sexta-feira, 1 de maio de 2009

Vai uma Super Bock?

Conforme é sabido, a UNICER e o FC Porto assinaram um contrato de patrocínio para as próximas três épocas. Assim, a partir de 1 de Julho, a marca 'Super Bock' irá substituir o BES nas costas do equipamento oficial do FC Porto e também irá surgir nos equipamentos de treino e de saída dos jogadores e da equipa técnica.

Embora não tenha nada de especial contra o BES (não sou cliente e não gosto da cor, mas isso é um pormenor), fico muito satisfeito por o FC Porto ter deixado de ser patrocinado pelo "Banco do Sporting" e, em sua substituição, ter reforçado a parceria com a UNICER (ligação que existe há 15 anos), a qual é líder do mercado das bebidas e uma das poucas grandes empresas nacionais que mantém a sua sede e administração na região do Porto. É o chamado dois em um! E o timing não poderia ser melhor, visto o SLB ter reforçado a sua ligação à Sagres.

Com este contrato, a UNICER torna-se no principal parceiro comercial do FC Porto, em virtude deste acordo abranger igualmente outras modalidades do clube - as equipas de Andebol, Atletismo, Basquetebol e Hóquei em patins serão patrocinadas pela marca Vitalis, igualmente detida pela UNICER - além de que, conforme é sabido, o campo da Constituição ter sido totalmente renovado com o apoio da UNICER em contrapartida do naming (daí a designação Vitalis Park).


Para além dos patrocínios, outro aspecto que me agrada neste acordo é o envolvimento do FC Porto num torneio a realizar em Luanda, em 2010.
"A disputa da Taça Super Bock em Luanda faz parte do contrato que fizemos com Sporting e FC Porto. Queremos que seja uma prova com regularidade anual e estamos a fazer todos os esforços para que a selecção angolana, patrocinada pela Cristal, também entre na competição"
António Pires de Lima, presidente da UNICER

Na minha opinião, o crescimento da marca FC Porto passa, em grande parte, pelas comunidades lusófonas espalhadas pelo Mundo e daí ser estratégico o reforço da ligação aos PALOP, particularmente a Angola e a Moçambique.

Como se tudo isto não bastasse, ainda por cima sou apreciador e consumidor desta cerveja (nada como uma Super Bock fresquinha para acompanhar uma francesinha...)


Nota: Quem for abstémio pode sempre beber uma água Vitalis...

7 comentários:

Miguel Magalhães disse...

Como habitualmente, estou de acordo com a generalidade do que está escrito neste artigo. Apenas deixo uma nota: desde que o António Pires de Lima assumiu o cargo de CEO da Unicer, vários serviços centrais começaram a ser paulatinamente transferidos para Lisboa entre eles o Marketing que numa empresa destas é o núcleo comercial da empresa. Diz-se que a família do CEO não se adaptou ao Porto e que ele passa mais tempo em Lisboa do que no Porto.
Esta questão das empresas do Norte que mantêm a sede cá começa a ser preocupante pois outros casos como a Efacec, a Soares da Costa e a Mota Engil já começam a ser controladas a partir de Lisboa.
É a diferença entre as pessoas do Porto e as de Lisboa. As primeiras assumem como uma inevitabilidade mudarem-se para Lisboa quando a situação se coloca ; às segundas nem lhes passa pela cabeça mudarem-se para o Porto e arranjam forma de controlar o negócio à distância.
Quando muito se fala na relação entre o Porto e Lisboa e na cada vez maior perda de influência do primeiro, se analisarmos as razões bem a fundo, poderemos chegar à conclusão que os culpados são os portuenses...

Anónimo disse...

Os abstémios, José Correia, têm a Super Bock sem alcóol, uma excelente cerveja, diga-se!:-)

José Correia disse...

Miguel Magalhães disse...
«desde que o António Pires de Lima assumiu o cargo de CEO da Unicer, vários serviços centrais começaram a ser paulatinamente transferidos para Lisboa entre eles o Marketing que numa empresa destas é o núcleo comercial da empresa»

Não sabia disto. De facto, o Marketing é fundamental para uma empresa como a Unicer (basta ver as verbas que gastam em patrocinios e publicidade). É uma má notícia.

José Correia disse...

Super Book sem álcool;
Café sem cafeína;
Comida sem sal;
entre outras coisas, caro Alexandre, é como futebol sem golos… ;-)

Manuel Guedes disse...

A guerra dos patrocínios no futebol entre as cervejeiras explicada por Luís Filipe Reis, Administrador Executivo e COO da Sonaecom.

http://mp3.rtp.pt/mp3/envia_file.php?file=wavrss//at3/317959_44585-0904222159.mp3&name=Prova%20Oral

Unknown disse...

Essa do abstémio é uma boca para alguém? :-D

Aqui tenho uma opinião que deve ser partilhada só mesmo entre a minha pessoa e eu mesmo.

Não percebo a permissividade que a publicidade a bebidas alcoólicas tem beneficiado nos últimos anos em Portugal.

Ora que há uma lei que proibe a publicidade antes das 22 horas nas TVs, que proibe a publicidade em recintos desportivos, ...

Ora que há marcas que patrocinam federações, e agora até clubes.

Ora que agora há anúncios nas Tvs o dia todo, basta acrescentar à marca o rótulo 'Sem Álcool' em letras pequeninas.

Faz-me lembrar, aquelas marcas de roupa (Camel, Marlboro Classic, ...) que surgiram após a proibição de publicidade ao tabaco. São os chicos-espertos a contornar as leis e depois até parece que são benfeitores.

Dizia que não compreendia a permissividade, mas até percebo, tem sido um balão de oxigénio para a FPF e agora para os clubes. E é daqueles pontos em que os governos não têm tomates para mexer.

Zé Luís disse...

E pensar, Zé Correia, que os benfas já andam em pulgas a pedir para boicotarem a UNICER... Tão parolos que eles são.

Ou se gosta ou não se gosta.

Nunca gostei da Sagres e, ao invés, sou como Jesualdo: Super-Bock com ou sem álcool. Preta ou loura também me dá igual.