quererá ver as supostas e alegadas conivências por parte de elevados cargos da estrutura organizativa do FCP.
Quanto aos casos Mourinho e Adriaanse não sendo jogadores mas sabendo a sua posição antagónica e talvez mesmo frágil, face aos interesses da SAD e do Futebol Clube do Porto... se calhar.. por ventura... vem ainda mais acentuar a ligação entre supostas agressões, supostas claques, supostos membros de claques e supostas pressões por parte de "alguém".
Não haja ilusões... no "Mundo do Futebol" ninguém é santo. Da mesma forma nem tudo é mau ou deriva da existência de claques, pressões, agressões e tudo o mais.
Mesmo os casos de assaltos a áreas de serviço, violência física entre adeptos e com as forças policiais.. Tudo isso é muito relativo.. todas as semanas há deslocações de Claques.. várias delas até.. e só esporadicamente se vê noticias do género. Dir-me-á que o ideal era nunca haver noticias do género?! Concordo plenamente mas não... não vivemos num Mundo ou numa Sociedade ideal. Longe disso.


"Olhem bem para eles porque são o que resta de uma velha categoria em extinção.
Eles são os últimos adeptos."

Mário Faria disse...

Estou muito dividido nesta questão das claques. De certeza que contêm elementos violentos o que não quer dizer que toda a violência no futebol decorra da sua existência.
É simples de mais.
Que são os mais indefectíveis no apoio activo à equipa, não tenho dúvidas.
Na época passada, fui ver dois jogos fora : com o SLB e o Arsenal e tudo mudou, desde que entraram em campo. Os portistas multiplicaram-se e as vozes juntaram-se. Foi lindo de ver. Nos 2 jogos foi o que mais apreciei. O jogo foi bem pior e a equipa não esteve à altura do apoio.
Provavelmente, não voltarei a ver jogos fora do Dragão, mas se fosse gostava de estar perto das claques, sem estar dentro.

MBC disse...

1. Este «post» é um fruto da época em que vivemos: (i) Especula e insinua difamando e acha que esse é um direito que a liberdade lhe dá!!!!!; (ii) O seu autor, numa tentativa bacoca de dar força ao que escreve, puxa de todos os galões que pensa ter (Adaptando uma frase famosa do nosso cinema: Rosetas e candidatos a deputados há muitos, uns com qualidade, outros nem por isso.

2. Envolvido de um moralismo de vão de escada, o Senhor Licenciado João Marques acha-se no direito de direito de difamar sem provas e de apelidar de ignorantes todos os que se escusam a falar sobre «não factos».

3. Senhor Licenciado, o tempo que passou nos bancos da Faculdade não foi suficiente para lhe ensinar: (i) o conceito de liberdade; (ii) a noção de «direito»; (iii) a diferença entre opinião (podem e devem existir muitas e variadas) e factos. Para si: liberdade é o vale tudo; direito é a faculdade de fazer/dizer o que lhe apetece, «facto» é o que lhe vem à cabeça; se ocorreu ou não pouco importa.

4. Senhor Licenciado: (i) há os holigans dos paus e das pedras na mão; são de evitar; (ii) mas muito piores são os holigans da palavra,os que insinuam, especulam e
difamam; são das piores pragas do nosso tempo.

Anónimo disse...

Pedro disse:"Caro Pedro, eu acho o mesmo de si."

Este seu comentário cínico e acintoso desqualifica-o. Eu, de si, não penso nada, pois tenho o prazer de não o conhecer.

Você nunca deve ter passado por uma área de serviço DEPOIS de os seus anjinhos delinquentes por lá terem feito das suas.

Passe bem.

Pedro Correia

Unknown disse...

Eu fui apenas um candidato a atleta do clube, e sou raro frequentador do Estádio. Mas considero-me UM DOENTE PELO CLUBE.
Depois de ter começado a frequentar blogs (o que faço com uma certa reserva, porque cada um pode dizer as asneiras que quiser sem ser chamado à pedra...) concluí que há muito fundamentalismo entre os adeptos e sócios do FCP. E tenho pena que assim seja, porque para dizer mal e apontar defeitos (reais ou presumidos), bastam os adversários. Não aceito "traições" seja de quem for, muito menos de pessoas (bem) formadas. Ah! Chamem-me bajulador, como costuma fazer um tal MUITO ORGULHOSO PORTISTA, que eu sei que não sou, e, por isso, não ligo à provocação.FCP: ame-o ou deixe-o!

