segunda-feira, 29 de junho de 2009

A verdade desportiva

1.Este é o celebre abaixo assinado do famoso Brilhantina Man:

OBJECTIVO: DEFESA DA VERDADE DESPORTIVA

COMO: INTRODUÇÂO DAS NOVAS TECNOLOGIAS PARA MELHORAR O DESEMPENHO DAS EQUIPAS DE ARBITRAGEM.

ONDE: NA MODALIDADE FUTEBOL À SEMELHANÇA DO QUE ACONTECE COM OUTRAS MODALIDADES.

PORQUÊ:
PORQUE A INDÚSTRIA DO FUTEBOL MOVIMENTA MILHÕES; PORQUE OS CLUBES OU SAD NECESSITAM DE FAZER APOSTAS CADA VEZ MAIS SEGURAS E PONDERADAS FACE AO CENÁRIO DE CRISE;
PORQUE OS CLUBES OU SAD NÃO PODEM CONTINUAR A SUPORTAR PREJUÍZOS DECORRENTES DE FACTORES EXTERNOS;
PORQUE É PRECISO DIMINUIR O RUÍDO EM BENEFÍCIO DO JOGO E DA SUA QUALIDADE.

Tinha, até à data de ontem cerca de 13.000 subscritores: Jorge Sampaio e Cavaco Silva são dois dos subscritores mais famosos.

2. Pelo que sei, não existe uma norma que permita a utilização do vídeo. Não estamos a impugnar a decisão do árbitro, mas sim a forma como a grande penalidade foi assinalada. Ou talvez as regras tenham mudado e ninguém nos informou", lamentou o seleccionador egípcio Hassan Shehata.

O castigo máximo foi assinalado quando jogador Ahmed Al Muhamadi cortou a bola com o braço direito, em cima da linha da baliza. Os jogadores do Egipto até concordam que a falta existiu e que o penálti foi bem assinalado, mas defendem que Howard Webb recorreu às imagens televisivas que o quatro árbitro estaria a seguir num monitor de televisão.

Inicialmente, o inglês Howard Webb assinalou pontapé de canto a favor do Brasil, mas a intervenção do quarto árbitro levou-o a mudar de opinião e a marcar penálti.



3. Antes, porém, e como é obrigação, a declaração de interesses devida à lealdade para com o leitor: sou apaixonado por futebol desde pequenino e (também desde pequenino) pelo clube que veste de azul e branco. Passei longos anos de sofridos jejuns, pelos Natais já nos consolávamos com o "p'ro ano é que vai ser", mas aguentei firmemente até aos merecidos títulos de campeão (os tri, os tetra e o penta que mais ninguém conseguiu!).

Curiosamente, nesses tempos nunca ouvi pedir verdade desportiva: agora é uma doença sazonal que vem mais ou menos com o fim da Primavera e que afecta uns sete ou oito milhões de portugueses. Passou a epidemia desde que se inverteu a "antiga normalidade de vitórias lisboetas".

Nesta loucura só interfiro quanto ao endeusamento dos meios tecnológicos. Ainda bem que lá por Londres, julgo que vestindo casaca e usando chapéu de coco, um grupo de respeitáveis cavalheiros, a quem devemos a beleza do jogo, vela pela estabilidade das regras, não cedendo às modas dos nossos criativos. Se não fossem esses zeladores, já tínhamos pr'aí quatro intervalos por jogo, a pensar nas televisões, assim como, de cinco em cinco minutos, espera aí um bocadinho para os Coroados dizerem se foi penálti. Há erros, sim, senhor, mas são erros dentro dos campos, à vista de toda a gente - e não fora, na penumbra das secretarias, que desses é que tenho medo!

4. Em defesa utilização das novas tecnologias no futebol, refere-se que tal recurso acontece noutros desportos. No andebol, no voleibol e no basquetebol as novas tecnologias ainda não entraram e nem a NBA parece muito preocupada com isso.

E a NBA está na linha da frente em termos organizativos e de inovação. E o produto que vende serve muitos mercados, é de grande qualidade e a arbitragem até me parece o elo mais fraco de toda a máquina.

Fecho: Este é um tema controverso. Não sou avesso à introdução das novas tecnologias no futebol, mas sou bastante conservador porque temo que a cura seja pior que a doença. Porém, considero que "aceitar" que um quarto árbitro aceda a esses mesmos meios de forma camuflada, como terá sido feito no jogo Egipto/Brasil, parece-me um processo ferido de legalidade e não deve ser defendido só porque o meio justificou o fim. Fico à espera das iniciativas que forem tomadas a sério, porque provavelmente o contrário é fazer como a avestruz.

4 comentários:

Unknown disse...

Sempre a favor de tudo o que em tempo real possa ajudar a decidir e que não seja subjectivo.

Sempre contra tudo o que implique paragens de jogo, que seja subjectivo e dependa da cor dos óculos de quem vê.

Rui disse...

Tendo em conta a normal imparcialidade dos comentadores de televisão em lances do FCP, acho que era do pior que nos podia acontecer!!!!

condor disse...

Uma noite sonham que viram o FCP perder um jogo disputado com uma bola quadrada,passe a redundancia, e na manhã seguinte clamam pela intrudução da mesma no futebol!E para dar força á sua exigencia recordam que a bola de raguebi é quase quadrada!

Jorge Mota disse...

isto e 1 expediente insuportavel do rui santos

n percebo a sede de protagonismo,mas todos domingos tinha q levar k esta treta no programa dele na sic.deixei de ver pq ja me dava nauseas

(qdo a lagartada e pombinhos começassem a ver golos anulados e penalties rectificados começavam logo a debitar gosma..)