sexta-feira, 15 de maio de 2009

Assim não, obrigado

Na semana passada, o Barcelona apurou-se para a final da Liga dos Campeões. Frente a frente estiveram dois estilos de jogo completamente opostos. De um lado, o futebol da procura do golo do Barcelona de Guardiola e do outro, o futebol sem riscos do Chelsea de Hiddink. Mas infelizmente não se tratou apenas de dois estilos de futebol opostos. O futebol praticado pelo Chelsea é no mínimo preocupante para a modalidade. Uma equipa milionária com Drogbas, Anelkas, Ballacks e Lampards, entre outros, a jogar com o único objectivo de anular a ofensiva adversária (o Chelsea teve 35% de posse bola em toda a eliminatória) é uma ideia assustadora, mas foi assim durante os 90 minutos em Camp Nou e muitos dos minutos em Stamford Bridge. O que dizer quando as equipas com maior capacidade financeira e desportiva, e que deveriam ser as primeiras a promover o futebol, são as que praticam um jogo aborrecido e sem correr qualquer risco.

O Barcelona tinha assim mais um apoiante para o jogo da 2ª mão. Acima de tudo, eu queria que o futebol dos catalães vencesse o futebol dos ingleses, numa espécie de “bons” contra os “maus”. Mas infelizmente a UEFA já tinha feito as suas contas e verificado que não era nada bom voltar a ter uma final com as mesmas equipas e do mesmo país. O público neutro preferia o Barcelona, motivado pelos duelos Man. United versus Barça, Ronaldo versus Messi.


E ganhou o Barcelona, mas da pior maneira. O árbitro teve uma enorme influência no resultado. Teve péssimas decisões para ambos os lados, mas mais para o lado inglês e aquela falta de Daniel Alves sobre Malouda aos 25 minutos deixa muitas dúvidas. O árbitro vê a falta e não vê que ambos estavam já dentro da área? Prontamente apontou para a linha da área, como quem quer evitar o penalti e a morte da eliminatória. No final nem acho que o Barcelona tenha vencido a eliminatória de forma injusta. Estatisticamente foram superiores nos dois jogos (remates, cantos, posse de bola), mesmo que na 2ª mão tivessem menos inspirados. O Chelsea acabou por parecer superior em Londres e mesmo com as decisões contrárias do árbitro, teve mais uma ou outra oportunidade flagrante para matar o jogo. O que me custou foi ver o Barcelona vencer por entre muitas situações duvidosas e uma arbitragem que cheirou muito a arranjinho. Caros senhores da UEFA, eu gostaria que o futebol espectáculo superasse o futebol defensivo, mas assim não, obrigado.

fotos: uefa.com

3 comentários:

José Correia disse...

Comparado com o "Sistema" da UEFA, o "Sisteminha" português é uma brincadeira de crianças.

Há duas arbitragens que eu nunca mais esqueci:

1) A vergonhosa actuação de Adolf Prokop (árbitro da ex-RDA), no Juventus x FC Porto da final da Taça das Taças de 1984.
A equipa do "impoluto" Platini levou a taça e, no final, o falecido Zé Beto perdeu a cabeça e agrediu um dos fiscais-de-linha do senhor Prokop.

Nota: Uns anos antes, em 1978, já o mesmo Prokop tinha sido agredido por Juanito, o que lhe valeu uma suspensão de dois anos de jogos nas competições europeias.

2) A do escocês Hugh Dallas num Bayern Munique x FC Porto dos quartos-de-final da LC 1999/2000. A roubalheira foi de tal modo, que até o sempre calmo e low profile Fernando Santos foi punido pela UEFA, por ter dito que aquela eliminatória tinha sido entregue ao Bayern.

Jorge Mota disse...

foi realmente 1a arbitragem desastrada..mas com erros para ambos lados

ja q estamos n1a de tesourinhos deprimentes:

e aquele jogo em barcelona q 1 sr arbitro grande e careca nos ASSALTOU e q acabamos por perder 2-0.Ca ganhamos 3-1(eu estava nas antas) mas de nada serviu.
ja fomos tao roubadinhos q nem e bom pensar.
esse platini e 1 PALHAÇO

Antonio Silva disse...

Ó Zé, dizes o seguinte:

"O que me custou foi ver o Barcelona vencer por entre muitas situações duvidosas e uma arbitragem que cheirou muito a arranjinho."

Um arranjinho que expulsa um jogador do Barcelona a 25 minutos do fim e que só deu "resultado" devido a um golo fortuíto aos 93 min é uma merda de um arranjinho.