Jon Marx disse...

Caro MBC

Obrigado pela sua missiva. Pensei em responder-lhe cuidadosamente, numerando os parágrafos para lhe facilitar o acompanhamento utilizando os dedos.

Mas além de especulador, insinuador, difamador, bacoco, moralista, hooligan da palavra e praga do nosso tempo, sou um elitista e diletante. Como tal, recuso-me a perder muito tempo com quem acha que existem frases famosas no cinema português.

A sua prosa não diz coisa com coisa, não consegue alinhavar dois argumentos seguidos, parece o Rui Santos depois de uma derrota do SLB em casa.

Agradeço o tratamento por Senhor Licenciado, mas como refiro no meu artigo sou não-praticante. Para a próxima pode tratar-me por Cardeal ou Eminência. Tanto faz. Não é verdade mas faz um velho difamador feliz.

Miguel Magalhães disse...

Não sou dos Super, não gosto dos comportamentos deles fora do estádio, condeno as agressões e a violência.
Mas também considero que se não fossem os Super muitos dos jogos do Porto fora do Dragão teriam poucos ou nenhuns adeptos e os jogos no Dragão seriam acompanhados por um silêncio asfixiante.
Ainda sou do tempo em que não havia claques e lembro-me bem da época em que as mesmas surgiram nas Antas, na arquibancada no ano em que fomos à final da Taça das Taças em Basileia - chamava-se Força Azul e era uma malta que andava ali pelos cafés da Praça Velasquez. Era uma fase inocente das claques.
Mas sinceramente, este artigo é patético. O Octávio Machado não faria melhor... a velha teoria do "vocês sabem do que eu estou a falar..."

Anónimo disse...

"Olhem bem para eles porque são o que resta de uma velha categoria em extinção.
Eles são os últimos adeptos."

Aqui estamos de acordo: ou acabam com as claques ou as outras pessoas cada vez irão menos ao futebol.

Jon Marx disse...

Caro Miguel Magalhães, em lado algum do artigo me refiro aos Super-Dragões. Falei de adeptos violentos. Comparar as minhas afirmações às de Octávio Machado é um insulto. Ou será que não existem grupos de adeptos violentos à volta das claques de futebol? Será que o incêndio do autocarro em Lisboa aconteceu por espontânea vontade ou por um vôo rasante do Tocha Humana? Ou será que desse caso já se pode falar sem qualquer problema? Foram ou não adeptos do FCporto que apedrejaram o carro do treinador holandês? Será que estou a especular? O que tenho de fazer para deixar de parecer um Octávio Machado? Publicar o número de segurança social dos implicados?

Concordo em absoluto que as claques representam um valioso apoio à equipa dentro e, principalmente fora do Dragão. Mas isso não branqueia nem desculpa o comportamento de grupos de adeptos violentos que actuam ao abrigo das mesmas. Durante a época passada todos pudemos ver o arsenal de armas brancas, armas de fogo e tacos de basebol apreendidos numa das salas dos No Name Boys. Seriam adereços de carnaval? Talvez se estivessem a preparar para uma investida contra os talibãs no Afeganistão... Ou então estou a especular e nada disso aconteceu. A apreensão foi um embuste e a reportagem televisiva mais um ataque sibilino ao bom nome das claques de futebol. Se calhar um dos líderes dos NNB também não foi preso por tráfico de drogas e armas ao abrigo da actividade das claques. Se calhar também estou a especular e é tudo um embuste.

Não confundo os milhares de membros das claques, principalmente das claques do meu clube (porque é o meu clube), com grupos minoritários de bandidos que agridem, pilham e maltratam terceiros. Mas também não acho que as claques de futebol sejam vacas sagradas intocáveis apenas porque apoiam as suas equipas.