sexta-feira, 19 de junho de 2009

Oh captain my captain


E ei-lo que parte, o nosso capitão.

Vamos lá ver se eles, e mais uma vez na Madeira, arranjaram mesmo substituto à altura, como fazem passar subentendido...
Bem, se Bruno Alves acabar mesmo por sair, como tudo indicia, esta opção de, com uma mão, sugerir-lhe a renovação e, com a outra, oferecer-lhe antes uma reforma dourada nos sub-17, pode revelar-se muito precipitada.

Pedro Emanuel, capitão, que nem sempre foi tratado como devia dentro daquela (nossa) casa. Aliás, o mais certo é que nunca terá, verdadeiramente, caído no goto de Jesualdo. Aliás à imagem e semelhança de um Tarik, para dar um outro exemplo recente.

A outro nível, num país como o nosso, que já se deu ao luxo de ter como internacionais, centrais da categoria de um Paulo Madeira ou de um Hélder, até dói saber que ao nosso capitão tal consagração sempre lhe foi negada.
Nem mesmo a FIFA o ajudou aquando da oportunidade de, no último Mundial, representar Angola, país onde nasceu.

Para a história, ficam, porém, os dois momentos que julgo mais altos da sua
passagem pelo nosso clube. A saber:


- O primeiro, aquando da final de Tóquio, com aquele olhar felino, (i)mortal, na cara do guarda-redes colombiano, antes de executar, na perfeição, aquela grande penalidade que nos garantiu a segunda (e última!) Taça Intercontinental;

- No segundo lugar, aquele corte magistral, mesmo em cima da linha de baliza, em pleno San Siro, num jogo da Champions contra o Inter.
Isto, após ter vindo a coxear, desde o meio-campo, até à nossa baliza, nunca tendo desistido da jogada, quando, como muitos teriam feito no seu lugar, o mais fácil seria deixar-se cair.

Este sim, era um Dragão.

6 comentários:

Pedro disse...

Foi contratado pelo seu perfil como jogador mas também do sei perfil enquanto pessoa. Inseriu-se num conjunto de contratações de jogadores com um perfil á Porto. Paulo Ferreira, Pedro Mendes, Derlei, Nuno Valente. Excelentes profissionais. Pena que esta politica de contratações por vezes seja esquecida. Mas o FCP sem dúvida que muito tem a agradecer ao P.Emanuel.

Jorge Mota disse...

Para sempre Pedro Emanuel!!

Jogador q incluo no lote daqueles fantasticos jogadores do inicio da ascensao do FCP:Joao pinto,Frasco,Jaime Pacheco,Andre..sim,desses q comiam a relva pelo clube.Nao abundam jogadores assim.

Aquela corrida desesperada em San Siro..BRUTAL!Nao me esqueço..

Espero q o tratem bem e q nunca saia do NOSSO CLUBE!

1 abraço CAPITAO

Anónimo disse...

Um excelente jogador com um fantástico carácter.

PS Luís, a Intercontinental em 2004 foi em Yokohama.

Pedro Mota disse...

Alguem tem o video do corte em Milão???

Unknown disse...

Sem pôr em causa a referência que é o Bruno Alves, uma das coisas que me fez alguma impressão neste final de época, foi o protagonismo que o Bruno Alves assumiu (ou que fizeram com que assumisse) como capitão de equipa.

Foi ele que discursou no jantar de comemoração do tetra, é ele que recebe a Taça de campeão, é ele que recebe a Taça de Portugal.

É verdade que era ele o capitão nos jogos, mas não ficava nada mal receber as taças conjuntamente com o Pedro Emanuel. E o Pedro ter tido um maior protagonismo.

Paulo Marques disse...

@Sempre
Tou farto destes revolucionarios do futebol, sempre a atirarem-nos para a cara a centralização de tudo como se fosse a solução dos problemas. Nota-se o sucesso que têm ao nível político, porque raio havia de o querer para o nível do futebol? Além do mais, uma das propostas é ilegal, e moralmente viola a livre escolha dos clubes de serem tratados como empresas.
Não nos venham pedir contas pela má gestão dos vossos clubes pelo qual vocês são complacentes. Tal como se a situação "prejudica os Clubes portugueses nas competições europeias", mais uma vez, é porque os clubes claramente não sabem aproveitar as oportunidades.Há pelo alguns clubes que sabem ter fantásticas actuações.
Mais: se descobriram que "não estimula a formação e afirmação de novos talentos", descobriram que estão em Portugal, parabéns. Deixem de se armar em prima-donnas e façam por mudar a situação, o que não passa por querer mudar aquilo que não precisa de ser mudado.
Quanto à profissionalização dos árbitros, "Profissionais incompetentes continuam a ser incompetentes" e, diria eu, tendenciosos, seja porque razões forem.
Em suma, julgo que essa "revolução" não ia mudar coisa nenhuma, e se mudasse certamente nunca seria para melhor. A revolução que se impõe é na cabeça dos sócios para saberem escolher dirigentes que saibam olhar para o futuro e ignorar as infinitas promessas, o resto resolver-se-à naturalmente, pois é essa a lei do mercado (que o futebol é, já deixou de ser desporto, e para sempre, há muitos muitos anos).